sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Nosso sucesso é o seu sucesso!

Primeiramente, queremos agradecer a todos que assinaram a petição para empresas de lingerie criarem sutiãs lindos para as mulheres mastectomizadas. Nós conseguimos!
Agradecemos a esse um milhão duzentos e cinquenta mil pessoas que fizeram parte dessa grande conquista. Para celebrar e agradecer, viemos mostrar o resultado da nossa petição, os sutiãs criados pela empresa Darling.



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Jovens que consomem álcool correm maior risco de desenvolver câncer de mama

Mulheres jovens que bebem álcool antes da primeira gravidez correm maior risco de desenvolver câncer de mama em comparação com aquelas que começaram a tomar bebidas alcoólicas após engravidar, revelou um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado esta quarta-feira.

Estudos anteriores já tinham demonstrado que o consumo de bebidas alcoólicas no ano anterior poderia aumentar o risco de câncer de mama entre as mulheres.

Mas o vínculo entre o consumo de álcool durante o período compreendido entre a primeira menstruação e a primeira gravidez e o risco de desenvolver este tipo de câncer não tinha sido evidenciado até agora, revelaram os autores desta pesquisa, publicada na revista do Instituto Americano do Câncer.

Eles observaram que os tecidos mamários são particularmente sensíveis à carcinogênese durante este período da vida.

Os cientistas, entre eles o doutor Ying Liu, da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em Saint Louis (Missouri), analisaram dados médicos de 91.005 mães de 25 a 44 anos, sem antecedentes de câncer, que responderam a um questionário em 1989 sobre consumo de álcool e estilo de vida. Estas mulheres voltaram a ser consultadas em 2009.

Entre as participantes, 20,4% disseram nunca ter bebido álcool entre o momento de sua primeira menstruação e sua primeira gravidez, enquanto 3,8% relataram um consumo de moderado a elevado.

Os autores constataram 1.609 casos de câncer de mama e 970 casos de tumores benignos de mama durante os 20 anos de estudo.

Beber álcool entre a primeira menstruação e a primeira vez que uma mulher engravida traz um risco maior de desenvolver câncer de mama e tumores mamários benignos do que consumir álcool após a primeira gravidez.

O risco aumenta com a quantidade de álcool consumida neste período de vulnerabilidade maior, destacaram os cientistas, que também observaram que quanto maior o período compreendido entre a primeira menstruação e a primeira gravidez, maior o risco de se desenvolver câncer de mama.

Os cientistas constataram, enfim, que o fato de ingerir álcool após a primeira gravidez estaria vinculado a um risco muito maior de se desenvolver câncer de mama, mas não de tumores mamários benignos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ruivos têm maior risco de desenvolver câncer de pele de forma grave

Pesquisadores da Harvard Medical School, nos EUA, descobriram que a ruivos são mais propensos a desenvolver uma forma grave do câncer de pele.

O estudo demonstra que a mesma mutação responsável pela cor avermelhada do cabelo também promove uma importante via causadora da doença.

A pesquisa revela que a descoberta da alteração no gene receptor de melanocortina-1 (MC1R) ajuda a explicar os mecanismos moleculares subjacentes ao risco de pessoas ruivas para desenvolver melanoma, proporcionando novas perspectivas para o tratamento e prevenção deste tipo perigoso de câncer de pele.

"Nesse estudo, nós demonstramos que a mutação MC1R-RHC promove a via de sinalização PI3K/Akt, quando um indivíduo de cabelos vermelhos é exposto à radiação UV", explica o coautor sênior Wenyi Wei.

PI3K/Akt é um caminho conhecido por causar câncer que tem sido implicado no câncer de mama, de ovário e de pulmão.

Trabalhos anteriores demonstraram que MC1R desempenha um papel fundamental na proteção de melanócitos de danos no DNA induzidos por UV. No presente estudo, a equipe quis entender como isso acontecia.

A equipe embarcou em uma série de experimentos tanto em culturas de células quanto em modelos de ratos. As experiências mostraram que, em circunstâncias normais, MC1R se liga a PTEN, gene supressor de tumor. PTEN age para proteger contra o câncer, sem PTEN, no entanto, o resultado final é uma maior sinalização na via P13K/Akt causadora de câncer.

A equipe então passou a demonstrar que mutações em MC1R-RHC encontradas em pessoas de cabelos vermelhos não tinham esse mecanismo de proteção. "Como resultado, após a exposição UV, vimos um aumento na destruição de PTEN em células de pigmento mutantes", afirma Wei.

A equipe verificou ainda que, nestas mesmas células de pigmento com MC1R-RHC, a atividade elevada de PI3K/Akt aumentou a proliferação celular e foi sincronizada com outra mutação causadora do câncer no gene BRAF.

Segundo os pesquisadores, a expressão da mutação no gene BRAF em melanócitos de camundongos portadores da mutação em MC1R levou a uma alta incidência de melanomas invasivos.

"Nossos resultados fornecem um possível mecanismo molecular que explica porque as pessoas de cabelos vermelhos que abrigam mutações em MC1R são muito mais suscetíveis a danos na pele induzidos por UV do que os indivíduos com pele mais escura", concluem os pesquisadores.

A equipe acredita que estes novos dados sugerem que os inibidores de drogas que visam a via de sinalização PI3K/Akt poderiam ser utilizados em combinação com Vemurafenibe, droga que tem como alvo a proteína oncogênica BRAF, para tratar pacientes com melanoma que têm tanto variantes BRAF quanto MC1R.

Fonte: Oncoguia

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Segundo especialista mamografia tende a ser feita anualmente

Para evitar o câncer de mama, como qualquer outro, exige-se a prevenção por meio de exames periódicos. Neste caso, existem o toque do seio, a ultrassonografia, a ressonância magnética e, de forma imprescindível, a mamografia. Segundo Carmelita Botelho, especialista em oncologia pela Santa Casa de Belo Horizonte (MG), a mamografia tende a ser feita de doze em doze meses.
"Mulheres acima de 50 anos devem fazer mamografia anualmente. As de 40 fazem de dois em dois anos, mas existe a tendência de também realizarem todos os anos, para o rastreamento precoce do câncer”, diz a especialista. Antes deste período, o exame não é recomendável, devido à densidade da mama. Contudo, podem se submeter a ele as mulheres acima de 35 anos que tenham casos da doença na família.

Em relação aos outros exames, Carmelita Botelho tece recomendações: "É importante que a mulher conheça o próprio corpo, mas o toque da mama não pode substituir a avaliação médica” e, quanto à ultrassonografia, esta pode ser feita em pacientes jovens e ajuda a diferenciar determinadas ocorrências, mas não substitui a mamografia, que "consegue mostrar lesões antes delas se transformarem em nódulos ou cistos”, garante.

O exame de ressonância magnética da mama é recomendável e tem a mesma excelência da mamografia, mas, ainda de acordo com Carmelita Botelho, é caro para ser realizado anualmente. Quem tem próteses de silicone nos seios, porém, só pode se submeter a esse tipo de análise.

Outro apontamento é que o tempo pode ter outras variações. Maria Eliane Feijó tem 58 anos e há quase dez anos retirou um nódulo maligno, o primeiro caso de câncer da família. Após tratamento de rádio e quimioterapia, fez mamografia de seis em seis meses por recomendação médica durante cinco anos. Tendo vivido a agressividade do tratamento contra a doença, ela diz que a mamografia não a incomoda, mesmo com a contração do seio realizada pelo mamógrafo. "Se não fosse esse exame, a gente não adivinharia. A minha felicidade foi a mamografia”, comemora. Hoje Maria Eliane voltou à periodicidade anual.

Exame gratuito em Gravatá
A Prefeitura de Gravatá, no Agreste pernambucano, pretende realizar gratuitamente mais de 100 exames de mamografia, em parceria com a Associação Móvel Especializada em Saúde (Ames). As ações estão programadas para os dias 29, 30 e 31 deste mês, a partir das 8h, na Praça da Matriz. A Secretaria Municipal de Saúde informa que a prioridade é atender às mulheres de 40 anos ou mais ou àquelas que tenham casos de câncer na família.


Fonte: Oncoguia

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Câncer infanto juvenil tem alto índice de cura se tratado rapidamente

Há três anos o João quase matou a gente de susto por causa de um mal-estar que nunca passava. Fomos ao médico com a certeza de que era mais uma das viroses típicas e nem saímos do hospital por conta do diagnóstico: cirurgia de urgência. Foi uma apendicite, tudo correu bem e hoje a cicatriz na barriga dele é tão minúscula, que a gente nem lembra da história. Mas precisei do susto pra me lembrar de acordar todo dia eagradecer, sinceramente, por ter filhos sadios.

 É muito importante, muito importante mesmo se lembrar disso, tendo consciência que gestar um ser humano perfeito é um milagre! Se a gente parar pra pensar na ordem da genética, na mistura de cromossomos, tem tanta, tanta possibilidade de alguma coisa sair errado... que é uma benção que tudo dê certo.

E por ser abençoada, eu e você, precisamos lembrar diariamente também do nosso compromisso com a vida. E cuidar dos nossos. E tentar cuidar dos que precisam de cuidados. Como as crianças com câncer. Você sabia que todo ano 9 mil casos de câncer infantil são detectados no país? O que me assusta mais do que o índice do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é saber que o diagnóstico precoce e a quimioterapia, juntos, permitem cura em 80% dos casos! Mas, se o índice é ótimo, por que eu digo que me assusto?

Porque ótimo, seria se a informação sobre o assunto estivesse amplamente divulgada, principalmente entre a população com menos recurso econômico e sem acesso à educação. O câncer em crianças tem muita chance de cura, mas precisa ser detectado rápido e tratado rápido. Só recentemente o Ministério da Saúde determinou como lei (12.732/12) que os pacientes com câncer tenham tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário. E uma criança, às vezes, não tem 60 dias pra esperar...

Políticas públicas adequadas à doença infantil e iniciativas da sociedade civil serão discutidas e apresentadas no 2º. Forum de Oncologia Pediátrica, a ser realizado no Rio de Janeiro neste mês de agosto. De iniciativas como essa nasceu o programa Unidos pela Cura, do Instituto Desiderata, que mobiliza profissionais e gestores da saúde pública do Rio de Janeiro para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil e viabilização do acesso ao tratamento. Graças a eles, por exemplo, os atendentes de postos de saúde estão sendo treinados para detectar sinais facilmente confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como infecções. Alguns exemplos são o aparecimento de manchas roxas na pele e anemia, por um período superior a duas semanas. Conhecer essas informações pode ser sinal de vida ou morte pra algumas crianças. Segundo a onco-hematologista e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, “o câncer em crianças é diferente da doença diagnosticada em adultos. Nas crianças, as células malignas são geralmente mais agressivas e crescem de forma rápida. Os tumores dificilmente são localizados e o tratamento não pode ser feito com cirurgia”, conforme declarado pela especialista à Agência Brasil.

Fonte: MSN

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Pesquisa identifica 21 mutações que estão por trás do câncer

O estudo, que foi divulgado na revista Nature, afirma que estas modificações do código genético são responsáveis por 97% dos 30 tipos mais comuns de câncer.
Algumas dessas causas, como o hábito de fumar, já são conhecidas, mas mais da metade delas ainda são um mistério.Descobrir o que causa as mutações pode levar à criação de novos tratamentos.

Durante o período de uma vida, células desenvolvem uma série de mutações que podem vir a transformá-las em tumores letais que crescem incontrolavelmente.

Origens do câncer

A equipe internacional de pesquisadores estava procurando as causas das mutações como parte da maior análise já feita sobre o genoma do câncer.

As causas mais conhecidas de mudanças no DNA, como a superexposição aos raios UV e o hábito de fumar, aumentam as chances de desenvolver a doença.

Mas cada uma delas deixa também uma marca única ─ um a espécie de assiantura ─ que mostra se foi o fumo ou a radiação UV, por exemplo, o responsável pela mutação.

Os pesquisadores, liderados pelo Instituto Sanger, do Reino Unido, procuraram por mais exemplos destas "assinaturas" em 7.042 amostras tiradas dos 30 tipos mais comuns de câncer.

Eles descobriram que 21 marcas diferentes eram responsáveis por 97% das mutações que causavam os tumores.

"Estou muito animado. Esses padrões, essas assinaturas, estão escondidos no genoma do câncer e nos dizem o que está realmente causando o câncer em primeiro lugar ─ é uma compreensão muito importante", disse Sir Mike Stratton, diretor do Instituto Sanger, à BBC.

"É uma conquista significativa para a pesquisa sobre câncer, é bastante profundo. Está nos levando a áreas do desconhecido que não sabíamos que existiam. Acho que este é um grande marco."

Mistérios

Outras marcas encontradas no genoma do câncer estavam relacionadas com o processo de envelhecimento e com o sistema imunológico do corpo.

As células respondem a infecções virais ativando uma classe se enzimas que modificam os vírus até que eles não funcionem mais.

"Acreditamos que quando ela (a célula) faz isso, há efeitos colaterais ─ seu próprio genoma se modifica também e ela fica muito mais propensa a se tornar uma célula cancerígena, já que tem uma série de mutações ─ é uma espada de dois gumes", diz Stratton.

No entanto, doze dessas marcas genéticas encontradas no genoma do câncer ainda estão sem explicação.

Espera-se que se algumas delas puderem ser atribuídas a fatores ambientais, novas formas de prevenir a doença possam ser desenvolvidas.

As dúvidas também podem fomentar novas pesquisas. Uma das causas desconhecidas das mutações cancerígenas acontece no neuroblastoma, um câncer em células nervosas que normalmente afeta crianças.

"Sabemos que fatores ambientais como o fumo e a superexposição aos raios UV podem causar modificações no DNA que podem levar ao câncer, mas em muitos casos nós não sabemos o que provoca as falhas no DNA", afirmou o professor Nic Jones, da instituição britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK.

"As marcas genéticas encontradas nesse estudo fascinante e importante identificam muitos processos novos por trás do desenvolvimento do câncer."

De acordo com Jones, entender o que causa esses processos pode levar a novas maneiras de prevenir e tratar a doença.

Fonte: BBC

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Exercício físico beneficia pacientes que sofrem de câncer de próstata

Há muito tempo foi reconhecido no campo da fisiologia do exercício que um programa de musculação bem planejado pode reduzir a perda de massa muscular que acompanha o envelhecimento.

Um estudo publicado este ano no Journals of Gerontology concluiu que esta modalidade física também pode ocasionar benefícios para pacientes, que sofrem de câncer de próstata e que são submetidos a Terapia de Privação de Andrógeno (TPA).

Esta terapia é um tratamento que suprime os níveis de testosterona (principal hormônio masculino), que embora tenha muitas funções importantes, também pode estimular o crescimento de células cancerígenas da próstata.

Segundo o Dr. Ira Sharlip, um respeitado professor de urologia da University of California SanFrancisco (UCSF), e que não possui nenhum relacionamento com o estudo, o câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum na população masculina nos Estados Unidos.

“Os pacientes com câncer de próstata metastático são direcionados para a terapia de privação de andrógeno, o que ocasiona neles ao longo do tratamento níveis pré-púberais de testosterona, ou seja, níveis encontrados em jovens antes da puberdade que são considerados fisiologicamente insignificantes (insuficientes) para um adulto”, afirmou o Dr. Sharlip.

A supressão da testosterona endógena que é resultado do tratamento TPA, ocasiona efeitos colaterais desconfortáveis aos pacientes, como por exemplo, a redução da massa muscular, da força e resulta em níveis mais elevados de fadiga e de gordura corporal. O recente estudo sugere uma possível forma de combater alguns desses efeitos.

A investigação, que foi conduzida pelos pesquisadores da University of Maryland, concluiu que os pacientes com câncer de próstata submetidos a TPA, e que aderiram a um programa de musculação, tiveram um aumento significativo do volume da massa muscular, da potência e da força. Além disso, os participantes apresentaram melhorias significativas no desempenho funcional relacionados ao cotidiano, na resistência muscular e na qualidade de vida.

Desse modo, os investigadores concluíram que a adesão a um programa de musculação aumentou a massa muscular dos pacientes, mesmo com níveis insignificantes de testosterona. Consequentemente, tal modalide física pode ser uma peça fundamental no combate aos efeitos adversos ligados a TPA em indivíduos com câncer de próstata.

Outros estudos também examinaram o papel da musculação em pacientes com câncer de próstata submetidos a TPA. No entanto, o estudo dos pesquisadores da University of Maryland foi o primeiro a relatar os aumentos da massa muscular total e de medições diretas da hipertrofia em pacientes com esse quadro clínico, que haviam sido submetidos a um programa de musculação.

“Nosso estudo foi o primeiro realizado somente em pacientes afro-americanos, mas nossas observações sobre os benefícios da prática da modalidade em pacientes com câncer de próstata submetidos à terapia de privação de andrógeno podem ser estendidas a outras etnias,” acrescentou o Dr. Ben Hurley, que é um dos principais investigadores do estudo.

Além disso, solicitei ao Dr. Hurley que comentasse sobre o fato de a hipertrofia muscular ocorrer nos participantes da investigação, apesar de os níveis da testosterona serem considerados insignificantes nesse contexto.

De acordo com ele, há uma concepção enraizada dentro da literatura da fisiologia do exercício, que a testosterona é necessária, que ela é um pré-requisito indispensável para o aumento da massa muscular, mas que no entanto, o seu estudo mostrou que não é esse o caso.

“O nosso estudo sugere que, mesmo quando as pessoas têm uma drástica redução no nível de testosterona, existe algum tipo de mecanismo compensatório dentro do organismo que não sabemos exatamente definí-lo, que passa a funcionar permitindo suprir tal perda, a fim de aumentar a massa muscular”, acrescentou o Dr. Hurley.

Assim sendo, compreende-se que as diversas hipóteses envolvendo os mecanismos fisiológicos específicos pelos quais a hipertrofia muscular ocorre em pacientes, apesar deles terem níveis de testosterona insignificantes, é um assunto de grande curiosidade dentro do meio científico.

Consequentemente, em conversa pelo telefone, eu perguntei ao Dr. Stefano Schiaffino, um especialista dentro da fisiologia muscular no Venetian Institute of Molecular Medicine, sobre a hipertrofia obtida pelos pacientes apesar deles terem níveis baixos de testosterona.

De acordo com ele, o efeito da prática da musculação pode aumentar a massa muscular nos praticantes através de mecanismos fisiológicos que são independentes dos níveis de testosterona. “A hipertrofia do músculo é controlada por uma variedade de vias de sinalização, algumas das quais foram recentemente descobertas e estão relacionadas com as proteínas morfogenéticas do osso (BMPs). Estas proteínas parecem ser responsáveis pela hipertrofia muscular induzida por mutações da miostatina”. Ele complementa, “Esta importante descoberta realizada pelo grupo de pesquisa liderado pelo Dr. Marco Sandri no Venetian Institute of Molecular Medicine em Pádua será publicada em breve na revista Nature Genetics“.

Embora os benefícios fisiológicos acarretados pela prática regular dos exercícios aeróbicos sejam mais do que reconhecidos há algum tempo, a importância da musculação tem sido ofuscada e não tem recebido o devido reconhecimento por muitos. Por outro lado, à medida que um número maior de pesquisadores passar a conduzir estudos que utilizem a musculação para tratar pacientes com outros quadros clínicos, os seus benefícios provavelmente ficarão ainda mais em evidência.

room3.jpg

Fonte: Estadão

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Estudo revela ligação entre fitoterápico chinês e câncer

Um extrato de plantas usado em remédios fitoterápicos chineses contra a artrite, a gota e inflamações foram vinculados diretamente ao câncer e causa um número surpreendente número de mutações genéticas, alertou um grupo de cientistas esta quarta-feira.

A assinatura genética do ácido aristolóquico - derivado de uma cepa conhecida como Aristolochia - foi encontrada em tumores de 19 pacientes em Taiwan com câncer no trato urinário superior.

Os cientistas sabiam há tempos que o ácido era cancerígeno, mas o novo estudo mostra pela primeira vez que causa mais mutações genéticas que os cânceres de pulmão relacionados com o tabagismo ou o câncer de pele vinculado à exposição aos raios ultravioleta.

Os tumores em pessoas expostas ao fitoterápico tinham 150 mutações por megabase, em comparação com oito em cânceres de pulmão relacionados com o fumo e 111 naqueles vinculados à radiação UV nos melanomas, destacou o estudo publicado na revista americana Science Translational Medicine.

Saber mais sobre a assinatura do ácido ajudará os cientistas a vigiarem a relação da planta no câncer de outros órgãos, afirmaram os especialistas.
"O sequenciamento completo do genoma nos permitiu associar a exposição ao ácido aristolóquico diretamente com uma pessoa que contrai câncer", afirmou Kenneth Kinzler, professor de oncologia no Centro de Oncologia Johns Hopkins Kimmel do Centro Ludwig para Genética e Terapêutica do Câncer.

"A tecnologia nos dá a assinatura mutacional reconhecível para dizer com certeza que uma toxina específica é responsável por causar um câncer específico", emendou.

A vinculação do câncer com a planta levou à proibição de produtos que contêm ácido aristolóquico na Europa e na América do Norte em 2001 e na Ásia em 2003, afirmaram os cientistas.



Fonte: Terra

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Medicamentos contra hipertensão podem elevar risco de câncer de mama



Mulheres depois da menopausa que ingeriram alguns medicamentos contra a hipertensão durante dez anos ou mais tiveram um risco mais de duas vezes maior de desenvolver câncer de mama, afirmaram cientistas americanos.

As mulheres que tomavam remédios bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) para combater a pressão alta apresentaram de 2,4 a 2,6 vezes mais riscos de desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não tomavam este tipo de medicação, destacou o estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA). Segundo os especialistas, as descobertas podem ter implicações importantes para a saúde pública.

"Embora alguns estudos tenham sugerido uma relação positiva entre a ingestão de BCC e o risco de câncer de mama, este é o primeiro estudo a observar que o consumo a longo prazo destes bloqueadores em particular está associado ao risco de câncer de mama", destacou o estudo.

Os BBC, também conhecidos como antagonistas do cálcio, foram o nono tipo de medicamento mais receitado nos Estados Unidos em 2009, com mais de 90 milhões de receitas, segundo a JAMA. Os exemplos incluem amlodipina, diltiazem, felodipina, isradipina, nicardipina, nifedipina, nisoldipina e verapamilo. Esses medicamentos evitam que o cálcio se acumule nos músculos do coração e das artérias, e podem dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a frequência cardíaca.

"Outros medicamentos anti-hipertensivos — diuréticos, betabloqueadores e antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA-II) — não se associaram a um risco maior de câncer de mama", destacou o estudo do JAMA.

Os cientistas examinaram o risco de câncer de mama em uma população de mulheres de 55 a 74 anos no estado de Washington. No total, 880 desenvolveram câncer de mama ductal invasivo, 1.027 câncer de mama lobular invasivo e 856 não tiveram câncer e participaram do grupo de controle.

Os estudiosos descobriram que a ingestão de BCC durante 10 anos ou mais se associava com probabilidades 2,4 vezes maiores de se desenvolver câncer de mama ductal e 2,6 vezes maiores de desenvolver câncer de mama lobular.

"Se o aumento de duas a três vezes maior do risco encontrado neste estudo se confirma, a ingestão de BCC a longo prazo seria um dos principais fatores de risco modificáveis para o câncer de mama", escreveu a epidemiologista chefe do Centro de Epidemiologia Slone da Universidade de Boston, Patricia Coogan, em um editorial na JAMA Patricia Coogan.

O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre mulheres em todo o mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, uma em cada oito mulheres nascidas hoje terá câncer de mama durante a vida.

Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Cientistas desenvolvem exame para detectar lesões precoces que podem levar ao câncer colorretal

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram uma tecnologia tridimensional de colonoscopia que pode facilitar a detecção precoce de lesões pré-cancerosas no cólon. Sabe-se que, quanto mais cedo essas lesões são diagnosticadas, menor é a taxa de mortalidade por câncer colorretal — doença que causa mais de 13.000 mortes por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A nova tecnologia ainda precisa ser testada em pacientes, mas ainda não há uma data para que a fase clínica da pesquisa comece a ser feita.

O câncer colorretal abrange tumores que atingem um segmento do intestino grosso, o cólon, e o reto. Diagnosticar precocemente a doença é essencial para reduzir o risco de metástase e aumentar as chances de sobrevivência e cura do paciente.

Hoje, a colonoscopia é a principal forma e detecção da doença. Segundo Nihcolas Durr, um dos autores do estudo do MIT, a colonoscopia tradicional já é capaz de detectar com facilidade lesões no cólon e no reto que podem provocar câncer. No entanto, a nova tecnologia, chamada colonoscopia estéreo fotométrica, captura imagens tridimensionais a partir da superfície do cólon e consegue encontrar lesões mais sutis que, mesmo menores, também podem evoluir para um tumor. A tecnologia foi descrita em um artigo publicado no periódico Journal of Biomedical Optics.

“O interessante sobre essa tecnologia para a colonoscopia é que ela fornece uma informação adicional para o diagnóstico, particularmente sobre a morfologia tridimensional da superfície do cólon”, diz Nimmi Ramanujam, professora da Universidade Duke, Estados Unidos.




 Fonte: Veja