Segundo Edenir Palmeiro, pesquisadora e geneticista da unidade, o grau de predisposição para o desenvolvimento do câncer é detectado a partir do DNA coletado do sangue do paciente. "Lemos a sequência do material genético do paciente que já teve câncer e comparamos com outra sequência que sabemos que não tem alteração. Depois, usamos essas informações para fazer a prevenção, testando outras pessoas da família que não tiveram a doença para analisar se elas têm ou não o risco aumentado", explica.
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A partir do diagnóstico, os médicos encaminham a pessoa que fez o teste para o tratamento mais indicado. Há casos em que o paciente passa por uma cirurgia preventiva antes mesmo de a doença aparecer, o que evita a ocorrência de um câncer geneticamente programado para se desenvolver. Dos 1,6 mil pacientes que já fizeram o exame, 150 foram encaminhados para as cirurgias de prevenção.
"Identificando essas famílias podemos fazer a detecção precoce da doença e oferecer um tratamento mais eficaz. Quando a cirurgia preventiva é uma opção, é possível intervir antes de o câncer acontecer. E mesmo que o paciente venha a desenvolver a doença, as chances de cura são maiores e conseguimos que esse paciente tenha mais qualidade de vida", afirma o geneticista do hospital Danilo Vilela Viana.
A estudante Larissa Ferraz Barbosa, de 15 anos, é uma paciente de risco. A mãe, que teve câncer no intestino, teve o DNA comparado ao das três filhas - Larissa e a irmã mais velha foram diagnosticadas como altamente suscetíveis à doença. Há dois meses, a irmã de Larissa fez uma cirurgia preventiva. No próximo dia 10 de julho, é a vez de a estudante submeter-se à intervenção. "Não tenho nem palavras para falar sobre o tratamento. Graças a deus isso existe. Minha irmã, que também herdou o câncer, já fez a cirurgia e está passando muito bem. Isso me estimula muito", diz.
Fonte: G1
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