Após exames, a ginecologista que a atendeu informou se tratar de um cisto e Francisca foi, então, encaminhada para um especialista de Porto Velho, que diagnosticou a paciente com um tumor benigno. Após o primeiro resultado, em fevereiro de 2012, a paciente foi orientada a retornar ao consultório em quatro meses, quando realizou a biópsia. “Quanto retornei, em junho, ele me disse: ‘dona Francisca, nós descobrimos que a senhora tem um tumor maligno’”, relembra a dona de casa.
Ao questionar o médico sobre o câncer, antes tratado como um tumor benigno, Francisca lembra que o médico respondeu apenas que só foi possível detectar a doença com a biópsia. “Fiquei todo esse tempo esperando e o tumor crescendo dentro de mim”, lamenta a paciente.
Em seguida, a dona de casa foi encaminhada ao Hospital de Câncer de Barretos em Porto Velho, onde iniciou o tratamento cerca de um mês após o segundo diagnóstico. O tumor diminuiu e, atualmente, Francisca aguarda pela cirurgia para a retirada da mama afetada. Por enquanto, ela segue com o procedimento de quimioterapia.
Quanto ao tratamento, Francisca diz não ter queixas. “Começou rápido, o que demorou foi detectar a doença”, lamenta a dona de casa.
De acordo com a gerência do Hospital de Câncer de Barretos em Porto Velho, os pacientes são encaminhados para a unidade após o diagnóstico. “O paciente passa por uma triagem, onde ele traz todos os exames e o laudo médico, a partir daí o tratamento é iniciado imediatamente”, explica a gerente Raquel Lins Keller. O número de procedimentos diários realizados pela unidade é de 300 por dia.
O diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, Rodrigo Almeida de Souza, afirma que a grande dificuldade da saúde em Rondônia é quanto ao diagnóstico precoce da doença. “Isso depende do tempo que o paciente leva para procurar o posto de saúde e, em seguida, ter o encaminhamento até um especialista, o que muitas vezes leva tempo”, explica o médico.
Por este motivo, Rodrigo explica que nova lei federal que estabelece que a partir do diagnóstico do câncer, o tratamento seja oferecido pelo SUS em no máximo 60 dias, não alterará a forma de atendimento no hospital. “O que precisa é atentar, justamente, para a questão do diagnóstico que, quanto mais precoce, maior a chance de cura”, finaliza Souza.
Fonte: G1
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