quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Prevenção primária: Imprescindível para o enfrentamento do câncer

 O IV Fórum Nacional de Discussão de Políticas de Saúde em Oncologia, iniciativa do Instituto Oncoguia (www.oncoguia.org.br), aconteceu em São Paulo nos últimos dias 5 e 6 de fevereiro e promoveu importantes debates multidisciplinares sobre a oncologia brasileira.

Realizado no dia seguinte à divulgação pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) do relatório da situação da doença no mundo, que apontou que entre 60% e 70% dos novos casos estão localizados na Ásia, África, Américas do Norte e Sul, o evento foi uma oportunidade única para a discussão sobre as diversas urgências da saúde pública e privada em oncologia no país.

O impacto da prevenção primária, os desafios para a garantia de acesso rápido e de qualidade, o papel da ANVISA na garantia de acesso, a pesquisa clínica, o suporte multidisciplinar e a infraestrutura ideal para o diagnóstico e tratamento foram apenas alguns dos temas explanados e debatidos pelas maiores autoridades em oncologia do país, tais como Ministério da Saúde, ANVISA, ANS, CONASEMS, gestores de importantes hospitais, entidades médicas e científicas.

Ficou muito evidente aos debatedores e à plateia de mais de 250 pessoas que além de melhorar a qualidade do atendimento prestado no país, aumentando o acesso a tratamentos rápidos e de qualidade, será fundamental a criação de estratégias de prevenção primária.

"Temos sim que lutar por mais recursos em saúde, melhoria na gestão e no atendimento. Porém, para enfrentar a epidemia de câncer, precisamos fazer prevenção primária. Evitar o câncer e diagnosticá-lo quando as chances de cura são grandes e o tratamento é imensamente mais barato", aponta a presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz.

Confira alguns destaques das discussões.

Pesquisa Conhecimento do Câncer no Brasil - O Instituto Oncoguia apresentou no evento os resultados da pesquisa realizada pelo Datafolha que avaliou o conhecimento do brasileiro sobre o câncer. A pesquisa encomendada pela entidade e a American Cancer Society aclarou que o brasileiro tem muitos equívocos e dúvidas sobre o que é o câncer, seus principais fatores de risco e formas de prevenção.

A maioria dos entrevistados considera que a principal causa de mortes no Brasil é o câncer, quando, na realidade, são as doenças cardiorrespiratórias. Isso aponta que há ainda um grande estigma em torno da doença. Também, chama muita atenção o fato de que os brasileiros não consideram a exposição excessiva ao sol um fator de risco importante, quando o câncer de pele é a neoplasia mais incidente no país.

Pesquisa Clínica - Integrantes da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica (SBPPC), da Aliança Pesquisa Clínica Brasil (APCB) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), entre outros, discutiram o panorama atual da pesquisa clínica no Brasil e os entraves no processo de aprovação de protocolos, que colocam o país em situação de desvantagem.

O Brasil é um dos países do mundo que mais demora para aprovar protocolos; enquanto o tempo médio nos Estados Unidos é de 6 meses, aqui é de um ano. Isso faz com que muitas pesquisas não cheguem ao território, impedindo que centenas de pacientes recebam tratamento de ponta.

Pesquisadores presentes consideram que a pesquisa clínica no Brasil "está na UTI". O coordenador da CONEP, Dr. Jorge Venâncio, concorda que há muitos pontos críticos. No entanto, informou que a nova gestão está revendo processos a fim de agilizá-los. Ele afirmou que até meados deste ano a CONEP estará cumprindo prazos.

O Papel da ANVISA na Garantia de Acesso a Tratamentos - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária esteve presente no evento para explicar aos participantes como se dá o processo de aprovação de medicamentos e tecnologias no país. Levou a relação de terapias para o câncer submetidas à análise por indústrias farmacêuticas no ano passado, e apontou as razões pelas quais foram aprovadas ou não.

O diretor de uma importante empresa de consultoria em análise de estudos clínicos, Otávio Clark, questionou a coerência entre diversas decisões de registro de produtos para a saúde tomadas pela ANVISA. Para Clark, é difícil compreender como alguns medicamentos aprovados no mundo inteiro não passam pelo crivo da ANVISA. Ele citou o caso da lenalidomida, terapia para o mieloma múltiplo aprovada em mais de 80 países, mas não aqui. A boa notícia dada pela ANVISA é que o caso da lenalidomida está em revisão pela Agência.

Acesso a Suporte Multidisciplinar - O suporte multidisciplinar está presente e estruturado em muitos países (Como Canadá, EUA, Europa etc.), porém aqui está hoje tão distante da realidade dos pacientes que ainda é tratado como 'conceito'. O Instituto Oncoguia reuniu profissionais de odontologia, fisioterapia, nutrição, psiquiatria, psicologia e oncogeriatria para falarem sobre a sua prática na oncologia.

A oncogeriatra Ana Cláudia Arantes levou informações sobre os Cuidados Paliativos, prática multidisciplinar da saúde destinada aos cuidados de pacientes em situação de terminalidade da vida. Lançando mão do uso de medicamentos, exceto aqueles que evitam a dor, os cuidados paliativos promovem qualidade de vida e dignidade a esses pacientes.

Sobre o Instituto Oncoguia

O Instituto Oncoguia é uma entidade sem fins lucrativos com sede na capital paulista, fundada em 2009, que tem como missão ajudar o paciente com câncer a viver melhor. Composta por equipe multidisciplinar de profissionais da área da saúde, direito e comunicação, o Instituto Oncoguia desenvolve projetos em 4 núcleos: Educação em Saúde; Apoio ao Paciente, Advocacy e Informação de Qualidade. Dentre os principais projetos estão o Portal Oncoguia (o maior e mais completo canal brasileiro de informações em oncologia), o Programa Navegador (na comunidade M´Boi Mirim) e o Programa de Apoio ao Paciente com Câncer, em que, por meio de ligações gratuitas (0800 773 1666), o paciente de qualquer lugar do Brasil pode tirar dúvidas a respeito de seus direitos, tratamentos e qualidade de vida.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Conheça a história de Silvia contada por seu marido Elio

Minha história com a guerreia Silvia Petená , mãe, esposa e uma pessoa linda de alma e coração
Por Elio Petená

Bom, nossas vidas se cruzaram há quase 31 anos e tudo começou em uma festa junina da escola no colégio. Passamos a infância inteira morando na mesma rua e apenas algumas casas nos separavam, porém não nos conhecíamos.

Sua família decidiu mudar para Ribeirão Preto e ela morou na cidade por alguns anos, porém depois deste período resolveram voltar a São Paulo e, a partir daí, foi onde Deus fez que nossos caminhos se encontrassem.

Depois da festa junina onde me aproximei pela primeira vez, tivemos uma excursão para Campos do Jordão, que selou nosso inicio de relacionamento, foi quanto a pedi em namoro.

Foram praticamente 10 anos de namoro e noivado para podermos definitivamente nos casarmos. Vivemos intensamente cinco anos de muita felicidade, com amigos, família e viagens que ela adorava.

Depois deste período, mais maduros, resolvemos ter nosso primeiro filho e a Júlia nos foi concedida: linda e com muita saúde, iluminando ainda mais nossas vidas. Passado uns dois anos, recebi a melhor notícia da Silvia em um final deitardes de quarta-feira: eu iria ser pai novamente. Quase explodi de felicidade e aquele momento foi mágico, pois nossos planos sempre foram ter dois filhos.

Passaram-se os nove meses e recebemos a Beatriz, nossa segunda filha, também linda e com muita saúde. Pronto, agora estamos completos para uma vida completa onde planejávamos o futuro das meninas e o nosso, que era sermos pais cuidadosos, proporcionando o melhor para elas. Depois, pensávamos em outro estágio: sermos avós carinhosos com nossos netos , filhas e todos da família.

Mas o destino resolveu colocar alguns obstáculos em nossos planos e, em 2002, recebemos a notícia de que a Silvia, minha esposa querida, companheira e inspiração em minhas ações e objetivos, estava com câncer de mama.

Foi um choque e tanto, corri em vários médicos, procurei o melhor especialista na época, o Dr. Mourão, chefe da oncologia no AC Camargo, e iniciamos o tratamento. Não consigo nem pensar naqueles momentos, fico angustiado escrevendo estas palavras, pois a primeira cirurgia da Silvia foi radical e já foi feita a reconstituição da mama.

Meus Deus, dai-me força para estar presente em todos os momentos e dias que minha esposa precisar de mim, me ajuda a ser forte e passar com ela este momento de muita dor, sofrimento e superação da cirurgia! Ajuda-me Senhor!

Bom, minhas filhas, neste período, eram muito novas e não entendiam bem o ocorrido, mas viviam aquele momento da mãe e, nos olhinhos delas, eu podia ver o sofrimento e ali prometi de joelhos: Sílvia , Júlia e Beatriz, eu juro que nunca vou deixar de cuidar de vocês e que sempre estarei ao lado de todas no que precisarem, o papai ama tanto vocês e jamais deixarei esta família, seremos felizes e venceremos juntos nossos desafios.

Elas, ainda novinhas, me olharam e fizeram aquele rostinho com expressão de “tudo bem, papai”, vieram ao encontro de minha esposa e de mim e nos abraçamos longamente.

Passado alguns meses, iniciamos a fisioterapia e eu a acompanhava, para participar das atividades, ajudar e depois, em casa, apoiá-la nos exercícios para que tivesse uma recuperação mais rápida dos movimentos e sem muitas sequelas.

Começamos as sessões de quimioterapia e, meus Deus, para que tanto sofrimento? Não conseguia vê-la sofrer daquele jeito, com muitas ânsias e vômitos constantes. Sempre que podia, eu estava ao seu lado, abarcando e dizendo: “vai passar, você vai melhorar e não precisaremos passar mais por isso”. Isso com nó na garganta e lágrimas nos olhos, mas sempre mantendo a força e presente, pois eu sabia que nossa família era a base para superação dela.

Após o tratamento inicial, ela se recuperou muito bem e foi afastada dos tratamentos fazendo consultas de acompanhamento a cada seis meses – e assim ficamos por seis anos, onde nossa vida voltou a ser como antes.

Um certo dia, ela teve uma consulta de rotina e eu fui buscá-la no metrô. Entrando no carro, ela me olhou bem no fundo dos meus olhos e me disse: “Elio, estou com metástase”. O mundo caiu ali para mim, fiquei sem palavras e só queria abraçá-la. Mas, uma paz interior veio naquele momento ao ouvir ela me dizer: “Elio, obrigado por estar comigo, por não me abandonar e eu vou lutar e vou conseguir vencer este novo obstáculo. Conto com você, me ajuda!”.

Eu a abracei e disse: “Silvia, você é a mulher da minha vida e não existe nada que eu não faça para ficar com você, conte sempre comigo, eu te amo e estarei cada momento de sua vida ao seu lado”.

Então, começamos a preparar nossas filhas para mais esta fase de luta e sofrimento, porém sempre com a certeza de que sairíamos vitoriosos. Tivemos mais um ciclo de químios e outras drogas, visitas constantes ao hospital, crises após químico. Mas ela sempre ali, durona e decidida a ver nossas filhas crescerem. Eu precisava trabalhar para manter as coisas em casa, ela já não podia mais e teve que se afastar. Porém, ela, guerreira, fazia de tudo e não se abatia nem com as dores nos ossos tomados pela doença.

Foram mais oito cirurgias e ela sempre sorrindo e feliz – pois cada dia de vida era a mais importante vitória de nossas vidas.

Chegou um tempo que a carga da quimioterapia gerou uma intoxicação, o que afetou o funcionamento do coração. Por conta disso, ela ficou na UTI várias vezes, uma vez que apenas 20% do seu órgão vital estava funcionando. Foram vários problemas, como água nos pulmões, problemas renais, fígado e etc.

Mas, ela não desistiu! Eu parei de trabalhar e fiquei ao seu lado todo tempo, tanto no hospital como em casa. Como o coração da minha esposa não tinha força para bombear o sangue, começou a inchar e ficou muito difícil de se locomover e fazer as atividades básicas do dia a dias. Então, como prometido, fiquei ao seu lado, apliquei injeções diárias para evitar trombose, fazia massagem e exercícios para circulação e resolvi levá-la a uma cardiologista particular. Foi Deus que a colocou em nosso caminho. Após alguns meses de tratamento, a esposa que foi diagnosticada como não tendo mais nenhuma chance de voltar a andar, dirigir e ter o coração estabilizado, se recuperou. Sua superação foi algo divino e, sem dúvida, minha esposa sempre foi um exemplo de disciplina e foco. Graças a tudo isso, ela recuperou a saúde de seu coração, emagreceu rapidamente, andava normalmente, voltou a dirigir e fazia tudo que precisava novamente sozinha e com uma energia invejável.

Nossa, parecia que ela era indestrutível. E aí veio mais um motivo para ela se manter sempre forte: minha pequena iria fazer 15 anos e isso era a vida dela a partir daquele momento.

Começou a correr atrás de tudo para realizar esta festa, um ano e oito meses antes. Sozinha, sem me pedir nada. Chegou a data e tudo foi realizado dentro do que ela programou, nada deu errado e foi lindo. Minha esposa estava deslumbrante ao lado da minha filha e eu também não me aguentava de felicidade por ver minha filha fazendo 15 anos e minha esposa linda, feliz, com um sorriso lindo e dançando a noite toda. Sou o homem mais sortudo e feliz deste mundo. Obrigado, meu Deus.

Após tanta alegria, passado algum tempo, eu não me recolocava no mercado de trabalho. Po conta da idade, pelo menos era o que sempre ouvia. Tenho qualificações, tenho certeza que tenho, mas resolvi tentar outros caminhos, mesmo que tivesse que mudar. Sabia que não conseguiria mais o salário, cargo, etc. Minha decisão era permanecer com a Silvia e as meninas o máximo de tempo possível e assim o fiz.

Bom, gente, esta minha esposa é demais, iluminada e forte como um touro. Começou a trabalhar de casa com vendas, para me ajudar. Naquele momento, pude perceber que não podia mesmo viver sem ela, a pessoa que me entendia e me completava em tudo – ela até sabia minhas preocupações só de me olhar. E, não foi só isso: ela ainda conseguiu arrumar um emprego. Acreditem nisso, ela iria começar a trabalhar de novo.

Nossa, quanta alegria! Ela estava radiante, pois sempre foi executiva em banco, gerente de muita responsabilidade e funcionária dedicada. Então, voltar ao mercado depois de anos era a vida dela. Eu fiquei encantado em ver minha linda com os olhinhos brilhando e louca pra começar suas atividades.

Mas, o destino nos pregou outra surpresa: no segundo dia, ela passou mal e minha irmã teve que socorrê-la na estrada, a caminho do trabalho. A dor era tanta que ela não conseguia mais dirigir seu carro. Ela foi para o hospital e lá ficou por sete dias, até seu falecimento em 22/10/13: uma data que nunca mais irei esquecer, pois ali partiu a pessoa que me fazia ser forte e enfrentar os problemas.

Porém, tenho algo a acrescentar, que foi o que salvou minha vida: antes dela partir, um dia antes, ela chamou todos os entes queridos (quem estava longe, ela ligou e conversou) e, também, falou em particular comigo e minhas filhas. Ela me passou a seguinte mensagem:

“Elio, você fez o que pode, nós lutamos até o fim, mas não vou conseguir. Siga sua vida, não pare, pois confio em você para cuidar de nossas duas filhas. Eu te perdoo por tudo desta vida e quero que me perdoe também. Seja feliz, viva a vida de forma mais leve, enfrente os problemas sem aumentá-los. Vivemos uma vida juntos e você agora tem que viver a sua”. Então, eu disse: “mas como? Sem você, não posso” Ela me disse, sorrindo como sempre: “se vira nos trinta”.

Depois, ela chamou todo mundo em volta da cama e pediu para darem as mãos, fazerem uma oração e cartarem juntos uma música chamada CELEBRAR. No meio da música, ela me olhou e disse: “é para você, viva”.

Depois disso, eu nunca mais ouvi sua voz, vi seus olhos, seu sorriso e senti seu calor e afeto. Silvia, TE AMO E ESPERO QUE ESTEJA FELIZ, SEM DOR E SEM SOFRIMENTO.

Após o velório e sepultamento, abracei minhas filhas e choramos muito. Ouvi algo que fortalece ainda mais nossa ligação, que foi mais ou menos assim:

PAPAI, NÓS TE AMAMOS MUITO E SABEMOS O QUANTO ESTÁ SOFRENDO E TENHA CERTEZA QUE NUNCA VAMOS ESQUECER TUDO QUE VOCÊ FEZ PELA MAMÃE E ELA SEMPRE TE AMOU MUITO E NÓS TAMBÉM, PORQUE SABEMOS QUE NÃO FOI FÁCIL E MUITOS PAIS DE AMIGOS NOSSOS DEIXARAM A FAMÍLIA E ISSO SE O SENHOR TIVESSE FEITO JAMAIS NÓS O PERDOARÍAMOS.

A partir destas palavras, senti um alívio no meu peito, me veio uma paz interior e entendi que passamos por uma grande lição de vida e que nos temos que amar ao próximo e sempre cuidar daqueles que necessitam.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Abertas as inscrições para a 14ª edição da Corrida e Caminhada GRAACC

Já estão abertas as inscrições para a 14ª edição da Corrida e Caminhada GRAACC – Combatendo e Vencendo o Câncer Infantil, que acontece no dia 11 de maio de 2014 no Parque do Ibirapuera. As inscrições devem ser feitas pelo site www.corpore.org.br. Para associados GRAACC e Corpore o valor é de R$ 75,00; não associados R$ 90,00.

A ação tem por objetivo divulgar a causa do combate ao câncer infantil, conscientizando a população sobre a importância do diagnóstico precoce, além de arrecadar recursos para a manutenção dos tratamentos oferecidos às crianças e adolescentes no Hospital do GRAACC.

A Corrida e Caminhada GRAACC é uma grande mobilização de solidariedade e uma oportunidade única para corredores e caminhantes participarem de um evento festivo, saudável e solidário, que já faz parte do calendário oficial da cidade de São Paulo. A 14ª edição do evento, conta com Patrocínio Máster da Comexport Companhia de Comercio Exterior, apoio de Açotubo e colaboração da Transamérica FM, United Airlines e Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da Prefeitura de São Paulo.

A largada da prova será às 7h30, na av. Pedro Álvares Cabral, nas imediações do Parque Ibirapuera e contará com dois percursos, sendo 10 km para corredores e 3,1 km para os caminhantes. A prova de 10 km é válida para os Rankings CORPORE de Atletas, de Equipes e de Empresas. O evento é elegível para o Ranking Corri Todas.

Serviço:
Corrida e Caminhada GRAACC
Data: 11 de maio de 2014
Horário da Largada: 7h30
Valores: Associado Pleno Corpore ou Colaborador do GRAACC: R$ 75,00
Associado Corredor Corpore: R$ 90,00

Sobre o GRAACC - Referência no tratamento e pesquisa do câncer infanto juvenil na América Latina, principalmente em casos de alta complexidade, e uma das mais respeitadas e bem-sucedidas ONGs do País, o GRAACC, criado em 1991, tem a missão de garantir a crianças e adolescentes com câncer todas as chances de cura com qualidade de vida. A organização é reconhecida pelos expressivos resultados obtidos na cura de pacientes infanto juvenis com câncer, alcançando índices de cerca de 70%.  

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Taxa de mortes por câncer é 50% maior entre os homens

As taxas globais de morte por câncer são 50% maiores em homens do que em mulheres, de acordo com dados divulgados pelo Cancer Research UK. As estatísticas revelam que mais de 4,6 milhões de homens morrem por causa da doença a cada ano — o equivalente a 126 homens em cada 100 mil. No universo feminino, 82 mulheres em cada 100 mil acabam falecendo vítimas da doença.

O número total de mortes por câncer no mundo fica além dos oito milhões a cada ano. Os tipos mais comuns são os cânceres de pulmão, fígado, estômago e intestino, que juntos são responsáveis por quase metade de todas as mortes pela doença no mundo todo.

Há uma grande variação nas taxas de mortalidade dos homens, que são mais altas da Europa Central e Oriental. A África Oriental tem as mais altas taxas de mortalidade para as mulheres e é uma das poucas áreas onde estas são maiores do que as dos homens.

Os números também mostram que, a cada ano, mais de 14 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com câncer, com os homens com probabilidade 24% de serem diagnosticados com a patologia.

— O contraste entre as taxas de morte por câncer entre os sexos pode ser devido aos diagnósticos dos tipos de cânceres que são mais difíceis de tratar nos homens, como o da bexiga, fígado, pulmão e do esôfago— afirma o diretor de estatísticas da instituição, Nick Ormiston-Smith.

A idade é o maior fator de risco para desenvolver a maioria dos tipos de câncer e, como a expectativa de vida mundial aumentando, a tendência é acompanhar mais pessoas diagnosticadas com a doença.

O estilo de vida também desempenha um papel importante nesse aspecto. No mundo, o consumo de tabaco foi responsável por cerca de 100 milhões de mortes no século passado. O tabagismo é, de longe, a principal causa evitável de câncer no mundo.

— É vital que os governos ao redor do mundo combatam essas desigualdades— diz o chefe executivo da organização, Harpal Kumar.


Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dieta rigorosa pode prevenir vários tipos de câncer

Um prato rico e colorido no almoço é sinônimo de saúde. Os benefícios de comer bem já não é novidade mais: pequenas mudanças na rotina diária podem agregar excelentes resultados à vida de cada um. É preciso levar em conta os riscos associados à obesidade. Pessoas acima do peso ideal são mais propensas a desenvolver uma série de doenças, como hipertensão, diabetes, alterações do colesterol e, se não bastasse, o câncer, principalmente o câncer de mama.

Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos apontou que uma dieta rigorosa, com 9 tipos de vegetais por dia, é uma forma de prevenir vários tipos de câncer. Foram realizados testes em animais que se alimentaram com carne vermelha e o resultado foi o aumento dos riscos de desenvolver a doença. De acordo com a pesquisa, um cardápio variado é capaz de diminuir 30% dos casos de câncer como tumores de boca, laringe, faringe, estômago e intestino.

A nutróloga da Oncomed Belo Horizonte, Fernanda Schettino, afirma que a recomendação passada nos consultórios para os pacientes é que, mais importante que o tratamento, é a prevenção. “Evitar alguns alimentos em excesso é essencial. A bebida alcoólica, além dos diversos danos que pode causar, aumenta os ricos do câncer de boca, esôfago, fígado e reto. Outro aspecto importante é o modo de preparar e conservar os alimentos: alimentos conservados em sal como carne de sol e peixes salgados podem estar associados ao câncer de estômago. Assim como os alimentos ricos em nitritos e nitratos (embutidos e alguns enlatados) podem aumentar o risco de câncer gástrico”, explica a nutróloga.

Já é comprovado também que indivíduos que ingerem mais vegetais (fibras, vitaminas e sais minerais) apresentam menor probabilidade de desenvolver o câncer, principalmente o de intestino. Sabe-se hoje que determinados nutrientes apresentam um papel protetor quanto ao câncer de um modo geral (licopenos, betacarotenos, entre outros). “Esses nutrientes estão presentes nas frutas, nos vegetais e também na versão integral do pão, do arroz e da farinha de trigo”, diz a nutróloga Fernanda.

A prática do exercício físico regularmente faz muito bem para o corpo e para a mente. O exercício, além de baixar níveis do colesterol ruim, aumentar o bom colesterol e controlar o excesso de peso, também está associado a mais disposição e bom humor.

Veja as recomendações da nutróloga para uma dieta saudável, que minimiza os riscos de se contrair um câncer

1- Comer de tudo um pouco, desde que com moderação;

2- Ingerir cerca de três frutas diferentes ao longo do dia;

3- Comer um vegetal verde-escuro pelo menos uma vez ao dia (na salada, refogado ou na forma de suco);

4- Comer menos carne vermelha e acrescentar o peixe ao seu cardápio duas vezes na semana. Evitar frituras, embutidos, churrasco;

5- Diminuir refrigerantes, sucos açucarados e industrializados, dando preferência ao suco natural, além de beber água constantemente;

6- Limitar o consumo de sal;

7- Limitar o consumo de bebidas alcoólicas;

8- Acrescentar diariamente de duas a três castanhas-do-pará ou nozes;

9- Acrescentar 1 a 2 colheres de sobremesa de farinha de linhaça diariamente;

10- Utilizar, pelo menos 2 a 3 vezes por semana, o pão ou o arroz integral;

11- A amamentação ajuda a prevenir o câncer de mama na mulher e ajuda a prevenir a obesidade no bebê amamentado.



Fonte: DM

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Pacientes com câncer devem ter cuidados redobrados com saúde bucal

Apesar de importantes para o tratamento do câncer, a quimioterapia e a radioterapia podem desencadear alguns sintomas que, quando não tratados, prejudicam a saúde da boca e, até mesmo, o tratamento da doença. Por isso, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) faz um alerta sobre os cuidados com a higiene bucal durante o tratamento oncológico.

Cada pessoa reage de maneira diferente à quimioterapia e à radioterapia, mas alguns efeitos colaterais são mais comuns, como o aumento da sensibilidade da gengiva, dos dentes e da mucosa.

Entre as queixas mais frequentes estão a perda de paladar e o surgimento de mucosite (feridas), xerostomia (boca seca), candidose (infecção por fungos popularmente conhecida como sapinho) e cárie de radiação. Estes sintomas podem ser temporários ou permanentes, dependendo do local e tipo de tumor, assim como da dose das medicações utilizadas.

É importante destacar que é possível prevenir e controlar estes problemas, e a principal ferramenta para isto é a manutenção rigorosa da higiene bucal. O paciente também precisa de cuidados odontológicos antes, durante e após o tratamento.

"Consultas periódicas com o dentista são sempre essenciais. No caso do paciente oncológico, essa necessidade se acentua ainda mais. Estas pessoas deverão receber cuidados odontológicos especiais por toda a vida", explica Cassiano Silveira, cirurgião-dentista e diretor do ambulatório de Odontologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

Confira algumas regras essenciais para a manutenção da saúde bucal dos pacientes em tratamentos com quimioterapia e radioterapia:

- Cuide detalhadamente da higiene, passando fio dental e escovando cuidadosamente os dentes, gengiva e língua após as refeições. Neste processo, indica-se o uso de escovas com cerdas macias e creme dental com flúor;

- Quem faz uso de dentaduras deve certificar-se de que o aparelho está bem ajustado à boca e não causando feridas. Ela deve ser limpa diariamente, com auxílio de uma escova de dente. Se possível, diminua o tempo de uso do objeto; nos momentos em que não estiver sendo utilizada, mantenha a dentadura seca ou submersa em água misturada a uma colher de café de água sanitária;

- Mantenha a boca úmida. Além de beber água frequentemente, mascar chicletes sem açúcar e utilizar saliva artificial podem ajudar;

- Evite o uso de enxaguantes bucais com álcool e de palitos de dente;

- Não consuma bebidas alcoólicas ou produtos derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo e fumo para mascar);

- Consulte um dentista regularmente.




Iamspe

O Iamspe, autarquia vinculada à Secretaria de Gestão Pública, tem hoje uma das maiores redes de atendimento em saúde para funcionários públicos do país.

Além do Hospital do Servidor Público Estadual, na capital paulista, possui 17 postos de atendimento próprios no interior, os Ceamas, e disponibiliza assistência em mais de 100 hospitais e 130 laboratórios de análises clínicas e de imagem credenciados pela instituição, beneficiando 1,3 milhão de pessoas em todo o Estado.

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe)
Assessoria de Imprensa
Tel. (11) 4573-9229/9061/9008/8765
www.iamspe.sp.gov.br
facebook.com/iamspesp

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Exames simples podem identificar câncer no coração com boas chances de cura

Câncer e doenças cardíacas respondem pelas maiores causas de morte no Brasil, mas são males que quase nunca aparecem relacionados. Embora pouco conhecidos, os tumores cardíacos existem e quase sempre passam despercebidos até que o primeiro ecocardiograma de rotina os denuncie. “Cerca de um quinto das pessoas que morrem de câncer já tem algum tipo de comprometimento metastático no coração”, afirma o cardiologista Ricardo Corso, do Hospital do Coração do Brasil em Brasília. Os tumores de coração podem ser primários, quando a origem é no próprio tecido do coração, ou secundários, quando resultam de metástase de algum outro câncer pré-existente — caso mencionado pelo especialista.

“Mas o coração não é o alvo mais frequente de metástases”, complementa Noedir Antônio Groppo Stolf, cirurgião cardiovascular do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e professor emérito da Faculdade de Medicina da USP. “Pode acontecer em alguns casos em que a doença está mais avançada ou de alguns cânceres no rim e nos órgãos genitais, em que ele cresce pela veia cava”, continua. Diferentemente de outras cardiopatias, o tumor cardíaco não escolhe suas vítimas de acordo com a idade ou com os hábitos de vida. “Os metastáticos ocorrem mais em idosos. Mas os primários podem acometer qualquer pessoa, especialmente adultos jovens”, constata Stolf.

O que não necessariamente é motivo de pânico: se o tumor for benigno e tiver localização fácil, como acontece na maioria dos casos, uma cirurgia quase sempre é suficiente para corrigir o problema sem deixar sequelas. “O procedimento é curativo na maioria dos casos e uma recidiva não é comum. Se o tumor for maligno e residir, às vezes, é necessário quimioterapia e radioterapia, mas o resultado não costuma ser bom”, diz o especialista. Os sintomas podem variar de falta de ar e perda da capacidade física até uma embolia ou um derrame, causados por um fragmento do tumor solto na circulação. Mas casos assintomáticos não são raros. O diagnóstico é feito por exames de imagem de rotina, pedidos normalmente em checapes, como o ecocardiograma e a tomografia.

Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais (CB/D.A Press)

(Clique aqui para ampliar a imagem) 

Fonte: Uai

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mundo corre o risco de enfrentar 'maremoto' de câncer'



Segundo o alerta da entidade, feito no Dia Mundial do Câncer, o número de casos da doença deve chegar a 24 milhões até 2035, mas metade deles pode ser prevenido. Para tanto, existe uma "necessidade real" de ampliar os esforços preventivos, combatendo tabagismo, a obesidade e o alcoolismo.

No Brasil, um levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde e pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer) no ano passado indica que haverá 576.580 casos diagnosticados apenas neste ano. O relatório prevê que os tipos com maior incidência serão o câncer de pele, de próstata e de mama.

Um estudo divulgado em 2013 no periódico Lancet Oncology, previa um aumento de 38,1% nos casos de câncer no país ao longo desta década, passado de 366 mil casos em 2009 para mais de 500 mil em 2020.


No mundo, estima-se que 14 milhões de pessoas sejam diagnosticadas todos os anos com câncer, segundo a OMS. A previsão é de que esse número aumente para 19 milhões em 2025 e 24 milhões em 2035, com os países emergentes concentrando os novos casos.

Hábitos
Em seu Relatório Mundial do Câncer 2014, a OMS diz que além da combinação de obesidade e sedentarismo, do álcool e do fumo, outros fatores associados ao câncer que poderiam ser prevenidos são:
  • A radiação (solar e de scanners médicos);
  • A poluição atmosférica;
  • Poluição atmosférica e outros fatores ambientais;
  • Adiar a gravidez para quando as mulheres têm mais idade, ter menos filhos e não amamentar.

Para Chris Wild, diretor da agência internacional da OMS para a pesquisa sobre o câncer, disse que o "fardo global do câncer está se tornando mais pesado e mais evidente, principalmente devido ao envelhecimento e crescimento da população".

"Se verificarmos o custo de tratamento do câncer, ele está fugindo do controle até em países com renda alta. Prevenção é algo absolutamente crucial e vem sido um tanto negligenciada."

Brasil

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que 576 mil brasileiros desenvolvam câncer em 2014, o mesmo número esperado para 2015. "O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente, seguido pelos tumores de próstata (69 mil) e mama feminina (57 mil)", diz a nota.

Os dados mostram, no entanto, uma redução na incidência dos casos novos de cânceres do colo do útero e de pulmão, de acordo com o Inca.

Consultado pela BBC Brasil, o Ministério da Saúde informou que o investimento em assistência a pacientes com câncer cresceu 26% em dois anos.

"O recurso alocado para o diagnóstico e tratamento da doença passou de R$ 1,9 bilhão, em 2010, para R$ 2,4 bilhões, em 2012. Além desses recursos, estão reservados ao setor, para o período de 2011 a 2014, R$ 4,5 bilhões em programa estratégico de prevenção do câncer de colo do útero e de mama, que prevê também o fortalecimento da rede de assistência e diagnóstico precoce", disse o ministério em nota.

De acordo com o ministério, com o aumento de recursos "foi possível ampliar em 17,3% o número de sessões de radioterapia" e em "14,8% as de quimioterapia".

Prevenção
Bernard Stewart, um dos editores do relatório da OMS, diz que a prevenção tem "um papel crucial no combate ao maremoto de câncer que estamos vendo surgindo em todo o mundo".

Ele explicou que o avanço da doença está associado, em muitos casos, aos hábitos das pessoas e citou o exemplo dos australianos que costumam tomar sol nas praias "até que cozinham de forma homogênea em ambos os lados".

"Em relação ao álcool, por exemplo, nós estamos cientes dos seus graves efeitos, sejam eles acidentes de carro ou agressões. Mas há um problema que não é discutido simplesmente porque não é reconhecido, especialmente envolvendo o câncer."

"Há coisas que devem estar na pauta de discussões: modificar a disponibilidade do álcool, a rotulagem do álcool, a promoção do álcool e o preço do álcool", afirmou.

Stewart disse que um argumento similar pode ser apresentado em relação ao açúcar, que impulsiona a obesidade, que por sua vez eleva o risco de tumores.

Fonte: BBC