quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mamografia 3D no diagnóstico do câncer de mama

Em comparação com a mamografia tradicional, o exame aumenta em 41% taxa de detecção dos tumores mamários invasivos.

A associação de mamografias em três dimensões com o exame tradicional digital mostrou ser capaz não só de detectar mais cedo tumores como reduzir significativamente os casos de falso positivos que exigem a reconvocação das mulheres para exames adicionais, muitas vezes invasivos e dolorosos. A conclusão é de estudo que analisou dados de quase 500 mil exames feitos nos EUA desde 2011, quando a mamografia 3D, também chamada tomossíntese, foi aprovada pela FDA, agência americana que regula remédios e alimentos, para ser usada em combinação com o exame padrão na detecção precoce do câncer de mama e publicado esta semana no “Journal of the American Medical Association” (Jama).

No estudo, médicos e pesquisadores de 13 hospitais universitários e privados dos EUA avaliaram o desempenho de seus programas de rastreamento e detecção precoce do câncer de mama com base na realização de pouco mais de 281 mil mamografias digitais e pouco menos de 174 mil vezes em que o exame tradicional foi feito em combinação com a tomossíntese. Segundo os cálculos deles, a associação dos dois exames, que podem ser feitos simultaneamente, aumentou em 41% a descoberta de casos de câncer de mama invasivo, os mais perigosos, e em 29% a detecção de tumores em geral enquanto diminuiu em 15% as reconvocações desnecessárias devido a falsos positivos quando comparada com a realização apenas da mamografia digital.

É a melhoria mais excitante na mamografia que já vi na minha carreira, ainda mais importante para as mulheres que a conversão da mamografia com filmes para a digital – comentou Emily Conant, uma das autoras do estudo e chefe do serviço de mamografia da escola de medicina da Universidade da Pensilvânia. A mamografia 3D encontra os casos de câncer de mama clinicamente significativos mais cedo, o que é fundamental para as mulheres terem mais opções de tratamento e, em última análise, de prognóstico para sua saúde.

Coordenadora do setor de mamografia do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, Vivian Shibartche conta que unir a detecção precoce a uma menor taxa de falsos positivos é a principal vantagem da tomossíntese. Em maio de 2010, antes mesmo da aprovação pela FDA, o CDB foi a primeira instituição de saúde das Américas a oferecer o exame ao público em geral, e seus resultados foram citados pelos fabricantes dos aparelhos na obtenção da autorização de seu uso nos EUA.

Numa mamografia tradicional, todas as estruturas, pele, vasos sanguíneos, gordura, glândulas etc se somam na imagem – explica. - O problema é que a partir dos 40 anos a mama fica mais densa, então temos um monte de coisa branca uma em cima da outra. E como o tumor é branco também, temos muitas imagens suspeitas e falsos positivos. Já na tomossíntese as imagens da mama são fatiadas e não temos mais esta sobreposição. Além disso, agora posso enxergar tumores pequenos que antes ficavam escondidos por estas outras estruturas. Tudo isso se traduz em um diagnóstico mais precoce que é fundamental para a evolução da paciente e sua qualidade de vida.

Vivian acredita que no futuro todos os programas de rastreamento do câncer de mama deverão usar a tomossíntese, mas esta é uma realidade ainda muito distante no Brasil, diz Ricardo Caponero, oncologista e presidente do conselho científico da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Segundo ele, grande parte das mamografias realizadas no país pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda são “analógicas”, isto é, usam os tradicionais filmes de raios-X, embora em alguns locais já disponham da tecnologia digital. Por isso, conta, os focos da Femama ainda são melhorar a qualidade dos exames feitos no país e exigir o cumprimento da lei que dá prazo de no máximo 60 dias para realização da cirurgia de mastectomia parcial ou total após a confirmação do diagnóstico por uma biópsia.

De nada adianta fazer um belo programa de diagnóstico e não conseguir fornecer o tratamento adequado – afirma. E mesmo a mamografia 3D ainda depende muito da interpretação do médico, da experiência do radiologista, como acontece com a mamografia tradicional.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 18 de junho de 2014

15 alimentos que previnem o câncer de mama

Em teoria, todo mundo deveria seguir uma dieta balanceada com muitas frutas, verduras, legumes e grãos formando um prato bastante colorido. Na prática, entretanto, as coisas funcionam de forma bem diferente e a maioria das pessoas só percebe a importância dos bons hábitos alimentares quando aparece alguma doença. Entre elas, o câncer de mama. Conheça alimentos que ajudam a prevenir a doença.

Cúrcuma (açafrão-da-terra): em um estudo com camundongos, pesquisadores descobriram que a cúrcuma ajuda na prevenção de vários tipos de câncer, inclusive o de mama.

Mirtilos: pesquisas apontam os fitoquímicos do mirtilo atuam impedindo o surgimento de células cancerosas.

Tomate: ricos em licopeno, substância à qual se credita a propriedade de diminuir o risco de câncer de mama.

Abacates: fartos em ácido oleico, que, segundo estudos, previne o câncer.

Vinho tinto: consumido com moderação, o vinho tinto reduz, de acordo com pesquisas, o risco de câncer de mama. No entanto, beber mais do que duas taças da bebida por dia pode aumentar o risco da doença. Moderação é, portanto, a palavra-chave. O vinho também reduz significativamente os efeitos da radiação na mulher submetida a terapia de radiação contra câncer. Um estudo descobriu que o resveratrol do vinho tinto faz com que as células cancerosas fiquem mais suscetíveis ao tratamento de radiação ao mesmo tempo que protege dos danos da radiação as células saudáveis .

Couve-de-bruxelas: de todos os outros vegetais crucíferos contêm glucosinolatos, que são substâncias anticâncer poderosas. A couve-de-bruxelas parece ter a combinação mais benéfica de glucosinolatos quando se trata de impedir o câncer de mama e outros tipos de câncer.

Suco de romã: pesquisa feita em Israel mostra que o suco destrói as células de câncer de mama, preservando as células saudáveis. Além de impedir a formação de novas células de câncer de mama.

Óleo de linhaça: contêm altos níveis de ligninas, que protegem contra o câncer.

Chá verde: estudos mostram que o consumo do chá e reduz o risco de desenvolver câncer de mama e evita a sua propagação em mulheres que já têm a doença. Isto se deve a uma substância chamada de galato de epigalocatequina, mais conhecida pela sigla EGCG.

Alho: pesquisas mostram que o alho erradica as células de câncer de mama. Outro estudo descobriu que cozinhar a carne com alho reduz as substâncias químicas cancerígenas da carne cozida que podem causar câncer de mama.

Brócolis: contêm indol-3-carbinol, uma substância que combate o câncer de mama.

Couve-flor: assim como os brócolis, a couve-flor é uma grande fonte de indol-3-carbinol.

Espinafre: trabalho científico mostrou que as mulheres que comeram espinafre pelo menos duas vezes por semana tinham metade da taxa de câncer de mama em comparação às mulheres que não comeram espinafre.

Cerejas: estudos em ratos descobriram que um composto presente nas cerejas podem inibir o câncer da mama.

Alcachofra: uma pesquisa mostrou que o extrato de folha de alcachofra induz à apoptose (morte celular) e reduz a proliferação de muitos tipos de câncer, incluindo o de mama. Estudos Italianos apontam que os flavonoides da alcachofra reduzem o risco de câncer de mama.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

SBM lança movimento #Mamografiaapartirdos40

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lança esta semana o movimento #mamografiaapartirdos40 – Direito e dever de toda mulher, uma ação da campanha Eu amo meus peitos, criada pela entidade para exaltar os cuidados com a saúde da mama e disseminar informações sobre a prevenção do câncer. A ideia do movimento é enfatizar a importância para as mulheres de realizar, anualmente, a mamografia a partir dos 40 anos, o que para os mastologistas é primordial para a saúde da mulher.

Essa luta, inclusive, vai de encontro ao Ministério da Saúde que, através da Portaria 1.253/2013, restringiu o repasse de verbas da União aos municípios para mamografias em pacientes na idade entre os 50 e 69 anos, além da mamografia unilateral – exame realizado como forma de rastreamento em apenas uma das mamas.

De acordo com o presidente da SBM, Dr. Ruffo de Freitas Júnior, o câncer de mama é o segundo tipo mais comum em número de casos no Brasil, só perdendo para o de pele. Somente este ano, o câncer de mama terá cerca de 60 mil novos casos, um aumento de 15% em comparação ao ano passado, segundo o Governo Federal. Nesse contexto, a SBM prega a realização da mamografia a partir dos 40 anos, já que alguns estudos apontam a redução da mortalidade do câncer de mama em até 35%, além de, através do diagnóstico precoce, as chances de curar poderem chegar a 95% dos casos. “Tanto a experiência do consultório quanto os inúmeros estudos e acompanhamentos realizados pelos principais mastologistas do Brasil e do exterior comprovam que a idade ideal para o início do trabalho preventivo, via mamografia, é 40 anos. Vários são os fatores que contribuem para essa conclusão, um deles o próprio estilo de vida estressante atual, alimentação, entre outros, que contribuem para a manifestação da doença cada vez mais cedo”, afirma o presidente.

O mastologista faz um alerta para que os médicos continuem solicitando a mamografia de rastreamento para pacientes a partir dos 40 anos e não aceitem a chamada mamografia unilateral. “Como especialistas, temos a responsabilidade de educar e informar à sociedade sobre os procedimentos mais corretos e seguros em prol da saúde preventiva. E a mamografia é um instrumento de extrema importância, tendo reflexo na redução de cirurgias mutiladoras (mastectomias), diminuição de sofrimento e melhor qualidade de vida da paciente após o câncer”, conclui.

O movimento #mamografiaapartirdos40 pretende mobilizar o maior número de mulheres possível. Para aderir à causa, basta que as pessoas publiquem em suas redes uma foto com a plaquinha aderindo ao movimento #mamografiaapartirdos40, compartilhando com os amigos e contribuindo com a disseminação da informação.