Segundo a hematologista Patrícia Fischer Cruz, a leucemia é uma doença maligna dos leucócitos ou glóbulos brancos, caracterizada pela proliferação anormal destas células na medula óssea. "Isso ocasiona produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais. Pode ocorrer infiltração leucêmica de vários tecidos do organismo, como fígado, baço, linfonodos, sistema nervoso central entre outros. As leucemias são agrupadas com base no tempo de evolução, sendo aguda ou crônica, e pelos tipos de leucócitos que proliferam, como linfoides ou mieloides”, explica.
Ela destaca que todas as pessoas devem estar atentas aos seguintes sintomas: fadiga, cansaço, palpitações, distúrbio da coagulação com sangramentos, febre associada à alteração do hemograma que evidencia anemia, plaquetopenia, neutropenia e presença de blastos circulantes, quando leucemia aguda. O paciente pode apresentar, também, gânglios linfáticos inchados, perda de peso, dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central, podem surgir dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.
A médica esclarece que o diagnóstico é confirmado com a coleta da medula óssea para estudo citomorfológico, imunofenotípico e citogenético. "O tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. É feito com a associação de medicamentos de poliquimioterapia em várias fases para obter a cura completa, isto é, quando os exames não evidenciam células leucêmicas. Em alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea. O tratamento dos pacientes inclui medidas terapêuticas para evitar as complicações secundárias ao uso de quimioterapia, infecções e sangramentos”, esclarece Patrícia Cruz.
Fonte: Oncoguia
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