“A prevalência da doença na região é altíssima, o mais comum nas mulheres é o de mama e útero e nos homens o de pulmão e próstata. Mas o que chama atenção na região é o câncer no esôfago, isso pode se explicar pelo acesso a bebidas alcoólicas e cigarro”, conta a oncologista Priscilla Bernardina Miranda.“Uma grande porcentagem dos casos podem ser prevenidos se diagnosticados com antecedência. Existem ações preventivas para os diversos tipos de câncer, como campanhas de combate ao tabagismo, álcool e melhoria da qualidade de vida”, diz a epidemiologista Catarina Velosos.
A cidade de Montes Claros é referência para toda a região do Norte de Minas no tratamento da doença. A médica explica que o município atende 96% dos casos de toda a região e que existem dois centros para tratamento na cidade, o hospital Dilson Godinho e a Santa Casa.
A médica alerta também sobre a importância da prevenção. “O diagnostico precoce é igual à cura. O câncer não é uma sentença de morte, para isso a pessoa precisa abandonar os vícios, ter uma boa alimentação e praticar atividades físicas”, diz.
Tratamento
Quanto aos tratamentos, a cidade conta com aparelhos de alta tecnologia, que auxiliam no tratamento para a eliminação do tumor.
Em uma clínica de radioterapia na cidade, o sistema informatizado possibilita a detecção do local exato do tumor, impedindo assim que a radiação não atinja outros órgãos.
“A tecnologia me permite pincelar o local exato onde está o tumor, ela é um grande auxílio no tratamento. Dessa forma não atinge outros órgão próximos, que podem ser afetados pela radiação e que podem gerar grandes consequências”, explica a radioterapeuta Lucianne Costa Lima.
Exemplo de força e luta na contra o câncer é o aposentado Marcos Rodrigues, de 60 anos. Ele conta quem em 2008 foi diagnosticado com um câncer de pele na região genital.
“Tudo começou a partir de uma verruga que nasceu no local. Como meus outros quatro irmãos morreram em decorrência do câncer, eu preocupei logo um médico, quando fui diagnosticado com o tumor”, conta.
Na época Marcos passou por 36 sessões de radioterapia e tomava morfina, fármaco utilizado para neutralizar a dor, de quatro em quatro horas. Ele afirma que procurar o médico precocemente foi o que salvou a sua vida.
“Descobrir precocemente foi de extrema importância, eu quase morri, mas hoje estou feliz da vida. Não tem porque ter a doença e ter medo de procurar um médico, não adianta querer se esconder”, diz o aposentado.
Fonte: G1
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