PREVENÇÃO E CUIDADOS - O assunto é mais grave do que se pensa. Segundo o site da Young Survival Coalition (principal organização mundial dedicada ao combate de câncer em mulheres jovens), mais de 250 mil mulheres diagnosticadas anualmente com câncer de mama nos Estados Unidos têm menos de 40 anos e cerca de 1200 nessa faixa etária morrem. Um dos motivos seria que não existem aparelhos adequados suficientes para identificar o tumor em mamas jovens e densas. Quando se rastreia, o câncer já está em estágio avançado e com risco mínimo de sobrevivência.
De acordo com a oncologista Carolina Rutkowski, da Oncomed de Belo Horizonte, a melhor forma de descobrir a doença com menos de 30 anos é a ultrassonografia. “As mulheres têm ouvido e visto muito sobre a ressonância magnética das mamas. Entretanto, este exame não é recomendado para triagem suplementar devido à densidade da mama, uma vez que tem uma alta taxa de falsos positivos, levando assim a muitas biópsias desnecessárias”, diz.
De acordo com a especialista, o exame tem indicações precisas e somente o médico mastologista pode indicá-lo. "É muito importante que todas as mulheres, busquem conhecer seu corpo e, caso identifiquem nódulos ou qualquer tipo de alteração em suas mamas, procurem imediatamente o médico especialista”, completa.
CASO ANGELINA - A médica explica que a mastectomia profilática, feita pela atriz Angelina Jolie, não é indicada para todas as mulheres. O procedimento consiste na retirada das duas mamas com o objetivo de prevenir uma futura ocorrência de malignidade em pacientes de alto risco (Marie Claire já falou antes sobre o assunto.
“Esse tipo de mastectomia não consegue produzir uma proteção de 100%, por mais radical que seja, porque pequenas quantidades de tecido mamário permanecem sob a pele”, diz a oncologista. Segundo a especialista, em 2006 saiu um parecer publicado pelo Instituto Nacional do Câncer posicionando-se contra esta conduta. "Eu, particularmente, acho que deve ser sempre uma escolha de cada um, considerando que cada mulher tem riscos, angústias e histórias diferentes. Defendo que, ao aplicar a melhor interpretação dos dados científicos disponíveis, caso a caso, seremos capazes de chegar à melhor conduta para cada paciente”.
OUTUBRO ROSA - O movimento foi criado nos anos 90 na Corrida pela Cura, em Nova York, e ganhou destaque em 1997, nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia. Desde então, várias cidades no mundo fazem campanhas todo mês de outubro para conscientização da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Famosas no mundo inteiro vestem a camisa da causa, como a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, a apresentadora Sabrina Sato e as tops Alessandra Ambrósio e Ana Claudia Michels. Marie Claire também apóia a campanha e, toda terça-feira, vai mostrar uma história de coragem de mulheres que se importam com a causa ou descobriram a doença jovens e lutaram contra ela.
Fonte: Marie Claire
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