quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Abelhas podem ser usadas para diagnosticar câncer

As abelhas têm o olfato 100 vezes mais poderoso que o nosso, o que significa que, mesmo a alguns quilômetros de distância, elas podem sentir o cheiro de uma flor - ou de sua Fanta Uva. Cientistas sabem que os bichinhos conseguem até identificar câncer através do seu cheiro. E a artista portuguesa Susana Soares criou um aparelho que pode facilitar o uso dessa habilidade das abelhas em exames.

De acordo com Soares, as abelhas podem ser treinadas facilmente para reagir a um cheiro, através de um sistema de recompensa. Ao associar um certo aroma com um doce, por exemplo, elas voam em direção ao cheiro. Ao serem treinadas para identificar sinalizadores do câncer no hálito de pacientes, elas iriam de encontro à fonte do cheiro. Mas nem todo mundo se sente confortável com abelhas voando em direção a sua boca. Por isso, a artista criou uma série de recipientes de vidro especiais. O paciente sopra para dentro deles, através de um bocal, e, se as abelhas em seu interior forem em direção a ponta do tubo, significa que elas reconheceram o cheiro. Uma série de recipientes de diferentes formatos ajudariam a elminar o fator 'coincidência' do exame.

Segundo a artista, que baseou o trabalho em pesquisas científicas, as abelhas poderiam diagnosticar tuberculose, câncer de pulmão, de pâncreas e também diabetes. Por enquanto o aparelho está em fase experimental e mais testes são necessários antes que o invento seja usado em hospitais. Mas é uma alternativa de baixo custo e baixa manutenção, que pode colaborar com o diagnóstico de câncer em estágios iniciais, principalmente em regiões que não têm acesso aos mais modernos aparelhos médicos.

Editora Globo

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Câncer ainda mata mais de meio milhão de brasileiros

Com o objetivo de conscientizar, prevenir a população contra o câncer e diminuir as atuais estatísticas da doença, foi criado pelo Ministério da Saúde (MS) o Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado em 27 de novembro. Provocador de cerca de oito milhões de mortes no mundo e com estimativa de crescimento, o câncer ainda é uma doença pouco conhecida pelas pessoas.

No ano passado, no Brasil, uma média de 519 mil pessoas morreram em virtude da doença e, até o fim deste ano, 500 mil novos casos de câncer serão descobertos no país segundo dados do MS.

E esses números poderiam ser bem menores. De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), um terço dessas mortes no mundo poderia ter sido evitada com mais prevenção, detecção precoce e acesso aos tratamentos existentes.

Os métodos mais usados no Brasil são as cirurgias, quimioterapias e radioterapias, que nem sempre resolvem o problema e causam muitos efeitos colaterais, acompanhados da baixa da qualidade de vida na maioria dos pacientes.

De acordo com o geriatra e nutrólogo Francisco Humberto de Freitas Azevedo, do Instituto de Medicina Biológica, em Brasília, para combater o câncer, além das três práticas oficiais, existem recursos da medicina complementar, ainda pouco conhecidos no Brasil. Existem vários artigos publicados em universidades nos Estados Unidos e na Europa que defendem as práticas complementares no combate ao câncer e ressaltam a sua eficácia.

Esta abordagem complementar abre mais possibilidades aos que já não podem, ou não querem continuar a quimioterapia ou a radioterapia. O médico Francisco Humberto, que tem se dedicado a estes estudos, usa protocolos baseados na eletromedicina para melhorar a imunidade do paciente, visando aumentar o tempo e a qualidade de vida.

Para o alcance desses objetivos, o especialista sugere logo no inicio do tratamento uma dieta rica em alimentos alcalinos como frutas, verduras, legumes e grãos, que possuem muitas vitaminas, fibras e minerais. Ele ressalta que a baixa ingestão de açúcares e carnes também são aliados no combate à doença.

Para Francisco, o corpo com PH ácido (abaixo de 7,4) é uma porta aberta para a instalação de vírus e bactérias, o que aumenta as chances de desenvolver várias doenças, inclusive o câncer. "A alimentação alcalina aumenta o PH do corpo, consequentemente melhora o metabolismo, aumenta a eliminação de toxinas e diminui a retenção de líquidos. Isto acontecendo, já terá melhorado a condição geral de saúde do paciente, e tudo fica mais fácil, até mesmo o enfrentamento do câncer ou de outras doenças cronicas.

A linha da medicina biológica e complementar também se baseia na homeopatia. Os medicamentos homeopáticos agem diretamente na raiz do problema, evitando os efeitos colaterais, comuns na medicação alopática.

Outra técnica que também auxilia não só no tratamento contra o câncer, mas na prevenção de doenças crônicas é a reposição dos minerais. A ausência de minerais no organismo cria uma pré-disposição a diversas doenças, principalmente depois dos 40 anos de idade. Portanto, todos devem fazer a reposicao dos minerais imporantes no funcionamento do corpo. A prevenção é muito importante para manter a saúde à medida que a idade avança.

"Os minerais e aminoácidos regulam e permitem as trocas metabólicas dentro e fora das células, mantendo o equilíbrio bioquímico do corpo. Quando o corpo está carente de um desses elementos, todo o funcionamento metabólico fica comprometido, dando início às doenças funcionais. A carência vai se acentuando e pode levar a estados patológicos graves", explica o especialista.

O médico alerta ainda que as carências de minerais podem gerar cansaço físico, ansiedade, irritabilidade, nervosismo, estresse, estafa mental, depressão, problemas digestivos, circulatórios, reumatológicos, hormonais, envelhecimento precoce, além de unhas fracas e queda de cabelo.

A Estimulação Magnética (EM) também é outra opção indicada pelo médico. A técnica tem uma aplicação ampla na restauração da saúde e trata várias disfunções. A EM consiste na emissão de campos magnéticos, direcionados para o corpo do paciente na área que necessita de regeneração.

A energia magnética trabalha na repolarizacão da membrana celular da área afetada, o que proporciona equilíbrio do corpo, bem estar e regeneração dos tecidos afetados.

Francisco lembra ainda que para manter a saúde é bom evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o tabagismo, a vida sedentária e a obesidade. "O câncer não se deve somente aos fatores hereditários, pois os hábitos nocivos aumentam as possibilidades de incidência da doença. Portanto, a mudança de hábitos é grande aliada no combate desse mal que assola milhares de pessoas em todo o mundo", finaliza o médico.


Fonte: Primeira Edição

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Câncer de pele pode ser tratado sem deixar sequelas no paciente

Neste Dia Nacional do Combate ao Câncer de Pele (24/11) o Instituto Protetores da Pele (IPP) alerta: identificar o problema precocemente aumenta a possibilidade de cura sem deixar sequelas físicas, como cicatrizes deformantes, nem psíquicas. A organização tem o objetivo de conscientizar as pessoas quanto aos cuidados com a pele por meio de ações e iniciativas que contam com o engajamento da população.

O câncer de pele é o tumor mais frequente nos brasileiros adultos. Um dos principais motivos da incidência desta doença é a exposição aos raios ultravioleta sem uma proteção solar, além do contato com substâncias químicas tóxicas (como o arsênico) e predisposição genética.

Segundo a Dra. Érica Monteiro, médica do IPP, as pessoas ainda não entendem todos os danos causados pelos raios UV. "A radiação emitida pelo sol é composta por uma série de outras radiações, sendo que quase todas podem atuar de forma benéfica. Porém, quando a quantidade de energia absorvida é superior à dose tolerável para o organismo, os riscos são inevitáveis. Isto acontece quando a pessoa não se protege adequadamente da radiação solar”.

O câncer de pele pode se manifestar de várias maneiras no paciente, no entanto os tipos mais comuns são os carcinomas (basocelular e espinocelular) que são mais brandos e o melanoma que, além de mais grave, possui risco de metástase.

O carcinoma basocelular é, geralmente, uma lesão rosada e brilhante que pode se tornar uma ferida que não cicatriza. Já o carcinoma espinocelular é mais difícil de diagnosticar uma vez que caracteriza-se por um machucado avermelhado que se manifesta no lábio e na parte interna da boca. Por sua vez, o melanoma pode ser uma mancha escura ou um nódulo proveniente de pintas já existentes na pele.

O tratamento do câncer de pele pode ser feito, inicialmente, por meio de uma cirurgia que remove a lesão e o tecido ao redor, além da utilização de medicamentos tópicos.

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Fonte: Floripa News

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Predisposição genética tem influência no tipo de câncer de pele

O maior fator de risco para o câncer de pele é a exposição aos raios solares. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), pelo menos 25% dos casos de tumores registrados no país são de pele e o tipo mais mais comum entre os brasileiros — o não melanoma — também é o com maiores índices de cura. E a condição genética também está no foco deste alerta.

De acordo com a dermatologista Thaís Grazziotin, as pessoas com maior risco do tipo não melanoma, forma mais predominante e menos agressiva do câncer de pele, geralmente são as que apresentam também mais chances de desenvolver o tipo mais grave da doença, o melanoma cutâneo. O que explicaria essa relação é a semelhança entre os fatores de risco.

— Quem tem pele branca e sensível é mais suscetível à ação mutagênica pela radiação ultravioleta porque possui menor proteção da melanina — explica a especialista.

Para Thaís, indivíduos com essa característica física são as maiores vítimas do câncer do tipo não melanoma, que atinge a camada mais superficial da pele e se manifesta em sua maioria, através de feridas que não cicatrizam, manchas avermelhadas ou feridas que "escamam" ou sangram.

No entanto, o maior perigo está no melanoma. Oriundo do excesso de exposição ao sol, esse tipo surge nas células produtoras de pigmento da pele, os melanócitos, causando um crescimento anormal das mesmas. Isso acontece por causa das mutações induzidas do DNA das células, quando em contato com a radiação ultravioleta do sol.

— O câncer é parecido com sinais de pele, apresentando modificações ao longo do tempo. A maioria apresenta cor escura, marrom ou preta, mas pode ser também cor-da-pele, vermelho, azul ou branco — detalha a dermatologista.

O diagnóstico tardio aumenta os riscos da doença, pois o tumor tem alto potencial para metástases, quando as células tumorais se espalham por outros órgãos.

Algumas descendências requerem mais atenção

Os afrodescentes precisam estar atentos à exposição solar também, apesar de serem mais favorecidos pelos efeitos protetores da pele escura, que filtra duas vezes mais a radiação ultravioleta B. Uma das variações da doença, o câncer de pele epidermóide, por exemplo, pode ter origem em áreas de inflamação e queimadura prévia.

— Ele poder surgir em localizações atípicas, menos expostas ao sol e com menos pigmento, como mãos, pés, unhas e mucosas. Além disso, são diagnosticados geralmente em estágios mais tardios e avançados, por atraso na suspeita da doença — ressalta.

A mesma atenção vale para pardos e filhos de outras descendências. Segundo Thaís, é possível que a cor de pele traga de herança, características genéticas e ambientais da pele clara e escura e possa apresentar tumores com características encontradas nos dois grupos.

Conheça os tipos de câncer de pele

— Não melanoma
São 134.170 casos até 2013, 62.680 homens e 71.490 mulheres*

> O carcinoma basocelular surge com o crescimento descontrolado das células basais da epiderme, a camada mais superficial da pele. É o tipo mais comum de câncer de pele e está associado à exposição solar cumulativa e também intermitente e intensa. Ocorre frequentemente em áreas foto-expostas de indivíduos com cabelo e olhos claros, e se manifestam como feridas que não cicatrizam, lesões avermelhadas brilhantes ou ulceradas, ou mesmo de aspecto cicatricial. Responsável por 70% dos diagnósticos, é o menos agressivo.

> O carcinoma epidermóide é o segundo tipo mais comum de câncer de pele e surge a partir de um crescimento anormal das células escamosas, presentes em praticamente toda extensão da epiderme. É causado principalmente por exposição cumulativa ao sol ao longo da vida. Apresenta-se como placas descamativas, crostosas, sangrantes, elevadas ou ulceradas, mais comumente em áreas foto-expostas.

— Melanoma

São 6.230 casos até 2013, 3.170 homens e 3.060 mulheres*

> O melanoma é a forma mais agressiva de câncer de pele e surge nas células produtoras de pigmento, os melanócitos, localizados na camada basal da epiderme. O crescimento anormal das células ocorre a partir de mutações no DNA dos melanócitos causadas pela radiação ultravioleta do sol, levando as células a se multiplicar rapidamente e formar tumores malignos. Os sinais de alerta são lesões com critérios do ABCDE (assimetria, bordos irregulares, múltiplas cores, diâmetro maior de 6mm e elevação ou crescimento) e sintomas como sangramento ou coceira. Representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.

* Dados do Inca (estimativa 2012/2013)

Predisposição genética tem influência no tipo de câncer de pele Genaro Joner/Divulgação


Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Lei obriga planos a cobrir medicação contra câncer

Foi sancionada sem vetos, nesta quarta-feira (13), a Lei 12.880/2013, que inclui na cobertura obrigatória dos planos de saúde o tratamento contra o câncer com medicamentos de uso oral, para pacientes tratados em casa. De autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), a iniciativa prevê ainda a cobertura de procedimentos radioterápicos e de hemoterapia, desde que estejam relacionados à continuidade da assistência prestada na internação hospitalar.

Conforme a parlamentar gaúcha, cerca de 40% dos tratamentos oncológicos empregam medicamentos de uso domiciliar e, em 15 anos, 80% dos casos serão tratados em casa. Até agora, no entanto, os planos de saúde só eram obrigados a arcar com os custos em ambulatório. A iniciativa surgiu a partir de audiência pública realizada em 2011 na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, por sugestão do Instituto Oncoguia, presidido pela médica Luciana Holtz.

— Esse é o projeto mais importante de meu mandato até agora. Está sendo concluído um processo que diz respeito a 1,1 milhão pacientes portadores de câncer em todo o país — enfatizou a senadora.

Ana Amélia destacou que a o câncer é um problema gravíssimo no país. De acordo com a parlamentar, a presidente Dilma Rousseff demonstrou sensibilidade ao não opor vetos ao projeto (PLS 352/2011).

Outubro Rosa

O projeto foi aprovado no dia 22 de outubro, durante a agenda prioritária instituída nas atividades do movimento Outubro Rosa, na luta contra o câncer de mama. A matéria foi relatada no Senado pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS) e contou com apoio integral de todos os parlamentares.

A partir da iniciativa da senadora, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou resolução incluindo 37 medicamentos contra o câncer na cobertura dos planos de saúde. A lei agora sancionada dá segurança à medida, que não pode ser alterada apenas por decisão da ANS.

Agilidade no tratamento do câncer

Além dessa iniciativa, Ana Amélia também foi relatora no Senado de outras duas importantes leis que beneficiam os pacientes com câncer. Uma delas é a Lei 12.732/2012, que estabelece o prazo de 60 dias para que o SUS garanta o início do tratamento de pacientes diagnosticados com câncer, de autoria do ex-senador Osmar Dias (PMDB-PR). A lei foi sancionada em novembro do ano passado e passou a vigorar em maio.

A outra iniciativa, voltada às mulheres, obriga o SUS a realizar na mesma cirurgia da retirada da mama nos casos de câncer, a operação plástica para reconstruir o órgão, se as condições técnicas forem favoráveis. A lei que surgiu por iniciativa da deputada licenciada Rebecca Garcia (PP-AM) foi sancionada em abril deste ano, sem vetos.


Fonte: Oncoguia

terça-feira, 12 de novembro de 2013

80% dos casos de câncer de mama estão relacionados ao ambiente

Uma década dedicada às pesquisas para descobrir os efeitos do meio ambiente que afetam o desenvolvimento do câncer de mama, tanto em cobaias de laboratório quanto em um grupo de jovens saudáveis, apresentou várias surpresas.

No centro da pesquisa estão 1.200 jovens americanas em idade escolar que, embora sejam saudáveis, ofereceram uma pista importante sobre as origens da doença.

Alguns fatores de risco já eram bem compreendidos, como puberdade precoce, idade de gravidez ou de menopausa tardia, terapia de reposição hormonal, ingestão de álcool ou exposição à radiação.

Também foram feitos avanços em identificar as mutações vinculadas à doença, mas estes casos constituem uma minoria.

"A maioria dos cânceres de mama, particularmente em mulheres jovens, não têm origem familiar", disse Leslie Reinlib, diretora de programas dos Institutos Nacionais de Ciências da Saúde Ambiental.

"Temos 80% que estão relacionados com o meio ambiente", afirmou Reinlib, participante do programa de pesquisas sobre câncer de mama e meio ambiente (BCERP, na sigla em inglês), que recebeu 70 milhões de dólares de financiamento do governo americano desde 2003.

Alguns de seus pesquisadores estudam o que está acontecendo na população humana, enquanto outros examinam como elementos cancerígenos, contaminantes e alimentares afetam o desenvolvimento da glândula mamária e os tumores mamários em ratos de laboratório.

Puberdade precoce

O principal foco do programa se concentra na puberdade, já que sua ocorrência precoce "é provavelmente um dos melhores elementos de previsão de câncer de mama em mulheres", disse Reinlib.

A puberdade é um momento de grande desenvolvimento do tecido mamário. As pesquisas feitas em sobreviventes da bomba atômica em Hiroshima, no Japão, demonstrou que aqueles que estiveram expostos na puberdade tinham maiores chances de desenvolver câncer quando adultos.

As 1.200 jovens que participaram do estudo em cidades como Nova York, o nordeste do estado da Califórnia, Cincinnati e Ohio começaram a ser acompanhadas em 2004, quando tinham entre seis e oito anos de idade.

O objetivo era medir a exposição das jovens a substâncias químicas através de exames de sangue e urina e aprender como a exposição ao ambiente afeta a ocorrência da puberdade e o risco de câncer mais tarde na vida.

Os cientistas perceberam muito rapidamente que seu esforço em estudar as meninas antes de iniciada a puberdade não foram completamente bem sucedidos.

"À idade de oito anos, 40% já estavam na puberdade", disse Reinlib. "Esta foi uma informação surpreendente", continuou.

Outras pesquisas confirmaram que as meninas pareciam estar entrando na puberdade entre seis e oito meses antes que as jovens dos anos 1990.

Os resultados iniciais mostraram "pela primeira vez que ftalatos, bisfenol (BPA) e pesticidas foram encontrados em todas as meninas examinadas", disse Reinlib.

Os pesquisadores ficaram realmente surpresos com a persistência da exposição, mas também com dados que pareciam demonstrar que alguns plásticos químicos podem não ser tão determinantes no desenvolvimento do câncer como se temia.

"Não encontramos uma associação entre puberdade e ftalatos, que são as substâncias químicas que se desprendem de garrafas de plástico e (embalagens como o) Tupperware", afirmou Reinlib.

Outra grande descoberta foi feita ao examinar as substâncias químicas no sangue de dois grupos próximos em Ohio e Kentucky, que tinham consumido água aparentemente contaminada com resíduos industriais.

As meninas no norte do Kentucky tinham níveis de substâncias químicas no sangue - ácido perfluorooctanoico (PFOA ou C-8), encontrado na cobertura de teflon em panelas antiaderentes - três vezes superiores àquelas que consumiam água do rio Ohio, perto de Cincinnati, filtrada utilizando-se tecnologia de ponta.

"Em 2012, implantaram (a tecnologia) após conhecer nossos resultados preliminares", afirmou a pesquisadora Susan Pinney, professora da escola de Medicina da Universidade de Cincinnati. As famílias também foram notificadas pela presença destas substâncias no sangue de suas filhas.

Alimentação e câncer

As substâncias químicas podem permanecer no corpo durante anos. Os cientistas ficaram desanimados ao comprovar que quanto mais tempo as jovens amamentaram seus bebês - algo que é incentivado, devido aos benefícios para a saúde das crianças -, maiores eram os níveis de PFOA encontrados em comparação com aquelas jovens que deram a mamadeira a seus filhos.

O que não foi possível estudar nas meninas foi testado em ratos de laboratório, que em um experimento foram alimentados com dietas ricas em gordura e expostos a substâncias cancerígenas para ver como os dois fatores interagiam.

Os tumores de mama se desenvolveram muito mais rápido nas cobaias que seguiram uma dieta rica em gordura, disse o cientista Richard Schwartz, do departamento de microbiologia e genética molecular da universidade estadual de Michigan.

Os ratos gordos tinham mais sangue nas glândulas mamárias, um nível de inflamação maior e apresentavam mudanças no sistema imunológico.

Os estudos de acompanhamento mostraram que o risco de desenvolver câncer se manteve elevado mesmo quando os ratos foram submetidos a uma dieta rica em gordura na puberdade, que em seguida foi substituída por uma dieta magra na idade adulta, disse o cientista à AFP.

"O dano já está feito", afirmou. "Isto significa que os humanos todos corremos riscos da mesma forma? Não sabemos ainda com certeza", prosseguiu.

Mas os resultados reforçam o conselho que se dá às pessoas de como manter uma boa saúde: evitar comida gordurosa, manter um peso normal e reduzir a exposição a substâncias químicas quando possível, afirmaram os cientistas.

O câncer de mama é o mais comum em mulheres em todo o mundo e em 2011 matou 508.000 pessoas, segundo números da Organização Mundial da Saúde.

Fonte: Diário de Pernambuco

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cresce diagnóstico de câncer com novo modelo de assistência

Um novo modelo de assistência implantado este ano pela Secretaria Estadual da Saúde agilizou o diagnóstico de câncer no Hospital Estadual Pérola Byington e tem acelerado o tratamento das mulheres vítimas da doença.

Em seis meses, o número de atendimentos a casos suspeitos da doença cresceu 30%. Antes disso, somente 10% das mulheres encaminhadas pelo município ao hospital estadual tinham confirmação para câncer maligno. Atualmente esse índice subiu para 50%. Cerca de cem mulheres com suspeita de câncer são atendidas na unidade.

Pelo novo fluxo, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da Prefeitura fazem a triagem e encaminham para o Pérola Byington apenas os casos em que há suspeita de tumor maligno. As pacientes passam por biópsia e, em caso de confirmação da doença, dão início imediato ao tratamento.

Para isso os médicos do Pérola Byington treinaram 300 profissionais de UBSs para que eles pudessem triar melhor as pacientes, identificando o que era suspeita de tumor benigno e maligno, e encaminhando para o hospital apenas as pacientes que pudessem ter, de fato, câncer.

“Diminuímos o número de pacientes que ficavam ansiosas e apreensivas por um diagnóstico maligno. A fila pelo atendimento também foi reduzida, já que as pacientes com tumores benignos ficam na rede municipal ou são encaminhadas a outros serviços”, diz Luiz Henrique Gebrim, diretor médico do hospital.

O Hospital Estadual Pérola Byington, referência em saúde da mulher pelo SUS (Sistema Único de Saúde), realiza anualmente 7 mil cirurgias de alta complexidade, provenientes de tumores malignos de mama, útero e ovário.


Fonte: Diário de São Paulo

terça-feira, 5 de novembro de 2013

De Peito Aberto no CEU de Campo Limpo

Temos boas novas! 

A Exposição DE PEITO ABERTO irá abrir no dia 07/11 no I Sarau da Saúde do Jardim Macedônia, que vai acontecer no CEU Cantos do Amanhecer, no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo.
A Palestra De Peito Aberto vai acontecer lá mesmo no CEU Cantos do Amanhecer, no sábado, dia 09/11, às 15h00.
Ficaremos muito felizes se você puder estar conosco e nos ajudar a divulgar, que tal?! Confira abaixo um release sobre a ação e o Mapa para te ajudar a chegar lá sem problemas!

E mais: Após a Palestra DE PEITO ABERTO tem mais uma boa surpresa... Agora o Projeto DE PEITO ABERTO tem uma parceria com o Projeto "De Bem com Você",  que atende mulheres, pacientes em tratamento de câncer, ensinando dicas de maquiagem e oferecendo gratuitamente um lindo kit (uma maravilhosa e enorme necessaire, repleta com os mais vários itens) de beleza e higiene. A ação, que vai privilegiar a população local e focada nas pacientes atendidas pelo SUS, é oferecida pelo Sindicato das Indústrias de Cosméticos ABHIPEC, que é quem está à frente do Projeto "De Bem com Você". É totalmente gratuita e ajuda a melhorar ainda mais a autoestima das mulheres que estão passando por um momento tão difícil.





Esperamos vocês lá! ;)