terça-feira, 31 de março de 2015

Aspirina pode reduzir o risco de morte pelo câncer de próstata de alto risco

Em recente análise de um grande banco de dados de uma clínica, o uso da aspirina foi associado à queda de 57% dos casos de morte pelo câncer de próstata entre os homens diagnosticados com esse tipo de câncer não metastático. No entanto, a informação sobre essa associação ainda é limitada.

A análise incluiu homens diagnosticados com câncer de próstata não metastático entre a inscrição no Cancer Prevention Study - II Nutrition Cohort em 1992 ou 1993 e junho de 2009. O uso de aspirina foi relatado no início do estudo, em 1997, e depois a cada dois anos.

Durante o acompanhamento ao longo de 2010, houve 441 mortes por câncer de próstata entre 8.427 casos desse tipo de câncer com a informação do uso de aspirina ao rastreio e 301 mortes entre 7.118 casos de câncer de próstata com a informação do uso de aspirina pós-diagnóstico.

"Como o uso de aspirina foi benéfico nos pacientes com tumores de alto risco, os quais também estão associados a fatores de risco cardiovasculares, há a possibilidade de haver interação entre a prevenção de doenças relacionadas ao coração e à próstata", explica o urologista do Instituto do Câncer de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês, Daher Chade.

Em comparação com a não utilização de aspirina, nem o rastreio nem o uso diário de aspirina pós-diagnóstico foram estatisticamente significantes se associados ao câncer de próstata não metastático.

Em relação ao rastreio, a taxa de risco multivariada ajustada foi de 0,92, sendo que o uso pós-diagnóstico foi de 0,98. No entanto, entre os homens diagnosticados com câncer de alto risco, o uso diário pós-diagnóstico de aspirina foi associado com menor câncer de próstata não metastático, sendo que a taxa de risco multivariada ajustada foi de 0,60, não havendo diferença clara por dose (baixa dose, geralmente 81 mg por dia, a taxa foi de 0,50 e com dose mais elevada, a taxa foi de 0,73).

O estudo randomizado de aspirina entre os homens diagnosticados com câncer de próstata não metastático foi recentemente financiado. Publicado pelo Journal Of Clinical Oncology, os resultados sugerem que quaisquer outros ensaios clínicos que abordem essa questão devem priorizar os homens que se inscrevem com cânceres de alto risco e que não precisem utilizar doses elevadas de aspirina.

Fonte: Time Comunicação

terça-feira, 24 de março de 2015

Arlete Salles apoia campanha Para Todas as Marias por tratamentos contra o câncer de mama avançado

Atriz adere à iniciativa idealizada pela a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)

A atriz Arlete Salles, que enfrentou recentemente o tratamento de câncer de mama, resolveu se engajar publicamente no combate à doença. Com uma participação especial, Arlete aderiu à campanha “Para Todas as Marias - Direitos Iguais no Tratamento do Câncer de Mama”, que visa garantir o direito igualitário aos tratamentos para o câncer de mama avançado no Brasil, tipo de câncer mais incidente entre mulheres na atualidade, depois do câncer de pele não melanoma.

Em depoimento exclusivo publicado na página oficial da campanha (www.paratodasasmarias.com.br), a atriz declara, sobre as dificuldades encaradas pelas pacientes, que “além de enfrentar o problema, a mulher tem que lutar por tratamento igualitário, justo no momento mais crítico da doença, quando ela está mais fragilizada do que nunca”.  O site da campanha traz uma petição pública online (http://goo.gl/ZgFydB), que hoje já tem mais de 5 mil assinaturas, na qual a FEMAMA convoca o público a se envolver com o tema. Outra plataforma digital, o Facebook (www.facebook.com/paratodasasmarias) conta com 40 mil curtidores.

Cenário do câncer de mama avançado no Brasil

O câncer de mama ainda é um grave problema de saúde pública. Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), cerca de metade das usuárias do SUS diagnosticadas no país, em 2010, apresentava a doença em estágio avançado. A cura depende da agilidade do diagnóstico e do tratamento. No caso de metástase, quando o quadro já está mais avançado, as chances são menores e o índice de óbitos chega aos 90%. O tratamento para câncer metastático tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover o controle de sintomas por toda a vida da paciente.

Medicamentos modernos permitem prolongar o tempo de vida sem progressão da doença e oferecem menos efeitos adversos, postergando a necessidade de quimioterapia e, dessa forma, possibilitando uma vida com mais qualidade para mulheres que enfrentam a doença neste estágio. Estes medicamentos, no entanto, apesar de inclusos na cobertura dos planos de saúde, não estão disponíveis na rede pública para mulheres com câncer de mama metastático. Há mais de uma década nenhum novo tratamento é oferecido na rede pública para essas pacientes.

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), somente em 2015, o Brasil deve registrar 57 mil novos casos de câncer de mama.

 Fonte: Tino Comunicação

terça-feira, 17 de março de 2015

Clínicas médicas móveis são alternativas para aumentar o número de exames de mamografias no Brasil

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), apenas 25% das mulheres com mais de 50 anos fazem exames de mamografia. Nesse cenário de alerta, em que o País contabiliza quase 60 mil novos casos de câncer de mama a cada ano, a Truckvan, empresa especializada em soluções sobre rodas, desenvolveu unidades móveis de Saúde da Mulher para iniciativas privada e governamental com o objetivo de aumentar o número de mamografias nessa faixa etária e conscientizar a população sobre a rotina de prevenção à doença.

“As carretas funcionam como clínicas médicas móveis e levam informação e atendimento para comunidades que não têm acesso a médicos e hospitais, evitando o deslocamento e o gasto no orçamento das famílias”, destaca Alcides Braga, sócio-diretor da Truckvan.

Cada unidade móvel possui equipe especializada composta por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem e é preparada para realizar 50 mamografias, 50 ultrassonografias e 50 coletas de exames preventivos de câncer de colo do útero por dia, garantindo agilidade na realização e entrega do resultado do exame para detectar a doença, podendo aumentar em 90% as chances de cura da paciente.

Desde 2012, 22 unidades itinerantes da Truckvan realizaram mais de 350 mil exames de mamografias no Distrito Federal (DF), Minas Gerais (MG), Tocantins (TO) e nas cidades de Manaus (AM) e Maceió (AL).

Números:
No Distrito Federal, quatro ’Carretas da Mulher’ já realizaram, desde março de 2012, 80.274 mamografias.

Em Minas Gerais, 10 unidades móveis entregues para o Programa Estadual do Controle do Câncer, da Secretaria de Estado de Saúde, já realizaram, desde outubro de 2012, 196.553 exames de mamografias.

Na cidade de Manaus (AM), a Secretaria Municipal de Saúde conta com quatro unidades móveis de Saúde da Mulher. Segundo o gerente do Programa Saúde Manaus Itinerante, William Terra, as carretas já realizaram, no período de 2012 a 2014, 43.029 exames de mamografias.

Em Tocantins, três carretas do programa Saúde Cidadã, Saúde da Mulher, do governo do estado, chegaram à marca de 32.686 exames de mamografias no período de maio de 2013 a novembro de 2014.

Já em Maceió, uma Carreta da Mulher foi entregue para a Secretaria Municipal de Saúde em janeiro de 2014 e realizou 3.720 exames de mamografias.

Fonte: RS Press

terça-feira, 10 de março de 2015

Câncer de mama: risco de mulheres negras é maior antes dos 40 anos

Entre 5% e 10% dos casos de câncer de mama deve-se ao fator hereditariedade. São genes anormais que passam de mãe para filha, sendo formados por DNA (ácido desoxirribonucleico) – material que contém instruções para a síntese de proteínas e sua replicação. As proteínas, por sua vez, controlam a estrutura e o funcionamento de todas as células que formam o corpo humano.  Sendo assim, qualquer anormalidade no DNA leva a um crescimento desordenado das células. Estudo publicado no jornal Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention revela uma mutação genética que acomete famílias afrodescendentes. Especificamente, mulheres negras têm mais chances de serem diagnosticadas com câncer de mama do que mulheres brancas antes dos 40 anos.

Cientistas supõem haver mais genes anormais associados ao câncer de mama do que os conhecidos BRCA1 e BRCA2. Esses genes são considerados supressores de tumor. Em células normais, contribuem para a estabilidade do material genético. Quando sofrem mutações, aumentam os riscos de a paciente desenvolver câncer de mama e de ovário. Através de um exame de sangue periférico (comum) e do preenchimento de um questionário para testes genéticos, a paciente saberá se carrega ou não uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2.

No estudo Jewels in Our Genes, pesquisadores investigaram o DNA de mais de cem famílias afrodescendentes que desconheciam qualquer anormalidade nos genes BRCA1 e BRCA2. Entre as participantes havia 179 mulheres que tinham sido diagnosticadas com câncer de mama e 76 de suas irmãs, que nunca tinham sido diagnosticadas. Os pesquisadores encontraram três regiões anormais do DNA. De acordo com Heather Ochs-Balcom, coordenadora do estudo na Universidade de Buffalo (Estados Unidos), a descoberta dessas regiões levanta a possibilidade de haver genes de câncer de mama ainda não descobertos e que estão relacionados à raça. Como as pessoas não podem mudar a genética, mulheres negras devem estar mais atentas à prevenção do câncer de mama, que inclui – além dos exames preventivos – manter um peso saudável, se exercitar regularmente, limitar o consumo de álcool, evitar gordura trans, alimentos processados, muito sal e açúcar na dieta, e não fumar.

PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL

De acordo com a American Cancer Society, cerca de 80% das alterações submetidas à biópsia por agulha (mamotomia) são consideradas benignas.  Na opinião da doutora Vivian Schivartche, especialista em diagnósticos de câncer de mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, o rastreamento mamográfico deve começar aos 40 anos. Entretanto, é importante estar sempre alerta porque há mulheres que notam o aparecimento de um nódulo no seio antes disso.

“Hoje em dia, as pacientes contam com recursos diagnósticos de ponta. A tomossíntese, ou mamografia tomográfica, proporciona aumento de sensibilidade (maior detecção de câncer) e especificidade (menos falso-positivos e imagens que simulam tumores, mas são apenas tecido normal superposto). Como esse exame permite distinguir entre as imagens verdadeiramente suspeitas e aquelas provocadas apenas por superposição de estruturas normais, uma importante vantagem é a redução do número de biópsias. Esse dado é bastante relevante, haja vista que mais e mais pacientes têm sido poupadas de procedimentos complexos que acabam gerando estresse e desgaste emocional”, diz a médica.

De acordo com a especialista, além de aumentar a detecção do câncer da mama, a tomossíntese possibilita a detecção de tumores menores, fato que tem implicação direta tanto na sobrevida quanto na qualidade de vida das pacientes. “Tumores menores permitem a realização de cirurgias menos mutilantes e a um custo consideravelmente mais baixo de tratamento. Tudo isso tem impacto na qualidade de vida da paciente e deve ser priorizado sempre que possível. Com esse exame, há melhor definição das bordas das lesões, proporcionando melhor caracterização de seu aspecto benigno ou maligno. Também é possível obter melhor detecção de lesões sutis e saber exatamente onde, na mama, a lesão está.”

Fontes: Dra. Vivian Schivartche, médica radiologista, pioneira na introdução da Tomossíntese na América Latina, que se deu no Centro de Diagnósticos Brasil (CDB Premium) em 2010. www.cdb.com.br
Press Página

terça-feira, 3 de março de 2015

CHEGA AO BRASIL O PRIMEIRO EQUIPAMENTO DE RADIOTERAPIA INTRAOPERATÓRIA

Aparelho proporciona resultado clínico equivalente à radioterapia convencional, porém oferece tratamento para o câncer de mama e outras regiões em uma única sessão

O INTRABEAM® chega ao Brasil para revolucionar o tratamento no combate ao câncer de mama e de outros tipos da doença, como coluna, pele e abdômen. A grande novidade é que diferentemente do procedimento convencional de seis semanas, a radioterapia intraoperatória é feita logo após a remoção do tumor, ainda durante a cirurgia. O procedimento é realizado em uma única sessão por meio de um acelerador linear miniaturizado com um feixe de fótons de baixa energia, e tem duração média de 20 a 30 minutos.

Durante o procedimento, o cirurgião posiciona um aplicador esférico no leito cirúrgico, assegurando uma posição exata do aplicador ao tecido-alvo. Dessa maneira, garante a eficácia do tratamento, onde estudos comprovam que é nessa região em que há mais chances de recorrência do tumor.
O Dr. Ézio Novais, médico responsável pelo  serviço de mastologia do Hospital São Rafael, em Salvador – onde o primeiro aparelho foi instalado pela multinacional ZEISS, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia – explica mais detalhadamente o processo. “Durante o procedimento, a posição do tumor é calculada e, assim, ele é removido. Feito isso, o INTRABEAM® é colocado na cavidade para o tratamento. Em seguida, o aplicador é removido e a incisão fechada”.

O INTRABEAM® é destinado a pacientes em estágio inicial da doença. Hoje, a radioterapia intraoperatória ajuda a evitar exposição desnecessária à radiação e limita o tratamento à porção da mama onde o tumor primário estava localizado. No caso de outros tipos de câncer, o equipamento disponibiliza outros tipos de aplicadores.

Vale ressaltar que o sistema INTRABEAM® usa raios-x de baixa energia e por ser feito no mesmo local da cirurgia, pode gerar menores danos ao tecido saudável, eliminar ou reduzir os possíveis efeitos colaterais associados ao método convencional como vermelhidão, sensibilidade ou alteração na cor da pele, fadiga, fibrose do tecido da mama ou atraso na cicatrização de feridas; melhorar o resultado estético e ainda permitir a substituição do tempo da radioterapia usual ajudando as pacientes a voltarem à rotina com mais rapidez. Esse método de aplicação localizada de radiação é chamado de Irradiação Parcial Acelerada da Mama (APBI).

O INTRABEAM® é uma oportunidade de tratamento radioterápico eficiente e no momento da cirurgia, sem grandes alterações no processo cirúrgico tradicional, diminuindo o tempo de tratamento radioterápico das mulheres e ainda contribuindo para o atendimento dos pacientes que aguardam nas listas de espera para tratamento. É sabido, que o número de equipamentos de radioterapia convencional, não é suficiente para atender todos os casos de câncer detectados em nosso país, criando longas filas de espera para o tratamento.

Fonte: Grupo Máquina