quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Índice de câncer é maior na terceira idade


No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Idoso. Momento propício para refletir sobre questões importantes para essa população, como a saúde. Na terceira idade, qualquer doença pode representar um risco maior. Nos casos de câncer, isso não é diferente. O alerta deve ser feito porque a expectativa de vida aumenta e, consequentemente, o número de casos de câncer nos idosos também.

No Brasil, de acordo com o IBGE, a expectativa de vida passou a ser de 73 anos. Até 2030, estima-se que a maioria das pessoas chegue a 78 anos. E de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.

Dados da ONU revelaram que as pessoas com mais de 65 anos de idade tem 11 vezes mais probabilidade de desenvolver câncer do que uma pessoa mais jovem. Outro dado informa que uma em cada três mulheres e um em cada quatro homens, entre 60 e 79 anos, irá desenvolver algum tipo de câncer.

O tumor de pele é o tipo de câncer com mais incidência nos idosos. O Brasil é o segundo país com maior número de pessoas com esse tipo de câncer, perdendo apenas para a Austrália.

De acordo com Amândio Soares, médico oncologista e diretor da Oncomed, os hábitos e estilo de vida são fatores que aumentam o risco de se contrair um tipo de câncer. O idoso tem características diferentes do adulto e o tratamento do câncer na terceira idade necessita ser diferenciado. “A abordagem da fisioterapia, desde a prevenção até o tratamento de patologias que limitam a funcionalidade do idoso, é um fator diferencial. Portanto, há necessidade de uma equipe interdisciplinar para tratar e prevenir as complicações decorrentes do tratamento da patologia”, pontua.

Mas a prevenção é o fator mais importante. Os homens, acima de 40 anos, devem fazer o exame de próstata todos os anos. E as mulheres, também nessa faixa etária, precisam fazer uma mamografia anualmente e ir regularmente ao ginecologista.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Evitar cigarro e álcool, comer bem e fazer exercício pode prevenir câncer

 

Praticar exercícios físicos regularmente, comer bem e evitar cigarro e bebida alcoólica são atitudes que podem diminuir o risco de câncer, como explicaram o oncologista Paulo Hoff e a nutricionista oncológica Thaís Miola no Bem Estar desta segunda-feira (24).

Frutas, verduras e legumes têm nutrientes e substâncias que reduzem o risco da doença em, pelo menos, 40%, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No entanto, alimentos com alto teor de gordura ou sódio, carnes vermelhas e processadas oferecem risco e devem ser evitados. O consumo de carne vermelha deve ser de até 3 vezes por semana. Mais que isso, o risco de câncer de intestino aumenta em até 35%.

 
Por outro lado, as vitaminas, fibras e antioxidantes das frutas, verduras e legumes ajudam a defesa natural do organismo a destruir agentes cancerígenos antes mesmo que eles causem danos graves às células. Além disso, esses alimentos podem bloquear ou reverter estágios iniciais da formação de um tumor.
 
Os antioxidantes, por exemplo, interrompem a chegada dos radicais livres às células, mas caso eles cheguem, também auxiliam o material genético a reparar o dano. Já as fibras auxiliam no bom funcionamento intestinal e evitam que as fezes fiquem muito tempo presas no intestino, prevenindo a liberação de substâncias causadoras de câncer nessa região.
 
A alimentação saudável também pode consertar o DNA e promover a morte seletiva das células defeituosas. Alguns alimentos, como a soja, liberam os fitoestrógenos, que competem com o hormônio estrógeno.

O estrógeno não causa câncer de mama, mas estimula o crescimento das células mamárias. O fitoestrógeno inibe esse crescimento e previne a doença, caso uma dessas células seja cancerígena.

No caso da atividade física, além do menor risco de câncer, diminui também a chance de outras doenças, como as cardiovasculares e o diabetes. Manter o peso ideal previne doenças já que a obesidade é fator de risco para diversos tipos de câncer, principalmente os de mama, intestino, próstata e endométrio.

Já o hábito de fumar e beber aumenta muito o risco de cânceres de boca, laringe, esôfago, estômago, intestino, fígado e pâncreas porque o cigarro e a bebida alcoólica têm diversas substâncias cancerígenas.

 

Dieta anticâncer
Os especialistas alertaram para mudanças de hábito que podem reduzir muito o risco do surgimento de um câncer. Aumentar o consumo de frutas e vegetais pode ajudar porque esses alimentos têm alto poder preventivo, por causa das fibras, antioxidantes e da variedade de fitoquímicos (em alimentos como o alho, cebola, soja, chá verde e gengibre). Além disso, comer mais fibras também é importante e a recomendação é de 35g por dia. Consumir 6 porções diárias de grãos integrais, pães e cereais ricos em fibras já ajuda a atingir este objetivo. Por outro lado, gorduras e carnes vermelhas devem ser reduzidas ou trocadas por alimentos assados, grelhados ou cozidos ou carnes brancas, como filé de peito de frango ou peixe. 

A nutricionista oncológica Thaís Miola recomenda comer de 4 a 5 porções por dia de hortaliças. No caso das frutas, o ideal é que se coma de 3 a 4 porções diárias. A soja deve ser consumida de acordo com a necessidade de nutrientes do organismo. Em uma xícara de grãos de soja, a pessoa já tem a quantidade ideal para extrair benefícios. Os especialistas deram dicas de como preparar a soja temperada. Veja a receita:

- Para cada xícara de soja, utilize 3 xícaras de água
- Ferva a água, coloque na panela uma colher de chá de bicarbonato (para ajudar amolecer a soja) e acrescente a soja
- Deixe ferver novamente e, quando chegar no ponto de fervura, desligue o fogo
- Lave bem a soja com água e deixe escorrer
- Coloque a soja na panela de pressão com 3 xícaras de água e deixe cozinhar por 15 a 20 minutos
- Escorra a soja e a receita está pronta
*Você também pode fazer a soja como salada, temperando com cebola picada, tomate picado, azeite, sal e salsinha.




Fonte: Bem Estar

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Depoimento - Antonio Carlos Barros Silva


Me chamo Antonio Carlos Barros Silva. Moro em São Paulo e tomei conhecimento do blog De Peito Aberto, através de exposição realizada no Metrô Clínicas.
Estou deixando meu depoimento no intuito de ajudar as pessoas que como eu, tiveram ou mesmo estão tendo problemas com câncer. Afirmo que apesar de já ter passado por 2 cirurgias para retirada de 2 tumores malignos (tiróide e próstata) sinto-me bem e em condições de ajudar a quem precisa.
Sempre procuro um lado bom em tudo que acontece comigo. Acho que o SENHOR, nosso pai celestial nunca mandaria algo para alguém que não fosse para o bem.
Quando os problemas apareceram nunca imaginei que eles fossem atingir-me de maneira tão violenta e cruel.
No princípio, confesso que realmente achei estranho conviver com algo no corpo que é considerado pela humanidade como um final de vida. Fiquei abalado emocionalmente e sem saber o que fazer. Precisei de algum tempo para adaptar-me a realidade e reverter essa situação pois minha família ainda estava totalmente dependente de mim e nesta altura dos acontecimentos eu pensava mais nela do que em mim mesmo.
É muito difícil se conscientizar e aceitar esta situação. Quem sempre foi uma pessoa de bem com a vida, trabalhadora, estudiosa, cheia de amigos, sempre sorridente e amada pela família de repente se vê sem chão e à beira de uma depressão. Passei dias horríveis e o sofrimento bateu em minha porta.
Mas eu me conhecia e sabia que logo teria uma resposta para dar a mim mesmo e isso não demorou a acontecer. Com a ajuda de um grande amigo médico Dr. José Magalhães Melo (a quem serei grato até o final de minha vida), pude ser avaliado pelo Dr. Jaime Seráfico (Neurológista de 1ª qualidade a quem serei eternamente grato) e viajei para São Paulo e operado no HC.
O fato de já ter participado de 3 cursos sobre o Poder da Mente ajudou-me muito nas vitórias que conquistei nas muitas batalhas da vida contra a morte. Todos temos que ser forte, batalhadores e nunca pensar que se chegou ao final. Nada disso. Temos que pensar positivo e sermos muito otimistas sempre imaginando que Deus está nos dando uma missão e que devemos provar a ele que somos merecedores.
Fui acometido duas vezes pela mesma doença (Neurinoma do Acústico) que atinge uma entre 100.000 pessoas. Também tive duas vezes câncer. Cirurgias, já contabilizo 15 (quinze). Isso não me abateu, na verdade me fortaleceu, pois a cada esforço que eu fazia para enfrentar o problema, mais me fortalecia.
Hoje devo muito esta força de viver principalmente ao amor que recebo e tenho pelos meus familiares, sobretudo meus netos Caio Vinicius, César Ribeiro e Beatriz da Silva, razões maior da minha força e vontade de lutar. Tenho certeza que sem o amor deles não conseguiria chegar ao nível de recuperação em que estou. Não poderia esquecer pessoas próximas de mim como meu grande amigo Renan Nascimento, Pedro Sales,minha mãe Cecilia, meu grande pai que infelizmente já se foi, minhas irmãs, irmãos, genros e cunhados que tanto oraram por mim.
Em cada reunião ou consulta que tenho tanto no HC ou Inst. do Câncer passei a olhar o próximo com mais carinho, afeto e amor. Diria que é exatamente por esta dedicação ao próximo que estou fazendo deste blog um meio de levar a todas as pessoas que precisam encontrar onde se apoiar para conseguir vencer e nunca perder as esperanças de vida.
As vezes fico parado a olhar tantas pessoas com as doenças que tive. Elas estão cabisbaixos, tristes e sem rumo a seguir. É nestas horas que me ponho a pensar de que maneira peço a Deus para mostrar-me uma forma de ajudar estas pessoas, passar esperanças de vida, e mostrar também que, assim como eu elas podem vencer. É só querer e ter fé. Basta isso, afinal sempre acreditei que querer é poder.
Continuo com o acompanhamento médico no HC referente ao Câncer da Tireoide e o Instituto do Câncer concedeu-me alta com relação ao Câncer de Próstata.
Ficarei torcendo para que daqui a 5 anos esta doença não volte a me atormentar e ai sim, estarei livre para sempre. Conto com suas orações para isso.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Vera Golik - Conselheira do Conselho Estadual da Condição Feminina



É com grande satisfação que informamos que Vera Golik tomará posse para mais um mandato como Conselheira do Conselho Estadual da Condição Feminina no dia 19 de setembro, às 15 horas no Palácio dos Bandeirantes, Salão dos Pratos (Av. Morumbi, 4500, 1º andar).

Desejamos à Vera a maior sorte do mundo!


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Yoga e os benefícios ao paciente com câncer


O câncer é uma doença que atinge cada ‘pedacinho’ da vida de um paciente. O impacto do diagnóstico, as novas demandas do dia-a-dia, as dores e outros inconvenientes do tratamento. Corpo e mente experimentam desconhecidas e imprevisíveis sensações e, muitas vezes, tiram do paciente a possibilidade de exercer controle sobre si mesmo.

Aceitar os novos limites e buscar maneiras de ter bem estar físico e emocional dentro das condições que a doença impõe, são medidas importantes para ter qualidade de vida durante o tratamento.

Amor e amparo da família e dos amigos, relacionamento de confiança com a equipe médica, alimentação balanceada, informação qualificada, pratica de atividades físicas e de relaxamento mental são, entre outras, orientações que o Instituto Oncoguia sugere a todos os pacientes.

O Yoga, que em suas várias definições preconiza a busca interna pelo bem estar físico, emocional e espiritual do indivíduo pode, e muito, interferir positivamente na vida do paciente!

Para a instrutora de Yoga da True Love Yoga (Florianópolis/SC), Miila Dezert, quase todos os braços da filosofia milenar podem beneficiar uma pessoa em tratamento para o câncer. "A concentração (Pranayama), a postura (àsanas), a meditação. Os benefícios da prática, do corpo relaxado e tranquilo e da mente silenciosa, já foram estudados em todo o mundo.”, comenta.




Estudo

A ciência há tempos estuda a relação entre o Yoga à saúde do organismo, e o câncer já foi objeto de alguns ensaios.

Pesquisa realizada pelo MD Anderson Cancer Center (uma das principais referências mundiais no tratamento do câncer) em 2011, com portadoras de que câncer de mama, mostrou que a prática do Yoga, além de reduzir os níveis de cortisol (hormônios do estresse), promoveu a melhora no funcionamento do organismo das mulheres como um todo. Aumentou a capacidade de executar as tarefas do dia-a-dia, reduziu o cansaço e fez com que elas ‘encarassem’ a doença com menos sofrimento.

Ainda, segundo o estudo, a prática do Yoga estimulou a produção de um neurotransmissor conhecido como GABA, que está ligado à depressão e outros transtornos de ansiedade, quando em baixos níveis.



Yoga Restaurativo
Miila sugere às pessoas em tratamento para o câncer o Yoga Restaurativo, que tem como objetivo a manutenção ou recuperação da saúde, enfocando a eliminação das tensões físicas do estresse, um processo que incentiva o praticante a ser parte de seu processo de cura.

"O Yoga Restaurativo traz descanso físico sem requerer movimentos ou esforço muscular. Acalma o sistema nervoso e diminui a ansiedade, cansaço físico e mental, pois as posturas fazem com que o sistema nervoso encontre respostas para que hormônios do relaxamento sejam liberados, explica.
A também instrutora, Malu Raynaud, da
Shiva Yoga Shala (São Carlos/SP), concorda e complementa:

"O Yoga Restaurativo pode ser realizado em casa e até na cama”, o que é importante nos casos em que o paciente fica imunodeprimido e, portanto, sujeito a infecções oportunistas.


E diz ainda: "Com o material correto e a orientação de um profissional essas posturas restaurativas podem ser incluídas na rotina do paciente de maneira a melhorar seu sono, abaixar sua pressão arterial e batimentos cardíacos, diminuir níveis de glicose e etc”.

Métodos de relaxamento (Yoga Restaurativo)

Supta Badha Konasana


 
Sente-se na ponta do bolster (almofada para a prática do Yoga) que estará paralelo ao mat (tapete). Coloque um bloquinho abaixo do bolster para dar altura para a cabeça, deixar o coração mais alto que a pélvis. Pés tocando-se, planta com planta, joelho para os lados. Coloque almofadas (idênticas) debaixo dos joelhos. Lembre-se: nada de alongar virilhas, você deve relaxar. Braços soltos aos lados, cubra-se no frio (deixe os pés quentinhos!) e almofadinha nos olhos. Tempo: 25 minutos. Cuidado com a lombar, caso sinta desconforto, diminua a altura entre seu quadril e o bolster com uma mantinha.


Side Savasana
Agora de lado, você digere os sentimentos da postura anterior. Deite-se de lado, na postura fetal. Qualquer lado. Use uma almofada como travesseiro, o bolster vai tocar suas costas provendo sensação de proteção, uma manta ficará entre seus joelhos e tornozelos e um rolinho no seu peito para que você possa abraçá-lo. Tempo: 25 minutos. Suspire e se entregue.
 
Respire!
 
O Instituto Oncoguia perguntou às professoras Miila e Malu como a respiração consciente, profunda, diafragmática, pode ajudar o paciente com câncer nos dias em que a fadiga e baixa autoestima batem à sua porta. Para elas, a respiração consciente ‘faz milagres’. Confira o que dizem as professoras, respire profundamente e relaxe!
 
Miila:"A respiração e meditação no presente, ensinada pelo mestre Budista Tibetano Thich Nhat Hanh, ajuda sim, pois levando a atenção plena ao momento presente temos ao nosso ladinho a palavra "aceitacão". Aceitamos a doença, aceitamos com gratidão o tratamento, aceitamos as dores, o enjoo e também o retorno do bem estar. O câncer tem a ver com uma luta constante. Tem a ver com o não, com negação. Saindo do passado e do futuro e ficando no estado aqui e agora aprendemos a aceitar as ajudas, os pedidos de perdão, a necessidade depedirperdão, de limpar a "casa" do coração e não só depender da medicina e dos médicos (...)”.
 
Malu : "A respiração consciente faz milagres. Faz milagres porque relaxa, e o relaxamento cura. O médico americano Herbert Benson professor e pesquisador da Universidade de Harvard publicou trabalho científico comprovando o que ele chama de "resposta do relaxamento”; estado de relaxamento que combate os sintomas do estresse e que é acessado por meio de exercícios respiratórios. Tal "resposta do relaxamento” deve ser praticada uma ou duas vezes por dia; sentando-se confortavelmente, leva-se a atenção à respiração e, com a ajuda de um nome, mantra ou oração mantém-se a atenção em cada exalação. Com 15 minutos de pratica o sistema nervoso párasimpático entra em ação e relaxa todo o corpo. Isso é meditação!”.
 
 
Fonte: Oncoguia

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Menor consumo de sal reduz risco de câncer de estômago


Diminuir o consumo de alimentos salgados como pão, presunto e outros embutidos pode reduzir os riscos de câncer de estômago. O alerta foi feito pela ONG britânica World Cancer Research Fund (Fundo Mundial de Pesquisas sobre o Câncer, WCRF).

A entidade, que oferece aconselhamento sobre a prevenção do câncer, quer que a população consuma menos sal e que a quantidade de sódio nos alimentos industrializados seja indicada mais claramente no rótulo. Apenas na Grã-Bretanha, um em sete cânceres do estômago poderiam ser prevenidos se as pessoas seguissem as recomendações diárias de consumo de sal, diz a ONG.

Sal demais pode provocar pressão alta, doenças cardíacas e acidentes vasculares (derrames), além de câncer. O consumo diário recomendado pelas autoridades de saúde britânicas é 6 gramas. Mas, segundo o WCRF, os britânicos consomem, em média, 8,6 g por dia.

No Brasil, um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), publicado em 2011, revelou que o brasileiro consome, em média, 8,2 g diárias de sal.


Inimigo Oculto
 “O câncer de estômago é difícil de ser tratado com sucesso porque a maioria dos casos não é detectada até que a doença já esteja bem estabelecida”, disse a diretora de informação do WCRF, Kate Mendoza. “Isso enfatiza a importância de escolhermos um estilo de vida que previna a ocorrência da doença – como cortar o consumo de sal e comer mais frutas e legumes”.

Comer muito sal, no entanto, não é uma questão de virar o saleiro sobre a batata frita. A maior parte do sal – cerca de 75% – que ingerimos já está no alimento. Por isso, o WCRF está pedindo que um sistema semelhante às luzes de um semáforo seja adotado nos rótulos de alimentos industrializados. Vermelho para índice alto, amarelo para médio e verde para baixo.


No Pará
O Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) prevê que em 2012 ocorram mais de 1.300 novos casos de câncer de estômago entre os habitantes da região Norte, sendo 690 só no Pará, entre homens e mulheres. Isto é, o nosso estado responde por mais da metade das ocorrências de câncer de estômago de toda a região.

Para o oncologista Sandro Cavalléro, chefe do setor de quimioterapia do HSM Hospital e Diagnóstico, quando são analisados os fatores de risco desta neoplasia, a questão alimentar surge como um dos motivos para a elevada taxa de incidência na região. O médico afirma que alimentos que comprovadamente aumentam o risco de câncer gástrico são os gordurosos, com alto valor calórico, defumados, salgados e queimados.

A dieta pobre em frutas e verduras também está associada ao aumento do risco assim como o tabagismo. “Verificando a dieta dos paraenses, podemos relacionar com vários destes fatores de risco, além de que, em nossa população ribeirinha, muitas vezes os alimentos ainda são conservados em sal, tornando-o um potente estimulador a desenvolver câncer”, observa.

De acordo com o médico, o câncer gástrico é muito difícil de ser diagnosticado precocemente, já que neste estágio, a doença não produz sintomas, ou quando indica são muito vagos como dor abdominal, perda de peso e saciedade precoce. Com o avanço da doença, o paciente pode apresentar esses mesmos sintomas de forma mais intensa, assim como sangramentos e anemia. “O diagnóstico definitivo é feito com endoscopia associada à biópsia da lesão. Há uma dificuldade de se levar este exame até as comunidades mais carentes e distantes, já que até mesmo o exame de papanicolau (preventivo do colo de útero) que é bem mais simples, muitas vezes não chega a esta população”.

O tratamento para o câncer de estômago consiste principalmente em cirurgia, acompanhada ou não de quimioterapia e radioterapia. “Com a evolução do tratamento, temos obtido cada vez mais sucesso com estas opções terapêuticas”, conclui o médico.



Fonte: Blog do Câncer

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Depoimento - Meire Arita


Meire tem 47 anos e é professora. Ao olhar a foto de Rose e Luz, parou para observar mais a exposição, pois o afeto e solidariedade que as fotos mostram a fez se interessar mais. Ela disse que raramente para para ver as exposições do metrô, mas a De Peito Aberto é realmente especial.

 “Não conheço ninguém que passau pela doença, graças a Deus, mas achei a exposição muito importante”. Meire gostou muito de ver a vontade de viver e autoestima das pessoas retratadas, além de sentir muita vontade de ajudar e de estar perto de quem gosta.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Dormir pouco pode elevar o risco de câncer de mama agressivo


Dormir pouco pode ser um fator de risco para um tipo agressivo de câncer de mama, indicou uma nova pesquisa feita na Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos. O estudo, que é o primeiro a olhar para essa relação, também concluiu que o sono insuficiente está ligado a uma maior probabilidade de recorrência da doença. Os resultados foram publicados na edição deste mês do periódico Breast Cancer Research and Treatment.

Participaram da pesquisa 412 mulheres que já haviam passado pela menopausa e que tinham acabado de ser diagnosticadas com câncer de mama. Elas responderam a questionários contendo perguntas como qual era a duração média do sono de cada uma nos últimos dois anos. Os autores do estudo descobriram que as pacientes que dormiam, em média, menos do que seis horas por noite foram aquelas que apresentaram os tumores mais agressivos e as maiores chances de recorrência da doença após o tratamento.

"As conclusões sugerem que a falta de sono suficiente pode causar tumores mais agressivos, mas mais pesquisas precisam ser feitas para compreendermos as causas desta associação", diz a coordenadora do estudo, Cheryl Thompson. A autora lembra que essa relação foi estabelecida em mulheres que estavam na pós-menopausa, e que ela pode não ser a mesma entre pacientes que não passaram por esse período. “A duração do sono é um perigo para a saúde pública, já que também pode desencadear obesidade, diabetes e doença do coração. Uma intervenção eficaz em aumentar o tempo em que um indivíduo dorme e melhorar a qualidade de seu sono pode ser um bom caminho para evitar essas doenças e também tumores agressivos na mama”, afirma.



Fonte: Veja