quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tabagismo: prejuízo para o corpo e para a mente

Muitas pessoas pensam que o órgão mais prejudicado pelo cigarro é o pulmão. Na verdade, os males causados pelo tabagismo impactam em todo o corpo de forma sistêmica. Para se ter uma ideia, apenas uma simples tragada é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo, causando o endurecimento das artérias e fazendo o coração trabalhar mais depressa, enquanto os pulmões absorvem cerca de cinco mil substâncias tóxicas, como amônia, chumbo, alcatrão e elementos cancerígenos como arsênio e cádmio.

De acordo com o pneumologista Oliver Nascimento, médico assistente da disciplina de Pneumologia da Universidade Federal de São Paulo e vice-diretor do Centro de Reabilitação Pulmonar da instituição, mais de 50 doenças diferentes estão associadas ao cigarro. “As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no Brasil, e o câncer de pulmão, a primeira causa de morte por câncer”, ilustra Nascimento, amparado por dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que aponta que o tabaco é responsável direta ou indiretamente por 40% das mortes dos indivíduos em todo o mundo.

Mas, além das doenças já conhecidas causadas pelo hábito de fumar, existe ainda a possibilidade que o tabagismo tenha participação no processo de degeneração cerebral. “Ainda não se sabe se o cigarro realmente acelera a perda cognitiva, como ocorre com a Doença de Alzheimer, por exemplo”, informa o neurologista Ivan Okamoto, coordenador do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo e do Núcleo de Memória do Hospital Israelita Albert Einstein. “Mas é conhecido que o tabagismo é um importante fator de risco para o mau funcionamento cerebral”, declara.

Mas como o cigarro pode afetar o cérebro? O que se sabe é que o fumante fica mais suscetível a desenvolver problemas no sistema circulatório, como a aterosclerose. Nessa doença, as artérias sofrem uma inflamação e, com isso, placas de gordura grudam em suas paredes. Com o passar do tempo, elas se calcificam, diminuindo o calibre dos vasos, fazendo com que o cérebro receba menos sangue e uma menor quantidade de oxigênio e nutrientes. “Esse comprometimento vascular pode levar à lesão cerebral, progredindo gradualmente a um quadro demencial”, explica Okamoto, que alerta ainda que até quem convive com fumantes (fumantes passivos) pode estar sujeito a essas consequências.

Importante ressaltar que os sintomas de quadro demencial podem ser confundidos com estresse ou fadiga. Entretanto, independente da causa, quando o indivíduo passa a apresentar dificuldades de memória persistentes, alterações no padrão funcional, mudanças no comportamento, problemas de linguagem e até mesmo dificuldades motoras, é recomendável que seja avaliado por um médico.

Considerado uma doença crônica, o tabagismo precisa ser tratado com mudança comportamental e, muitas vezes, com acompanhamento de um médico que indique o tratamento adequado que combine terapias. Dependendo do caso, é possível incluir medicamentos que ajudem no controle dos sintomas da abstinência, que podem sabotar o abandono do fumo. Atualmente, o tratamento farmacológico inclui, entre outras terapias, a reposição de nicotina e medicamentos que auxiliam no controle da vontade e ansiedade de fumar, como o Champix (vareniclina), único produto desenvolvido especificamente para o tratamento do tabagismo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que fumantes que tentam parar de fumar sem ajuda médica têm menor chance de sucesso (uma média de 5%). E mesmo entre os que conseguem largar o cigarro, apenas de 0,5% a 5% mantêm a abstinência por um ano sem acompanhamento médico.

“A boa notícia é que, graças ao aumento da conscientização da população motivado pelas leis de restrição ao cigarro em ambientes fechados, proibição da publicidade, campanhas antitabagismo, novos tratamentos medicamentosos, entre outros, a cada ano o número de fumantes vem reduzindo”, diz Oliver Nascimento. Prova disso está no fato de que, em 1989, aproximadamente 35% dos brasileiros fumavam e, em 2008, este índice caiu para 17,2%*. “Além disso, com o aumento da expectativa de vida, as pessoas já são capazes de antecipar alguns cuidados e medidas preventivas para o bom funcionamento do corpo e da mente. Afinal, todos querem atingir a terceira idade mantendo-se o mais ativo e independente possível”, afirma Ivan Okamoto.



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Novos dados de aumento de sobrevida a pacientes de câncer colorretal são apresentados

O câncer colorretal (CRC) é o quarto câncer mais comum no mundo, com uma incidência estimada global de mais de 1,2 milhão de casos4. Estima-se que 608.000 mortes ocorrem anualmente em todo o mundo devido ao CRC, representando 8% de todas as mortes por câncer e tornando-se a quarta causa mais comum de morte por câncer.4 Quase 60% dos casos ocorrem em regiões desenvolvidas e as taxas de incidência e de mortalidade são substancialmente mais elevadas nos homens do que nas mulheres.5 Somente na Europa, um número estimado de 436.000 pessoas desenvolve o CRC anualmente, e cerca de 212.000 morrem da doença todos os anos.

A biofarmacêutica da Merck, anunciou que o grupo investigador cooperativo alemão AIO,(ArbeitsgemeinschaftInternistischeOnkologie) apresentou novos dados do estudo clínico defase III,cabeça-a-cabeça, FIRE-3, o qual mostrou melhora clinicamente relevante de cetuximabe mais FOLFIRI versus bevacizumabe mais FOLFIRI no tratamento em primeira linha do câncer colorretal metastático (CCRm) em pacientes com tumores RAS selvagem.

Os novos dados, a partir de uma análise exploratória pré-planejada, foram apresentados no Congresso Europeu de Câncer 2013 (ECCO-ESMO-ESTRO). A análise demonstra aumento de 7,5 meses na sobrevida global mediana em pacientes CCRm com tumores RAS selvagem (n=342), definido como não apresentando mutações nos exon2, 3 e 4 do KRAS e NRAS), recebendo FOLFIRI mais cetuximabe na 1ª linha em comparação a pacientes que receberam FOLFIRI mais bevacizumabe (SGm: 33,1 meses versus 25,6 meses, respectivamente; razão de risco [HR]: 0,70; p = 0,011). Em uma análise post hoc, no grupo de pacientes com qualquer mutação RAS (n = 178), os pacientes que receberam na 1ª linha FOLFIRI mais cetuximabe alcançaram SGmde 20,3 meses versus 20,6 meses no grupo que foi tratado com FOLFIRI mais bevacizumabe (HR: 1,09; p = 0,60).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Projeto de Peito Aberto em parceria com a GE

O Projeto De Peito Aberto firmou uma parceria com a GE nesse Outubro Rosa e algumas de nossas Guerreiras Vencedoras contarão suas histórias de superação em vídeos curtos e emocionantes.

Nós, Vera Golik e Hugo Lenzi, autores do Projeto De Peito Aberto, e toda nossa equipe, estamos muito felizes com essa parceria com a GE. Somos imensamente gratos a nossa Guerreira Vencedora, Dalva Sandes por compartilhar a sua história e nos ajudar a levar força e coragem para tantas pessoas!

Entre no site da GE e veja o maravilhoso vídeo com a trajetória da Dalva.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Anhembi Morumbi e Pérola Byington realizam desfile para elevar a autoestima da mulher

 No mês em que a conscientização sobre a importância do autoexame e da mamografia para a prevenção do câncer de mama está em pauta, a Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate, em parceria com o CRSM do Hospital Pérola Byington – especializado em saúde da mulher – realiza o 9º Desfile da Primavera, cujo tema da vez é “O Bordado do Improviso”. Na passarela, ao invés de modelos profissionais, sobem pacientes. O evento acontecerá no dia 25 de outubro, às 15 horas, no câmpus Morumbi.

O objetivo é elevar a autoestima das mulheres que estão passando por tratamento contra o câncer e conscientizar outras sobre a importância do autoexame e de consultas periódicas. Para isso, 21 voluntários, entre alunos e docentes do curso de Design da Moda, trabalharam na criação de peças que contam com o charme do crochê e do tricô feitos à mão, ponto a ponto. Segundo Eloize Navalon, coordenadora do curso de Design de Moda, a técnica foi escolhida por dar origem a um tecido maleável e resiliente, características encontradas nessas mulheres que lutam pela vida, muitas vezes no improviso.

Também participam da ação, alunos dos cursos de Negócios da Moda, envolvidos na organização do evento, de Produção Musical, que assinam a trilha sonora do desfile, e de Estética e Cosmética com ênfase em Maquiagem Profissional e Visagismo e Terapia Capilar, que cuidarão do makeup e cabelo das ‘modelos’.
Este é o terceiro ano em que a Anhembi Morumbi apoia a iniciativa. “Sabemos o quanto uma ação como essa pode contribuir para o bem-estar das mulheres”, afirma Eloize Navalon.

Concepção do projeto

De forma livre, improvisada, as peças foram inspiradas na capacidade de transformação e superação do ser humano. Manter-se resiliente é o ponto central da gestão emocional, e, consequentemente, da saúde e bem estar. É a capacidade de improvisar, agindo de acordo com o que se tem em mãos. A partir deste conceito, os profissionais escolheram abrir mão de roteiros ao criar os tecidos para suas peças.

As técnicas escolhidas foram o crochê, o tear, o tricô e o bordado. A matéria-prima virou tecido e este, por sua vez, tornou-se vestimenta – representando o ciclo de mudanças da vida e o poder de renovação.

O branco aparece com destaque nas criações, por representar o recomeço. Os desenhos simbolizam o sistema imunológico. Nestas imagens, tons violáceos, azuis e lavanda remetem a uma crença metafísica do poder desses tons para a transformação pessoal e elevação espiritual. O violeta e o roxo, por exemplo, ajudam a combater os medos e contribui para a paz limpando a mente de transtornos emocionais.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Novo método a laser beneficia mulheres com câncer de mama

Além de todo o desconforto e das preocupações ocasionadas pela descoberta do câncer de mama, cerca de 80% das mulheres jovens com este diagnóstico passam por tratamento que requer a indução da menopausa. O objetivo é estancar a produção do estrógeno, hormônio que tem relação com esse tipo de neoplasia.

Nem sempre esse processo, porém, pode ser revertido após o final do tratamento - justamente para impedir que as células tumorais voltem a se multiplicar. E com a menopausa precoce, essas mulheres acabam por conviver também com a atrofia vaginal, condição que compromete a vida sexual. Isso porque a falta de estrógeno, leva ao ressecamento, perda de elasticidade e afinamento da parede da vagina.

Como nessas pacientes, não é possível recorrer aos hormônios tópicos, recomendados para tratar a atrofia vaginal, um novo método a laser recém-chegado no Brasil, é uma opção segura para essas mulheres. Disponível no primeiro centro brasileiro de tratamento de atrofia Vaginal, o Espaço Deka, em São Paulo, o método não possui contra-indicação.

Pesquisa internacional realizada da Universidade de Pavia comprovou que esse tipo de laser, chamado de Monalisa Touch, não só estimula a produção de colágeno, devolvendo espessura à pele por meio da multiplicação celular, como melhora a frouxidão na parede vaginal. Indiretamente ainda reduz o ressecamento do órgão feminino, pois aumenta a atividade dos fibroblastos, melhorando a vascularização e o nível de hidratação da mucosa.

Indolor, o Monalisa Touch é feito por ginecologista após avaliação clínica no próprio consultório. São necessárias entre um ou duas sessões que não duram mais do que 30 minutos.

Caso se interessarem pela pauta, a ginecologista e mastologista Vera Lucia da Cruz, professora da Faculdade de Medicina do ABC, poderá falar sobre a nova técnica e esclarecer dúvidas sobre o câncer de mama.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ação de combate ao câncer de mama ganha espaço nas ruas de São Paulo

A Otima, empresa responsável pela gestão dos espaços publicitários nos abrigos de ônibus na cidade de São Paulo, adere à luta de combate ao câncer de mama e apoia campanha de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, que afeta mais de 50 mil mulheres por ano no Brasil.

Patrocinada pela Clinique, marca norte-americana de skincare e maquiagem da Estée Lauder e representante nacional da causa no Brasil, a campanha ‘Juntos somos fortes’, produzida pela agência Luminas, está em 200 faces publicitárias nos novos abrigos de ônibus em todas as regiões da capital cedidas pela Otima.

O objetivo da Clinique é encorajar homens e mulheres a vencer esta luta. Para isso, realizará ações especiais de combate ao câncer de mama e arrecadará fundos para a causa com a venda exclusiva do batom Chubby Stick.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Evento: "Comunicação para a paz"

A Campanha De Peito Aberto apóia toda forma de saúde e a paz é a saúde social que todos nós precisamos! Por isso, apoiamos o evento "COMUNICAÇÃO PARA A PAZ". 
O evento vai acontecer neste Domingo, dia 13 de outubro, às 15hs, na sede da BSGI, Rua Tamandaré, 984, no Auditório Monarca.

Sei que está bem em cima da hora, mas, como vocês sabem, acabo de voltar de Minas Gerais e só agora estou mandando os convites.

Segue aqui em anexo e abaixo o convite desta atividade super importante para que possam nos ajudar a divulgar para os seus contatos e convidados.

Vamos reunir pessoas interessadas em uma COMUNICAÇÃO HUMANISTA para que possamos fazer deste um momento histórico.

O tema de nosso evento é: "COMUNICAÇÃO PARA A PAZ - A importância da Comunicação Não-Violenta na construção de um mundo mais humano".

Nosso palestrante convidado será o Professor Edvaldo Pereira Lima, da ECA-USP, um professor de comunicação que tem um trabalho todo voltado para o pensamento humanista. Além disso, nós apresentaremos três casos (um do Rio e dois de São Paulo) de membros nossos do DECOM que conseguiram colocar em prática os ensinamentos humanistas de Daisaku Ikeda em várias áreas da comunicação. Depois vamos abrir uma Roda de Conversa para que o público possa se envolver num diálogo rico, focado na proposta: COMUNICAÇÃO PARA A PAZ. Aparentemente uma proposta "simples" mas que, no entanto, é também tão complexa e desafiadora nesse mundo tumultuado que vivemos. Nesse evento pretendemos discutir como podemos desenvolver uma "comunicação para a paz", quais as dificuldades e desafios que encontramos e como podemos vencê-los. Vamos fazer deste um evento inspirador para encontrarmos juntos os caminhos para fazer a diferença e comprovar que NÓS PODEMOS FAZER UMA COMUNICAÇÃO DIFERENTE, que agregue valor, que leve força, coragem e esperança para as pessoas. Vamos fazer desta ocasião um momento de prova real e de inspiração para todos nós.

SUA PRESENÇA É MUITO IMPORTANTE!!!

De novo, agradeço se puderem nos ajudar a divulgar!
um grande abraço,

Vera Golik e equipe de DECOM.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Caminhar na menopausa reduz o risco de câncer de mama

Especialistas britânicos disseram que o estudo é uma evidência de que o estilo de vida influencia o risco para o câncer.A equipe da Sociedade Americana do Câncer afirmou que essa foi a primeira vez que a redução de riscos foi especificamente ligada à caminhada.

Uma pesquisa recente da organização beneficente Ramblers mostrou que um quarto dos adultos anda mais de uma hora por semana. Manter uma rotina de atividades físicas é um fator conhecido na redução do risco de se contrair diversos tipos de câncer.

Atividade recreacional

Este estudo, publicado na revista científica Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, acompanhou 73.614 mulheres com idades entre 50 e 74 anos recrutadas pela Sociedade Americana do Câncer entre 1992 e 1993 para monitorar a incidência do câncer.

Elas responderam questionários sobre sua saúde e a respeito de quanto tempo permaneciam ativas e participando de atividades como caminhar, nadar e fazer exercícios aeróbicos. Elas também registraram quanto tempo ficavam sentadas assistindo televisão ou lendo.

Elas preencheram os mesmos questionários em intervalos de dois anos entre 1997 e 2009.

Andar como única atividade recreacional foi o hábito mencionado por 47% das pesquisadas.

Aquelas que andavam ao menos sete horas por semana tiveram uma redução de 14% no risco de câncer de mama, comparado com aquelas que andavam apenas três ou menos horas por semana.

Alpa Patel, epidemiologista da Sociedade Americana do Câncer em Atlanta, na Georgia, que liderou o estudo, afirmou: "Dado que mais de 60% das mulheres relataram andar diariamente, promover a caminhada como uma atividade saudável de lazer pode ser uma estratégia efetiva para aumentar a atividade física entre as mulheres em fase de pós-menopausa."

"Ficamos contentes em descobrir que sem nenhuma outra atividade recreacional, apenas andar uma hora por dia foi associado com menor risco de câncer de mama nessas mulheres".

"Atividades mais longas e extenuantes reduziram ainda mais o risco."

A baronesa Delyth Morgan, executive-chefe da Campanha Contra o Câncer de Mama afirmou: "Este estudo adiciona mais evidências de que nossas escolhas de estilo de vida podem influenciar o risco de câncer de mama e mostra que mesmo mudanças pequenas incorporadas às nossas atividades cotidianas podem fazer a diferença."

"Nós sabemos que a melhor arma para superar o câncer de mama é a habilidade de interrompê-lo, em primeiro lugar."

"O desafio agora é saber como transformamos essas descobertas em ação e como identificamos outras mudanças de estilo de vida sustentáveis que nos ajudarão a prevenir o câncer de mama."



Fonte: BBC

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Mastectomia dupla é aceitável somente quando há risco

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a cirurgia redutora de risco do câncer de mama, ainda que bastante controversa, foi amplamente noticiada quando a atriz Angelina Jolie revelou tê-la realizado, de fevereiro a abril deste ano, para a prevenção de câncer nas mamas, uma vez que possuía antecedentes familiares da doença e 87% de risco de desenvolver o câncer de mama. Porém, a cada dia aumenta mais a demanda nos consultórios dos cirurgiões plásticos de pacientes solicitando a retirada das mamas, com o objetivo de prevenir tumores futuros.

Estimativas da entidade apontam que houve aumento de cerca de 50% da procura nos consultórios médicos por pacientes que querem se prevenir. De acordo com o mastologista, José Ricardo Rodrigues, esta é uma medida bem aceitável somente quando existe o risco de desenvolver o câncer de mama. "Existem mulheres que têm alto risco de câncer, mas são aquelas que tiveram na família uma parente muito próxima com o tumor na mama, como mãe, irmãs, filhas e primas, ou mesmo o pai com câncer de mama. Essas mulheres têm um risco maior. E há ainda mulheres que possuem uma mutação em um dos dois genes BRCA1 ou BRCA2. Neste caso, elas também têm grande chance de desenvolver a doença”, explica.

Além disso, o especialista destaca que existem algumas alterações na mama que são precursoras do câncer, como carcinoma in situ ou hiperplasia atípica do duto mamário. "Estas mulheres também têm uma grande chance de vir a desenvolver o câncer de mama e, por conta disso, essa é uma medida aceitável, em que, além da cirurgia, ela poderia, eventualmente, tentar fazer a prevenção através da administração de alguns medicamentos considerados antiestrogênicos, que também conseguem reduzir a probabilidade de a mulher desenvolver o câncer”, esclarece.

No entanto, este tipo de cirurgia não elimina 100% do risco de desenvolver o câncer de mama. O mastologista Leandro Ovidio Facure de Vito alerta que a medida não deve ser vista como moda e nem considerada uma forma de prevenção. Além disso, a decisão pela mastectomia redutora de risco é a última alternativa para combater o câncer de mama e, mesmo assim, inúmeros fatores devem ser levados em consideração. Leandro de Vito ressalta que a decisão não pode ser emocional e deve ser tomada em conjunto com uma equipe médica multiprofissional, composta por psicólogo, cirurgião plástico, oncologista, entre outros médicos. Embora seja pouco comum no Brasil, existem recomendações para a cirurgia. "Mulheres que têm a mutação no gene, com biópsia prévia de algum tipo de carcinoma in situ na mama, forte antecedente familiar, ou seja, caso de câncer em mãe ou irmã na pré-menopausa, são fatores de consenso para os quais está indicada a mastectomia redutora de risco. E desde que seja feita antecipadamente uma abordagem multiprofissional, não basta simplesmente querer”, afirma.

Fonte: Oncoguia

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Câncer de mama atinge cada vez mais mulheres jovens

Todos os anos, cerca de 8 milhões de pessoas morrem no mundo inteiro com câncer. Só no Brasil, em 2012 foram registrados 518,5 mil casos. Um dado alarmante é que o câncer de mama matou, no mesmo período, 52.680 mil pessoas. Os números não param de assustar e crescer a cada ano. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), dos 520 mil novos casos de câncer no país esperados para este ano, quase 50 mil serão de mama.

PREVENÇÃO E CUIDADOS - O assunto é mais grave do que se pensa. Segundo o site da Young Survival Coalition (principal organização mundial dedicada ao combate de câncer em mulheres jovens), mais de 250 mil mulheres diagnosticadas anualmente com câncer de mama nos Estados Unidos têm menos de 40 anos e cerca de 1200 nessa faixa etária morrem. Um dos motivos seria que não existem aparelhos adequados suficientes para identificar o tumor em mamas jovens e densas. Quando se rastreia, o câncer já está em estágio avançado e com risco mínimo de sobrevivência.

De acordo com a oncologista Carolina Rutkowski, da Oncomed de Belo Horizonte, a melhor forma de descobrir a doença com menos de 30 anos é a ultrassonografia. “As mulheres têm ouvido e visto muito sobre a ressonância magnética das mamas. Entretanto, este exame não é recomendado para triagem suplementar devido à densidade da mama, uma vez que tem uma alta taxa de falsos positivos, levando assim a muitas biópsias desnecessárias”, diz.

De acordo com a especialista, o exame tem indicações precisas e somente o médico mastologista pode indicá-lo. "É muito importante que todas as mulheres, busquem conhecer seu corpo e, caso identifiquem nódulos ou qualquer tipo de alteração em suas mamas, procurem imediatamente o médico especialista”, completa.

CASO ANGELINA - A médica explica que a mastectomia profilática, feita pela atriz Angelina Jolie, não é indicada para todas as mulheres. O procedimento consiste na retirada das duas mamas com o objetivo de prevenir uma futura ocorrência de malignidade em pacientes de alto risco (Marie Claire já falou antes sobre o assunto.

“Esse tipo de mastectomia não consegue produzir uma proteção de 100%, por mais radical que seja, porque pequenas quantidades de tecido mamário permanecem sob a pele”, diz a oncologista. Segundo a especialista, em 2006 saiu um parecer publicado pelo Instituto Nacional do Câncer posicionando-se contra esta conduta. "Eu, particularmente, acho que deve ser sempre uma escolha de cada um, considerando que cada mulher tem riscos, angústias e histórias diferentes. Defendo que, ao aplicar a melhor interpretação dos dados científicos disponíveis, caso a caso, seremos capazes de chegar à melhor conduta para cada paciente”.

OUTUBRO ROSA - O movimento foi criado nos anos 90 na Corrida pela Cura, em Nova York, e ganhou destaque em 1997, nas cidades de Yuba e Lodi, na Califórnia. Desde então, várias cidades no mundo fazem campanhas todo mês de outubro para conscientização da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Famosas no mundo inteiro vestem a camisa da causa, como a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, a apresentadora Sabrina Sato e as tops Alessandra Ambrósio e Ana Claudia Michels. Marie Claire também apóia a campanha e, toda terça-feira, vai mostrar uma história de coragem de mulheres que se importam com a causa ou descobriram a doença jovens e lutaram contra ela.


Fonte: Marie Claire

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Outubro rosa: mês da conscientização do câncer de mama

O Outubro Rosa é o mês de conscientização e combate do câncer de mama. De acordo com dados mais recentes do Inca (Instituto Nacional de Câncer), em 2010, 12.705 mulheres morreram de câncer de mama.

O movimento que dura o mês inteiro busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.

O nome Outubro Rosa remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas, e instituições públicas.

Iniciado na década de 90, nos Estados Unidos, vários Estados tinham ações isoladas de realizações de mamografia e de detecção do câncer de mama no mês de outubro.

Em 2008, o Outubro Rosa chegou ao Brasil por iniciativa da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama). O movimento prevê ações durante todo o mês em várias cidades do País.

Congresso Nacional ficará rosa
Nesta terça-feira (1º), o Congresso Nacional terá uma iluminação na cor rosa em referência à campanha Acenda sua Consciência. O evento é uma iniciativa da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado Federal e acontece às 18h.

Em Brasília, outros monumentos serão iluminados por iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) e do Governo Federal. Além disso, haverá uma programação especial com exposições, campanhas e bate-papos sobre o câncer de mama.



Fonte: R7