quinta-feira, 27 de junho de 2013

Como falar sobre o câncer com o meu filho?

Diante do diagnóstico do câncer, inúmeras modificações e adaptações na rotina deverão ser feitas por toda a família. Conversar com uma criança ou adolescente a respeito do câncer não é uma tarefa fácil. Alguns pais preferem contar, outros não. É importante lembrar que as crianças e/ou adolescentes têm todo o direito de saber quando alguém de sua família está doente e precisando de ajuda. Elas têm as suas antenas ligadas e conseguem perceber quando algo não está bem.

Quando a verdade lhe é omitida, o seu filho poderá se sentir isolado, preocupado e com medo, excluído das questões familiares. A partir do momento em que seus filhos estão cientes da verdade, eles terão a chance de lhe fazer perguntas sempre que surgirem dúvidas e poderão ser confortados quando sentirem medo. Abaixo selecionamos algumas dicas para você:
Se possível, escolha um momento ideal e um lugar tranquilo para conversar com os seus filhos.
Explique de maneira simples e verdadeira.
Use linguagem simples e adequada, escolhendo palavras que já façam parte do vocabulário deles.
Responda a suas questões a medida que elas forem surgindo. Seja honesto (a) com relação aquilo que você não sabe.
Procure não distorcer a verdade, com intenção de evitar perguntas difíceis ou embaraçosas. Se ele lhe fizer uma pergunta que você não saiba responder, diga: Não sei, mas podemos tentar descobrir a resposta juntos.
Expressar uma atitude de confiança e esperança a respeito da doença e seus tratamentos ajudará a criança a desenvolver essa atitude em si mesma, além de fazê-la sentir-se mais segura e apoiada.


Fonte: Oncoguia 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Reino Unido fornecerá tratamento preventivo contra o câncer de mama

Cerca de meio milhão de mulheres britânicas com risco de desenvolver câncer de mama serão elegíveis para um tratamento preventivo através do serviço público de saúde (NHS), de acordo com as novas diretrizes médicas divulgadas nesta terça-feira (25).

O câncer de mama é o mais comum no Reino Unido e cerca de uma em cada cinco pacientes que contraem a doença tem antecedentes familiares.

O Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (Nice, na sigla em inglês), que elabora as diretrizes de atuação para os funcionários do NHS, acredita que o tratamento preventivo com um comprimido diário de tamoxifeno ou raloxifeno por cinco anos pode reduzir o risco da doença entre 30% e 40%.

Com isso, reduz também o número de cirurgias "grandes e traumáticas", como a mastectomia dupla, à qual se submeteu recentemente a atriz Angelina Jolie, de 37 anos, para combater um risco genético elevado, em seu caso de 87%. Além disso, o tratamento preventivo permitirá que o NHS poupe verbas significativas neste momento de cortes nos serviços públicos.

O tamoxifeno tem sido utilizado há 40 anos no Reino Unido para o tratamento de câncer da mama, enquanto que o raloxifeno é utilizado especialmente para combater a osteoporose na menopausa. Nenhum dos dois é aprovado como um tratamento preventivo no Reino Unido, mas nos Estados Unidos "as evidências mostram que ambos os tratamentos são igualmente eficazes na prevenção do câncer de mama", ressalta o Nice.

Público-alvo
O tratamento preventivo será proposto às mulheres a partir de 35 anos de idade, com risco moderado ou alto de desenvolver este câncer. O professor Gareth Evans, um dos especialistas que ajudou a desenvolver as recomendações, indicou que este tratamento será um "avanço" que pode salvar as mulheres do "estresse e do trauma do diagnóstico, e potencialmente da radioterapia e da quimioterapia".

Cerca de 50 mil mulheres e 400 homens morrem a cada ano no Reino Unido por câncer de mama, de acordo com o NICE, cujas recomendações são destinadas apenas para a saúde pública na Inglaterra e no País de Gales.


Fonte: G1

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Aprenda a fazer o auto exame da pele

Todos sabem que principalmente no verão os índices de radiação atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos, onde ocorre exposição à radiação UVA/UVB E IR (infravermelho). Esta exibição, ao longo dos anos, pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa. Com uma exposição solar frequente, seja por lazer ou ocupacional, muitas vezes, as pessoas não percebem a medida da exposição ao sol silencioso no trabalho de campo, no dirigir ou andar na rua. Portanto, morar num país como o nosso e com níveis de radiação tão altos, a realização do autoexame dermatológico está indicada para todos.

O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, aquelas que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, possuem mais de 50 pintas, tomaram muito sol antes dos trinta anos e sofreram queimaduras, têm lesões em áreas de atrito, como área da peça intima, soutien, palma das mãos, planta dos pés e área do couro cabeludo. A indicação também vale para as pessoas que apresentam muitas sardas e manchas por exposição solar anterior, já retiraram pintas com diagnóstico de atípicas, não se bronzeiam ao sol, e consequentemente acabam adquirindo a cor vermelha com facilidade e apresentam qualquer lesão que esteja se modificando. Para a Dra. Claudia Marçal, dermatologista da Clínica Cariz, "podemos realizar este procedimento com certa regularidade, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza".


"Este tipo de cuidado de rotina, principalmente para quem tem a pele muito clara e com muitas pintas, promove consciência e aguça o olhar sobre as lesões, aumentando a percepção de mudança ou seu crescimento", alerta Dra. Claudia.

Para saber se uma lesão é mais preocupante, normalmente é usada a regra do ABCD (área, borda, cor e diâmetro) sobre pintas com pigmentação. "Dividimos a lesão em quatro partes iguais e comparamos os quadrantes observando a simetria, avaliamos as bordas identificando irregularidade na forma de desenhos circinados, observamos a presença ou não de várias cores compondo esta figura e observamos se apresenta diâmetro acima de 6 mm", comenta Dra. Claudia. Quanto aos sinais clínicos, qualquer lesão que coce, doa ou sangre e que aumente de tamanho com rapidez ou apresente sensibilidade, precisa ser examinada por um dermatologista, que fará então uma dermatoscopia manual ou de preferência digital avaliando a necessidade da retirada cirúrgica.

Além de prevenir o surgimento do melanona, o autoexame, por ser uma avaliação em que o paciente começa a detectar precocemente lesões que apresentam sinais e sintomas diferentes dos habituais ou que estão crescendo, proporciona visitas precoces ao dermatologista que decidirá sobre o tratamento terapêutico em questão com chances maiores de cura. "Outra lesão que hoje é bastante comum, principalmente após a quinta e sexta década de vida são os carcinomas, tanto provenientes da camada basal, como da camada espinhosa da epiderme, que quando diagnosticados também com rapidez trazem 100% de cura ao paciente", informa a dermatologista. A grande maioria destas alterações tem componente genético, pelo tipo de pele herdada, mas tem como gatilho principal a exposição solar crônica sem a proteção solar adequada. "Todos os pacientes devem aplicar FPS diariamente antes de sair de casa, principalmente quando em contato com o meio e precisam reaplicar pelo menos mais uma ou duas vezes ao dia, evitando assim a perda da saúde e da beleza da pele", recomenda Dra. Claudia.

Fonte: Dra. Claudia Marçal
Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Especialização pela AMB e Membro da American Academy of Dermatology cme na Harvard Medical School.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Estudo prevê 2,8 mil novos casos de câncer no Norte de Minas Gerais

A Secretária de Saúde de Minas Gerais espera que até o final do ano de 2013 sejam diagnosticados cerca de 2,8 mil novos casos de câncer no Norte de Minas Gerais. Segundo a superintendência regional de saúde, a estatística se baseia em dados do ano de 2010.

“A prevalência da doença na região é altíssima, o mais comum nas mulheres é o de mama e útero e nos homens o de pulmão e próstata. Mas o que chama atenção na região é o câncer no esôfago, isso pode se explicar pelo acesso a bebidas alcoólicas e cigarro”, conta a oncologista Priscilla Bernardina Miranda.“Uma grande porcentagem dos casos podem ser prevenidos se diagnosticados com antecedência. Existem ações preventivas para os diversos tipos de câncer, como campanhas de combate ao tabagismo, álcool e melhoria da qualidade de vida”, diz a epidemiologista Catarina Velosos.

A cidade de Montes Claros é referência para toda a região do Norte de Minas no tratamento da doença. A médica explica que o município atende 96% dos casos de toda a região e que existem dois centros para tratamento na cidade, o hospital Dilson Godinho e a Santa Casa.

A médica alerta também sobre a importância da prevenção. “O diagnostico precoce é igual à cura. O câncer não é uma sentença de morte, para isso a pessoa precisa abandonar os vícios, ter uma boa alimentação e praticar atividades físicas”, diz.

Tratamento
Quanto aos tratamentos, a cidade conta com aparelhos de alta tecnologia, que auxiliam no tratamento para a eliminação do tumor.

Em uma clínica de radioterapia na cidade, o sistema informatizado possibilita a detecção do local exato do tumor, impedindo assim que a radiação não atinja outros órgãos.

“A tecnologia me permite pincelar o local exato onde está o tumor, ela é um grande auxílio no tratamento. Dessa forma não atinge outros órgão próximos, que podem ser afetados pela radiação e que podem gerar grandes consequências”, explica a radioterapeuta Lucianne Costa Lima.

Exemplo de força e luta na contra o câncer é o aposentado Marcos Rodrigues, de 60 anos. Ele conta quem em 2008 foi diagnosticado com um câncer de pele na região genital.

“Tudo começou a partir de uma verruga que nasceu no local. Como meus outros quatro irmãos morreram em decorrência do câncer, eu preocupei logo um médico, quando fui diagnosticado com o tumor”, conta.

Na época Marcos passou por 36 sessões de radioterapia e tomava morfina, fármaco utilizado para neutralizar a dor, de quatro em quatro horas. Ele afirma que procurar o médico precocemente foi o que salvou a sua vida.

“Descobrir precocemente foi de extrema importância, eu quase morri, mas hoje estou feliz da vida. Não tem porque ter a doença e ter medo de procurar um médico, não adianta querer se esconder”, diz o aposentado.


Fonte: G1

terça-feira, 18 de junho de 2013

Vírus que provoca câncer de boca e garganta pelo sexo oral poderão ser detectados em exames

Anticorpos para um tipo de vírus que provoca câncer de boca e garganta quando transmitido pelo sexo oral poderão ser detectados em exames de sangue muitos anos antes da instalação da doença, segundo um estudo patrocinado pela Organização Mundial da Saúde.

Em artigo na revista Journal of Clinical Oncology, os pesquisadores disseram que suas conclusões podem levar no futuro a exames preventivos para o papilomavírus humano (HPV), o que permitirá que médicos identifiquem pacientes sob risco elevado de cânceres orais.

“Até agora, não se sabia se esses anticorpos estavam presentes no sangue antes que o câncer se tornasse clinicamente detectável”, disse Paul Brennan, da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (AIPC,ligada à OMS), que comandou o estudo e descreveu as conclusões como “muito encorajadoras”.

“Se esses resultados se confirmarem, futuras ferramentas de triagem poderão ser desenvolvidas para a detecção precoce da doença”, afirmou ele.

O HPV é mais conhecido por causar cânceres genitais e de colo do útero, mas ele é também responsável por um número crescente de casos de boca e garganta, especialmente entre homens.

Neste mês, o ator norte-americano Michael Douglas revelou que o câncer de garganta que o acometeu foi causado pelo HPV transmitido via sexo oral.

Segundo a AIPC, cerca de 30 por cento de todos os cânceres orais estão relacionados ao HPV, principalmente a cepa HPV16. Duas vacinas, fabricadas pelos laboratórios GlaxoSmithKline e Gardasil, podem prevenir contra a infecção.

A nova pesquisa, que teve participação de institutos da Alemanha e EUA, usou dados de um grande estudo chamado Epic, que envolve 50 mil pessoas de dez países europeus, monitoradas desde a década de 1990.

Os pesquisadores observaram que, de 135 pessoas do estudo que desenvolveram câncer, 47 (cerca de um terço) tinha anticorpos E6 contra o HPV16 até 12 anos antes do surgimento de sintomas da doença.

Por telefone, Brennan disse que “quanto mais precoce for a detecção, melhor o tratamento (contra o eventual câncer) e maior a sobrevivência”.

O exame usado no estudo é relativamente simples e barato, e pode ser desenvolvido como uma ferramenta para uso mais generalizado dentro de cinco anos, caso os resultados se confirmem em novos estudos, acrescentou ele.

Brennan alertou, no entanto, que é preciso melhorar a precisão dos testes, já que houve na pesquisa cerca de um por cento de “falsos positivos” para o anticorpo do HPV16.


Fonte: Exame

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ausência de vitamina B17 pode causar câncer

A vitamina B17 pode ser encontrada em quantidades consideráveis nas sementes de damasco, cereja, nectarina, pêssego, maçã, pera e ameixa. Mas existem outro alimentos como amêndoa, macadâmia, fava, amora, cereja, broto de bambu, folhas de alfafa, folha de eucalipto e mandioca.

Embora este tipo de tratamento não seja reconhecido pela FDA (Food and Drug Administration) muitas pessoas tem procurado este meio alternativo na busca da cura e prevenção do câncer.

Função da Vitamina B17 no organismo

Em 1902 o Professor de Embriologia escocês John Beard divulgou sua tese dizendo que as células presentes nos primeiros períodos de gestação não se diferem daquelas presentes em um câncer maligno, todas são chamadas trofoblastos. E que a ação do hormônio estrogênio na gravidez resulta na criação do embrião, mas que no caso deste hormônio agir num local onde há necessidade de regeneração, o resultado são células cancerosas ou também trofoblastos. Ainda que os glóbulos brancos tentem atacar as células cancerosas, eles são repelidos pelo fato de terem a mesma carga elétrica negativa das células cancerosas em sua membrana externa. O organismo envia então a enzima tripsina advinda do pâncreas, que é o único órgão do corpo praticamente imune ao câncer, para exterminar as células cancerosas. Esta enzima é capaz de digerir a membrana externa do trofoblasto expondo-o aos glóbulos brancos que finalmente conseguem aniquilá-las.

No entanto, quando a quantidade de células cancerosas é muito grande, as enzimas não conseguem ter sucesso. É neste momento que a vitamina B17 entra em ação, como se fosse um plano B da natureza para resolver o problema. Essa vitamina é formada por duas moléculas de açúcar, uma de benzaldeído e outra de cianeto. Embora o cianeto seja um poderoso veneno, ele não é liberado no organismo pois nas células saudáveis não há quantidades suficientes desta enzima para que desintegre a vitamina de forma a liberar o cianeto. No entanto, a molécula cancerígena possui uma enzima chamada B-glicosídeo que é capaz de liberar não só o cianeto mas também o benzaldeído que potencializa o efeito uma da outra em cem vezes exterminando drasticamente as células cancerosas. Incrivelmente, as células saudáveis possuem uma enzima que às protege da ação das moléculas venenosas transformando o cianeto e o benzaldeído em substâncias benéficas para o organismo.


Fonte: Epoch Times

terça-feira, 11 de junho de 2013

Consumo de gordura vegetal diminui o risco de propagação do câncer de próstata

Homens diagnosticados com câncer de próstata devem substituir carboidratos e gordura de origem animal, presente na carne vermelha e em alimentos processados, por exemplo, por gordura vegetal, encontrada no azeite de oliva, nozes, abacate e outros ingredientes. Segundo um novo estudo americano, essa troca reduz a chance de propagação da doença e o risco de morte por qualquer causa em um período de nove anos. Os resultados dessa pesquisa foram publicados nesta segunda-feira no periódico JAMA.

Substituição — A cada quatro anos, os participantes responderam um questionário sobre seus hábitos alimentares. Com isso, os pesquisadores queriam tentar estabelecer uma relação entre a alimentação e os quadros de saúde de cada um. Eles concluíram que os homens que substituíram 10% das calorias que consumiam diariamente vindas de gordura animal e carboidratos por gorduras ‘saudáveis’ apresentaram um risco 29% menor de morrer em consequência da propagação do câncer de próstata. Esses pacientes também tiveram 26% menos chances de morrer por outro motivo em comparação com aqueles que não fizeram essa troca.O estudo foi feito com 4.577 homens diagnosticados com câncer de próstata não metastático (que não havia se espalhado pelo corpo) que foram acompanhados durante oito anos, em média. Ao longo da pesquisa, 1.064 participantes morreram – 31% devido a alguma doença cardíaca; 21% em consequência do câncer de próstata; 21% devido a outro tipo de câncer; e o restante, por causas variadas.

“Podemos dizer com certeza que ser obeso aumenta o risco de morrer por câncer de próstata. Esse novo estudo nos dá algumas pistas em relação a isso, mostrando que substituir gordura animal por vegetal contribui com a redução desse risco”, escreveu Stephen Freedland, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, em um editorial que acompanhou a pesquisa.

“A principal mensagem do trabalho é que o consumo de gorduras saudáveis e nozes pode ter um efeito protetor entre homens”, diz Erin Richman, pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Bioestatísticas da Universidade da Califórnia, San Francisco.

Por enquanto, os achados da pesquisa foram estatísticos – ou seja, os pesquisadores observaram maior prevalência de mortes entre os homens que não fizeram essa substituição na alimentação. De acordo com Richman, o próximo passo de sua equipe é realizar um estudo que olhe de que maneira as gorduras saudáveis afetam diretamente os tumores na próstata.


Fonte: Veja

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pesquisa conseguiu identificar a possível origem do câncer de mama

Uma nova pesquisa conseguiu identificar a provável origem do câncer de mama. O estudo, publicado nesta terça-feira na edição inaugural do periódico Stem Cell Reports, investigou amostras de tecido mamário de mulheres saudáveis para identificar quais seriam as células mais propensas a originar o câncer de mama. Eles descobriram, então, que uma classe específica de células normais que dão origem ao tecido mamário tem estruturas menores do que as normais. Em função dessa diferença estrutural, essas células estariam mais propensas a mutações que dão origem ao câncer de mama. Os resultados do estudo poderão ajudar na identificação de pacientes com risco elevado de desenvolver esse tipo de câncer, além de estratégias para o tratamento e prevenção da doença.

Resultados — No estudo, descobriu-se que as células precursoras luminais (que dão origem ao tecido mamário) apresentam telômeros (as extremidades dos cromossomos) muito curtos. Como a função dos telômeros é evitar problemas com o material genético durante a divisão celular, essas células são mais propensas a ter mutações durante o processo de divisão. Essas mutações seriam as responsáveis pelo desenvolvimento do câncer.O estudo, realizado em conjunto por instituições de pesquisa do Canadá, Estados Unidos e Países Baixos, foi realizado com tecido mamário normal doado por 37 mulheres que realizaram cirurgia de redução de mamas para fins estéticos.

“Esse é o primeiro relato de um tipo de célula precursora humana, considerada normal, que apresenta essa disfunção nos telômeros”, afirma Connie Eaves, pesquisadora do laboratório Terry Fox, no Canadá, e uma das autoras do estudo.

A pesquisa ressalta a importância de estudar tecidos humanos saudáveis como uma forma de identificar a origem celular do câncer e os fatores que contribuem para seu desenvolvimento. David Gilley, pesquisador da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e coautor do estudo, acredita que um próximo passo seja verificar se essa descoberta se aplica apenas ao câncer de mama, ou se trata de um fenômeno geral.


Fonte: Veja

terça-feira, 4 de junho de 2013

Principal vírus causador do câncer de colo do útero é identificado

 O papilomavírus (HPV) é um vírus sexualmente transmissível e o principal causador do câncer de colo do útero e, em menor medida, de garganta.

Segundo o Instituto Pasteur, centro francês de pesquisas sobre saúde, existem mais de 150 tipos de papilomavírus, dos quais cerca de 20 podem estar na origem "de anomalias celulares, lesões pré-cancerosas e cânceres", principalmente do colo do útero.

Nos outros casos, trata-se de um vírus benigno que geralmente desaparece sozinho. Pode provocar verrugas (ou condilomas) nos órgãos genitais masculinos e femininos.

As primeiras suspeitas sobre o papel do HPV no aparecimento do câncer de colo do útero remontam a cerca de 30 anos atrás, mas as pesquisas realizadas posteriormente confirmaram amplamente as suspeitas, pois em 2010, um estudo publicado pela revista Lancet Oncology estimou que oito tipos de papilomavírus eram responsáveis por 90% dos cânceres de colo de útero.

Para evitar este câncer, nos últimos anos, vacinas destinadas a meninas, antes de iniciada a vida sexual, foram lançadas no mercado. A prevenção se baseia também na detecção das lesões pré-cancerosas através da realização regular do exame Papanicolau, que se tornou popular e causou uma redução da mortalidade vinculada ao câncer.

Mas o papilomavírus pode igualmente estar na origem de outros tipos de câncer, sendo responsável por 85% dos cânceres anais e 50% dos cânceres de vagina, vulva e pênis, e por 30% dos de garganta, dos quais 20% são cânceres de orofaringe (parte da faringe situada atrás da boca) e por 10% dos cânceres do sistema aerodigestivo superior, segundo informações publicadas pelo Instituto Pasteur no site info-hpv.fr.

Segundo estudo realizado na Suécia, o número de novos casos de câncer de amígdala resultantes de uma infecção vinculada ao papilomavírus teria se multiplicado por em 30 anos.

Em 2010, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta (CDC) manifestou sua preocupação com o aumento contínuo dos casos de câncer da cavidade bucal ligados a infecções de papilomavírus transmitidos por contato buco-genital. Estes cânceres costumavam ser atribuídos, principalmente, ao tabaco e ao álcool.


Fonte: Info Online