quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Grã-Bretanha testa vacina contra câncer no cérebro

O primeiro paciente europeu recebeu o tratamento no hospital King’s College, em Londres. Robert Demeger, 62, foi diagnosticado da doença neste ano.

O King’s College faz parte de um grupo de mais de 50 hospitais – os outros estão nos Estados Unidos – que estão testando o tratamento.A vacina é personalizada e foi desenvolvida para ensinar o sistema imunológico a lutar contra as células de um tumor.

Demeger, um ator de televisão e teatro, teve que desistir de seu papel de Otelo, no aclamado Teatro Nacional, depois que começou a ter convulsões.
Otelo

Ele disse que chegou a ter um substituto, para o caso de se sentir mal no palco, mas não precisou usar esse recurso.

"Eu fui diagnosticado com um tumor no cérebro e marcaram uma cirurgia em uma questão de dias".

Porém, antes de sua operação ele foi convidado para ser o primeiro paciente na Europa a participar do experimento internacional.
Vacina

Cirurgiões removeram o máximo possível de seu tumor – que foi depois levado a um laboratório onde foi incubado com células dendríticas (células imunológicas tiradas de seu sangue).

O objetivo foi ensinar as células a reconhecer o tumor. A vacina personalizada que resultou do processo foi injetada no braço dele, com a esperança de que aquelas células treinariam o sistema imunológico dele sobre como localizar e destruir o câncer.

Ele receberá dez doses da vacina nos próximos dois anos.

Keyoumars Ashkan, um neurocirurgião do King’s College, está liderando a parte britânica da pesquisa. Ele diz que há uma grande necessidade de novos tratamentos para o câncer de cérebro.
Glioblastoma

"Mesmo que um tumor pareça igual em dois pacientes, na realidade ele varia muito".

"Por isso, a terapia padrão provavelmente não é a melhor. Há uma necessidade de fornecer tratamento individualizado baseado no tipo de câncer de cada paciente".

O tratamento envolve pacientes com glioblastoma, a forma mais agressiva de um tumor primário de cérebro, que afeta cerca de 1.500 pessoas por ano na Grã-Bretanha.

A média de sobrevivência desses pacientes é de 12 a 18 meses. Dois estudos anteriores menores da terapia DCVax, nos Estados Unidos, descobriram que o tratamento aumentava essa sobrevida para três anos, sem efeitos colaterais. Vinte pacientes participaram dos testes e dois deles estão vivos há mais de dez anos.

Ashkan ressaltou que a atual pesquisa, que envolverá 300 pacientes, é necessária para mostrar se o tratamento é realmente eficiente. Metade deles receberá a vacina real e os demais tomarão placebos.

"Até obtermos os resultados desta pesquisa não saberemos se a terapia deve ser oferecida a todos os pacientes", ele disse.

Demeger afirma que está encantado em fazer parte dessa pesquisa. "Qualquer coisa que me dê uma chance melhor, mas também por outros fatores, vale a pena participar disso".
Fala

A cirurgia para remover o câncer afetou sua fala, porque o tumor estava localizado próximo da parte do cérebro que lida com a linguagem.

Assim Demeger, que tinha a voz como seu meio de vida, teve que reaprender a se comunicar.

"Eu adoraria voltar a atuar. Esse é o meu trabalho".

"Tenho trabalhado com um terapeuta da fala e com o chefe das vozes no Teatro Nacional".

"Não sei se poderei voltar aos palcos em semanas ou meses, mas estou esperançoso".

Cientista olha para exames de cérebro (foto: PA)


Fonte: BBC

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Estudo comprova que crianças fumantes passivas chegam a 51% no Brasil

Um estudo sobre o tabagismo passivo revelou que 51% das crianças de até 5 anos são consideradas fumantes passivas por causa do vício dos pais. A pesquisa foi coordenada pelo diretor do Ambulatório de Drogas do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Lotufo. Segundo a pesquisa, essas crianças desenvolvem mais otites, bronquites, rinites, asma e duas vezes mais morte súbita quando comparadas com as de pais não fumantes.

Segundo ele, a pesquisa foi feita com a urina do fumante e de alguém da família que não fuma quando foi constatada a presença de nicotina também no sangue dos fumantes passivos.
"O fumante passivo também corre o risco de dependência e de inflamação das mucosas. Todos os que têm tendência a desenvolver doenças como as otites, rinites, bronquites, asma, vão sofrer e ter mais problemas. Nesses casos a mucosa já é inflamada e com a fumaça isso piora muito”.

Ele destacou que muitos pais alegam que fumam fora de casa para não prejudicar os filhos, mas isso não adianta, pois o cheiro do cigarro fica no corpo e nas roupas do fumante e, consequentemente, as crianças acabam respirando isso. "Só o cheiro já é motivo de inflamação. Sem dúvida é melhor fumar fora, mas o ideal é parar de fumar. Pelo menos 305 de quem vem ao ambulatório para parar de fumar, tem como motivação os filhos”.

Lotufo observou que depois que São Paulo aprovou a Lei Antifumo houve diminuição dos casos de doenças cardiocirculatórias. "Infelizmente são só sete estados que tem essa lei em vigor. O Brasil ainda não é um ambiente livre de fumaça, mas a lei que abrange todo o país já foi aprovada, mas ainda não regulamentada. Estamos em um movimento para que ela ente em vigor o quanto antes”.




Fonte: Oncoguia

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

14 milhões de pessoas no mundo têm câncer

Os dados revelam um aumento acentuado em relação a 2008, quando 12,7 milhões foram registrados.

Segundo a OMS, a maior incidência do câncer vem sendo impulsionada por uma rápida mudança no estilo de vida dos países em desenvolvimento, que cada vez mais se assemelha ao dos países industrializados.Nesse período, o número de mortes também cresceu, de 7,6 milhões para 8,2 milhões.

Também contribuíram para uma elevação do número de casos o aumento nas taxas de tabagismo e de obesidade, bem como o crescimento da expectativa de vida.

O câncer de pulmão, que é causado principalmente pelo fumo, foi o tipo de câncer mais comum no mundo, com 1,8 milhões de casos - cerca de 13% do total.

Câncer de mama


A OMS também chamou atenção para um "forte aumento" nos casos de câncer de mama. Tanto a incidência e mortalidade da doença vêm aumentado desde 2008.

Segundo a entidade, o câncer de mama já é o tipo mais comum de câncer em mulheres em 140 países.

Para David Forman, da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer da OMS, "o câncer de mama é também a principal causa de morte por câncer nos países menos desenvolvidos do mundo .

"Isto deve-se, em parte, a uma mudança no estilo de vida dessa população. Além disso, os avanços clínicos para combater essa doença não atingem as mulheres que vivem nessas regiões."

A OMS destacou ainda a "necessidade urgente" para os avanços na detecção, diagnóstico e tratamento de câncer de mama a serem implementados em países em desenvolvimento.

A entidade prevê que o número de casos de câncer vai subir para mais de 19 milhões por ano até 2025.

Fonte: BBC

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Convite para palestra De Peito Aberto

Os criadores do projeto De Peito Aberto, Vera Golik e Hugo Lenzi,  convidam a todos para participar da próxima palestra, no dia 17 de dezembro, às 14h00 no Hospital Municipal do Campo Limpo, SP. Esperamos todos vocês por lá! Chamem os amigos e compartilhem!


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Novo tratamento contra a leucemia conseguiu eliminar a doença

 Médicos relataram neste sábado, 07,  em uma conferência da Sociedade Americana de Hematologia, em Nova Orleans, um tratamento considerado grande avanço contra a leucemía e outros tipos de câncer no sangue: uma terapia genética que já foi testada com sucesso em mais de 120 pacientes com vários tipos de leucemia, linfoma e outros tipos de câncer.

O tratamento remove leucócitos (células brancas de sangue) do paciente, os altera em laboratório para que contenham um gene que ataca a doença, e depois as reinjetando no paciente.

Em um estudo, todos os cinco adultos e 19 das 22 crianças com um tipo de leucemia tiveram remissão completa da doença, o que significa que o câncer não foi mais encontrado em seus organismos depois do tratamento.


leucemia


Fonte: Oncoguia

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Canadá alerta sobre remédio contra câncer que causa reações na pele

Autoridades médicas do Canadá divulgaram comunicado esta semana informando que o medicamento Xeloda, usado no tratamento de câncer avançado de mama e colo, está ligado a graves reações dermatológicas

Utilizado após a retirada do tumor, Xeloda pode provocar "graves reações na pele", advertiu o ministério canadense da Saúde.

Pacientes que tomaram o medicamento sofreram a Síndrome Stevens-Johson ou necrose epidérmica, uma doença da pele que mata as células e faz com que a epiderme e a derme se separem.

Os sintomas mais comuns são febre, coceira, ulceração na boca, dor e manchas que acabam virando bolhas, além de inchaço nos olhos.

O ministério pede aos pacientes que tomaram Xenoda que entrem "imediatamente" em contato com o médico se apresentarem qualquer destes sintomas.

O laboratório suíço Hoffman-La Roche, que produz o medicamento, informou que trabalha com as autoridades médicas do Canadá para atualizar as informações sobre o Xeloda, mas destacou que tais reações são "muito raras".


Fonte: G1

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Aumento no número de casos de câncer de cólon e reto preocupa especialistas

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgaram, na última semana, uma previsão que preocupa os especialistas: o aumento no número de casos de câncer de cólon e reto no país. De acordo com a "Estimativa 2014 - Incidência de câncer no Brasil", serão afetadas 17.530 mulheres e 15.040 homens.

Entre as brasileiras, a marca superará a dos casos de colo de útero pela primeira vez, ficando atrás apenas dos cânceres de mama e de pele não melanoma. Já os homens sofrerão maior incidência dos cânceres de pele, próstata e pulmão. Considerando que o de pele raramente é letal, o quadro muda. No total, com todos os tipos da doença, são previstos 576.580 novos casos.

No anúncio da estimativa, em Brasília, o Ministério da Saúde informou que ouvirá especialistas antes de adotar medidas de rastreamento e diagnóstico do câncer colorretal, como o aumento dos exames de fezes para verificar a presença de sangue. O exame mais apurado, a colonoscopia, reconhece a lesão e, quando esse pólipo benigno é retirado do intestino, pode eliminar o risco da doença. Para os médicos, em função da incidência da doença, um rastreamento populacional com a pesquisa de sangue oculto (exame imunológico) é mais do que urgente.

Colonoscopia e vida saudável são fundamentais para a prevenção

Sempre que possível recomenda-se a realização da conoloscopia, principalmente após os 50 anos, para pacientes sem risco genético da doença. O oncologista Roberto Gil observa que, nas pessoas com histórico de câncer na família, o exame pode ser antecipado.

"Não adianta só o exame de sangue oculto nas fezes na detecção do problema, é necessário complementá-lo com a colonoscopia, para os indivíduos que precisarem. Mas hoje, tanto no atendimento público como na saúde suplementar, a colonoscopia é difícil de ser realizada", afirmou o especialista.

"Existe uma lacuna entre a necessidade do exame e a sua efetiva realização. É preciso investir no fluxo completo dos exames, não basta fazer o primeiro levatamento para determinar quem precisa passar à outra fase sem dar sequência ao atendimento", avisa Roberto Gil, que atua no Inca e na Oncoclínica, no Rio de Janeiro.

Especialista em câncer na região gastrointestinal, o médico explica que a projeção no aumento de casos de cólon e reto pode estar relacionada a vários fatores externos, como hábitos alimentares não saudáveis. "Os cuidados com a alimentação e a qualidade de vida são fundamentais. Uma dieta saudável e a prática de exercícios podem diminuir os riscos a que todos nós estamos expostos", diz Roberto Gil.