quarta-feira, 15 de abril de 2015

Alterações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 não devem ser considerados diagnósticos para câncer de ovário

A atriz americana Angelina Jolie fez uma cirurgia para retirar seus ovários devido à presença de alterações nesses dois genes. Especialista do Centro de Genomas - laboratório referência no estudo genético - afirma, entretanto, que outros fatores e genes devem ser avaliados também e, portanto, não há motivo para desespero.

A norte-americana Angelina Jolie (39 anos) anunciou que se submeteu a uma cirurgia preventiva para retirar os ovários e as trompas de Falópio, dois anos após uma dupla mastectomia também preventiva, cujo objetivo é a remoção completa da mama. A atriz disse em um artigo publicado no jornal "New York Times" que perdeu a mãe, a avó e uma tia em decorrência do câncer. A atriz recorreu à cirurgia depois que um mapeamento genético mostrou mutação no gene BRCA 1 - que representa um risco de 87% de desenvolvimento de câncer de mama e 50% de sofrer câncer de ovário.

Vale explicar que o DNA é formado por genes - segmentos que contêm informações sobre as características de cada pessoa, como a cor dos olhos, cabelos, altura e a pré-disposição a desenvolver determinadas patologias ao longo da vida. Os genes BRCA 1 e BRCA 2, desta forma, estão envolvidos nos mecanismos de reparo das células e, portanto, agem como "supressores" do desenvolvimento de tumores. A Dra. Michelle Vilhena, Médica Patologista do Centro de Genomas® - que é referência no Brasil em exames genéticos - confirma que, quando um deles perde a sua "capacidade protetora", o indivíduo fica vulnerável ao aparecimento de tumores malignos, como o câncer de mama, de ovário e câncer de próstata.

"Do total de casos de pacientes com câncer de mama e ovário, de 5 a 10% são hereditários. A suscetibilidade hereditária aos cânceres de mama e ovário é causada principalmente por mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2. O modo de transmissão é autossômico dominante, quer dizer, as mutações nesses genes podem ser passadas de uma geração para outra, o que explica a existência de famílias com história de câncer de mama, ovário e outros cânceres, como próstata e de intestino grosso", comenta a médica. Porém, a especialista alerta que esses marcadores não são determinantes à doença.

Pré-disposição não é diagnóstico

Atualmente, existem testes para identificar a presença de mutações nos genes BRCA1 e BRCA 2 (realizados pelo próprio Centro de Genomas®), o que ajuda a identificar de forma precoce - e quando há indicação - as mulheres mais susceptíveis aos cânceres de mama e ovário, como fez a atriz norte-americana. No entanto, nas mulheres que não apresentam câncer de mama ou ovário, a especialista afirma que esses marcadores genéticos - quando presentes - não indicam a certeza do surgimento do câncer, apenas indicam um risco aumentado de desenvolver a doença. Outros exames complementares e fatores ambientais aos quais o paciente está submetido devem ser levados em conta, assim como, mesmo que não haja alterações nesses genes, não significa que o paciente não possa vir a desenvolver um câncer.

"Outros genes devem ser analisados também como, por exemplo, o P53, CHECK2, ATM e PTEN. Esses genes também estão associados com o risco de desenvolvimento de câncer de mama. Dessa forma, é de grande importância a realização de um aconselhamento genético durante a investigação de alterações no BRCA 1 no BRCA 2, assim como em todos esses genes", afirma a médica.

Segundo diretrizes da NCCN (National Comprehensive Cancer Network), estudos dos genes BRCA1 e BRCA2 devem ser indicados para pacientes com:
*Diagnóstico de câncer de mama antes dos 45 anos;
*Diagnóstico de câncer de mama antes dos 50 anos com um familiar com câncer de mama antes de 50 anos ou um familiar com câncer de ovário em qualquer idade;
*Dois casos primários de câncer de mama, sendo o primeiro diagnosticado antes dos 50 anos;
*Diagnóstico de câncer de mama em qualquer idade com dois familiares próximos com câncer de mama ou ovário;
*Diagnóstico de câncer de mama em qualquer idade com familiar próximo do sexo masculino com câncer de mama;
*Diagnóstico de câncer de ovário em qualquer idade;
*Paciente do sexo masculino com câncer de mama em qualquer idade;
*População com risco aumentado (Judeus Ashkenazi).

Fonte: Holding Comunicação

terça-feira, 7 de abril de 2015

Anvisa aprova medicamento que aumenta sobrevida em pacientes com um tipo de leucemia crônica

GAZYVA® demonstrou 53% de redução no risco de morte em pacientes com leucemia linfocítica crônica, se comparado ao tratamento apenas com quimioterapia;

Medicamento é o primeiro aprovado pela FDA, agência regulatória americana, com o selo de liberação prioritária devido à eficácia (Breakthrough Therapy Designation) para leucemia linfocítica crônica e pertence a uma nova classe de biológicos indicado para tratamento da doença.

Pessoas diagnosticadas com leucemia linfocítica crônica (LLC), a forma mais comum de leucemia em adultos e um tipo de câncer no sangue que envolve os linfócitos (glóbulos brancos que ajudam a combater infecções), terão uma nova opção de tratamento no Brasil: o GAZYVA® (obinutuzumabe). O medicamento acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Fabricada pela Roche, trata-se da primeira droga em uma nova classe de biológicos indicada para o tratamento de LLC em pacientes não tratados previamente, com comorbidades (outras doenças associadas) e inelegíveis a fludarabina.

A aprovação de GAZYVA® (obinutuzumabe) é baseada no estudo CLL 11 de fase III, que apresentou resultados positivos: o medicamento aumentou em 13,8 meses a sobrevida livre de progressão da doença, em comparação com MabThera® (rituximabe)¹, e em 18,8 meses em comparação com clorambucil (um tipo de quimioterapia). Além disso, reduziu as chances de risco de morte em 53% quando comparado apenas à terapia com clorambucil¹. Os dados da pesquisa clínica, que contou com cerca de 780 pacientes no mundo, foram publicados pela revista científica internacional Leukemia.

Esperado pela classe médica brasileira, GAZYVA® (obinutuzumabe) é um anticorpo monoclonal modificado por glicoengenharia, que atua em conjunto com o sistema imunológico e ataca as células que possuem certos marcadores na superfície. Associado às células de defesa do organismo, essa molécula potencializa a capacidade de provocar a morte das células cancerosas.

Já aprovado pelos principais órgãos regulatórios mundiais, como Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e European Medicines Agency (EMA), na Europa, o medicamento recebeu o título de “Descoberta do Ano” por seu mecanismo de ação inovador, concedido pela Sociedade Britânica de Farmacologia (BPS).

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a LLC representa mais de 30% de todos os tipos de leucemias, sendo 70% dos casos em adultos. Aproximadamente 95% das pessoas diagnosticadas têm mais de 50 anos. Pacientes com a doença apresentam linfócitos anormais, que se acumulam no sangue e na medula óssea. Ao longo do tempo, estas células anormais se aglomeram sobre as células saudáveis e o resultado é a diminuição de glóbulos brancos normais, vermelhos e plaquetas. Isto leva a problemas como infecção, anemia, excesso de hematomas e sangramento. Linfócitos anormais também podem se acumular nos gânglios linfáticos, fígado, ou baço, ocasionando inchaço destes órgãos.

Fonte: Imagem Corporativa

terça-feira, 31 de março de 2015

Aspirina pode reduzir o risco de morte pelo câncer de próstata de alto risco

Em recente análise de um grande banco de dados de uma clínica, o uso da aspirina foi associado à queda de 57% dos casos de morte pelo câncer de próstata entre os homens diagnosticados com esse tipo de câncer não metastático. No entanto, a informação sobre essa associação ainda é limitada.

A análise incluiu homens diagnosticados com câncer de próstata não metastático entre a inscrição no Cancer Prevention Study - II Nutrition Cohort em 1992 ou 1993 e junho de 2009. O uso de aspirina foi relatado no início do estudo, em 1997, e depois a cada dois anos.

Durante o acompanhamento ao longo de 2010, houve 441 mortes por câncer de próstata entre 8.427 casos desse tipo de câncer com a informação do uso de aspirina ao rastreio e 301 mortes entre 7.118 casos de câncer de próstata com a informação do uso de aspirina pós-diagnóstico.

"Como o uso de aspirina foi benéfico nos pacientes com tumores de alto risco, os quais também estão associados a fatores de risco cardiovasculares, há a possibilidade de haver interação entre a prevenção de doenças relacionadas ao coração e à próstata", explica o urologista do Instituto do Câncer de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês, Daher Chade.

Em comparação com a não utilização de aspirina, nem o rastreio nem o uso diário de aspirina pós-diagnóstico foram estatisticamente significantes se associados ao câncer de próstata não metastático.

Em relação ao rastreio, a taxa de risco multivariada ajustada foi de 0,92, sendo que o uso pós-diagnóstico foi de 0,98. No entanto, entre os homens diagnosticados com câncer de alto risco, o uso diário pós-diagnóstico de aspirina foi associado com menor câncer de próstata não metastático, sendo que a taxa de risco multivariada ajustada foi de 0,60, não havendo diferença clara por dose (baixa dose, geralmente 81 mg por dia, a taxa foi de 0,50 e com dose mais elevada, a taxa foi de 0,73).

O estudo randomizado de aspirina entre os homens diagnosticados com câncer de próstata não metastático foi recentemente financiado. Publicado pelo Journal Of Clinical Oncology, os resultados sugerem que quaisquer outros ensaios clínicos que abordem essa questão devem priorizar os homens que se inscrevem com cânceres de alto risco e que não precisem utilizar doses elevadas de aspirina.

Fonte: Time Comunicação

terça-feira, 24 de março de 2015

Arlete Salles apoia campanha Para Todas as Marias por tratamentos contra o câncer de mama avançado

Atriz adere à iniciativa idealizada pela a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)

A atriz Arlete Salles, que enfrentou recentemente o tratamento de câncer de mama, resolveu se engajar publicamente no combate à doença. Com uma participação especial, Arlete aderiu à campanha “Para Todas as Marias - Direitos Iguais no Tratamento do Câncer de Mama”, que visa garantir o direito igualitário aos tratamentos para o câncer de mama avançado no Brasil, tipo de câncer mais incidente entre mulheres na atualidade, depois do câncer de pele não melanoma.

Em depoimento exclusivo publicado na página oficial da campanha (www.paratodasasmarias.com.br), a atriz declara, sobre as dificuldades encaradas pelas pacientes, que “além de enfrentar o problema, a mulher tem que lutar por tratamento igualitário, justo no momento mais crítico da doença, quando ela está mais fragilizada do que nunca”.  O site da campanha traz uma petição pública online (http://goo.gl/ZgFydB), que hoje já tem mais de 5 mil assinaturas, na qual a FEMAMA convoca o público a se envolver com o tema. Outra plataforma digital, o Facebook (www.facebook.com/paratodasasmarias) conta com 40 mil curtidores.

Cenário do câncer de mama avançado no Brasil

O câncer de mama ainda é um grave problema de saúde pública. Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), cerca de metade das usuárias do SUS diagnosticadas no país, em 2010, apresentava a doença em estágio avançado. A cura depende da agilidade do diagnóstico e do tratamento. No caso de metástase, quando o quadro já está mais avançado, as chances são menores e o índice de óbitos chega aos 90%. O tratamento para câncer metastático tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover o controle de sintomas por toda a vida da paciente.

Medicamentos modernos permitem prolongar o tempo de vida sem progressão da doença e oferecem menos efeitos adversos, postergando a necessidade de quimioterapia e, dessa forma, possibilitando uma vida com mais qualidade para mulheres que enfrentam a doença neste estágio. Estes medicamentos, no entanto, apesar de inclusos na cobertura dos planos de saúde, não estão disponíveis na rede pública para mulheres com câncer de mama metastático. Há mais de uma década nenhum novo tratamento é oferecido na rede pública para essas pacientes.

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), somente em 2015, o Brasil deve registrar 57 mil novos casos de câncer de mama.

 Fonte: Tino Comunicação

terça-feira, 17 de março de 2015

Clínicas médicas móveis são alternativas para aumentar o número de exames de mamografias no Brasil

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), apenas 25% das mulheres com mais de 50 anos fazem exames de mamografia. Nesse cenário de alerta, em que o País contabiliza quase 60 mil novos casos de câncer de mama a cada ano, a Truckvan, empresa especializada em soluções sobre rodas, desenvolveu unidades móveis de Saúde da Mulher para iniciativas privada e governamental com o objetivo de aumentar o número de mamografias nessa faixa etária e conscientizar a população sobre a rotina de prevenção à doença.

“As carretas funcionam como clínicas médicas móveis e levam informação e atendimento para comunidades que não têm acesso a médicos e hospitais, evitando o deslocamento e o gasto no orçamento das famílias”, destaca Alcides Braga, sócio-diretor da Truckvan.

Cada unidade móvel possui equipe especializada composta por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem e é preparada para realizar 50 mamografias, 50 ultrassonografias e 50 coletas de exames preventivos de câncer de colo do útero por dia, garantindo agilidade na realização e entrega do resultado do exame para detectar a doença, podendo aumentar em 90% as chances de cura da paciente.

Desde 2012, 22 unidades itinerantes da Truckvan realizaram mais de 350 mil exames de mamografias no Distrito Federal (DF), Minas Gerais (MG), Tocantins (TO) e nas cidades de Manaus (AM) e Maceió (AL).

Números:
No Distrito Federal, quatro ’Carretas da Mulher’ já realizaram, desde março de 2012, 80.274 mamografias.

Em Minas Gerais, 10 unidades móveis entregues para o Programa Estadual do Controle do Câncer, da Secretaria de Estado de Saúde, já realizaram, desde outubro de 2012, 196.553 exames de mamografias.

Na cidade de Manaus (AM), a Secretaria Municipal de Saúde conta com quatro unidades móveis de Saúde da Mulher. Segundo o gerente do Programa Saúde Manaus Itinerante, William Terra, as carretas já realizaram, no período de 2012 a 2014, 43.029 exames de mamografias.

Em Tocantins, três carretas do programa Saúde Cidadã, Saúde da Mulher, do governo do estado, chegaram à marca de 32.686 exames de mamografias no período de maio de 2013 a novembro de 2014.

Já em Maceió, uma Carreta da Mulher foi entregue para a Secretaria Municipal de Saúde em janeiro de 2014 e realizou 3.720 exames de mamografias.

Fonte: RS Press

terça-feira, 10 de março de 2015

Câncer de mama: risco de mulheres negras é maior antes dos 40 anos

Entre 5% e 10% dos casos de câncer de mama deve-se ao fator hereditariedade. São genes anormais que passam de mãe para filha, sendo formados por DNA (ácido desoxirribonucleico) – material que contém instruções para a síntese de proteínas e sua replicação. As proteínas, por sua vez, controlam a estrutura e o funcionamento de todas as células que formam o corpo humano.  Sendo assim, qualquer anormalidade no DNA leva a um crescimento desordenado das células. Estudo publicado no jornal Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention revela uma mutação genética que acomete famílias afrodescendentes. Especificamente, mulheres negras têm mais chances de serem diagnosticadas com câncer de mama do que mulheres brancas antes dos 40 anos.

Cientistas supõem haver mais genes anormais associados ao câncer de mama do que os conhecidos BRCA1 e BRCA2. Esses genes são considerados supressores de tumor. Em células normais, contribuem para a estabilidade do material genético. Quando sofrem mutações, aumentam os riscos de a paciente desenvolver câncer de mama e de ovário. Através de um exame de sangue periférico (comum) e do preenchimento de um questionário para testes genéticos, a paciente saberá se carrega ou não uma mutação nos genes BRCA1 e BRCA2.

No estudo Jewels in Our Genes, pesquisadores investigaram o DNA de mais de cem famílias afrodescendentes que desconheciam qualquer anormalidade nos genes BRCA1 e BRCA2. Entre as participantes havia 179 mulheres que tinham sido diagnosticadas com câncer de mama e 76 de suas irmãs, que nunca tinham sido diagnosticadas. Os pesquisadores encontraram três regiões anormais do DNA. De acordo com Heather Ochs-Balcom, coordenadora do estudo na Universidade de Buffalo (Estados Unidos), a descoberta dessas regiões levanta a possibilidade de haver genes de câncer de mama ainda não descobertos e que estão relacionados à raça. Como as pessoas não podem mudar a genética, mulheres negras devem estar mais atentas à prevenção do câncer de mama, que inclui – além dos exames preventivos – manter um peso saudável, se exercitar regularmente, limitar o consumo de álcool, evitar gordura trans, alimentos processados, muito sal e açúcar na dieta, e não fumar.

PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL

De acordo com a American Cancer Society, cerca de 80% das alterações submetidas à biópsia por agulha (mamotomia) são consideradas benignas.  Na opinião da doutora Vivian Schivartche, especialista em diagnósticos de câncer de mama do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, o rastreamento mamográfico deve começar aos 40 anos. Entretanto, é importante estar sempre alerta porque há mulheres que notam o aparecimento de um nódulo no seio antes disso.

“Hoje em dia, as pacientes contam com recursos diagnósticos de ponta. A tomossíntese, ou mamografia tomográfica, proporciona aumento de sensibilidade (maior detecção de câncer) e especificidade (menos falso-positivos e imagens que simulam tumores, mas são apenas tecido normal superposto). Como esse exame permite distinguir entre as imagens verdadeiramente suspeitas e aquelas provocadas apenas por superposição de estruturas normais, uma importante vantagem é a redução do número de biópsias. Esse dado é bastante relevante, haja vista que mais e mais pacientes têm sido poupadas de procedimentos complexos que acabam gerando estresse e desgaste emocional”, diz a médica.

De acordo com a especialista, além de aumentar a detecção do câncer da mama, a tomossíntese possibilita a detecção de tumores menores, fato que tem implicação direta tanto na sobrevida quanto na qualidade de vida das pacientes. “Tumores menores permitem a realização de cirurgias menos mutilantes e a um custo consideravelmente mais baixo de tratamento. Tudo isso tem impacto na qualidade de vida da paciente e deve ser priorizado sempre que possível. Com esse exame, há melhor definição das bordas das lesões, proporcionando melhor caracterização de seu aspecto benigno ou maligno. Também é possível obter melhor detecção de lesões sutis e saber exatamente onde, na mama, a lesão está.”

Fontes: Dra. Vivian Schivartche, médica radiologista, pioneira na introdução da Tomossíntese na América Latina, que se deu no Centro de Diagnósticos Brasil (CDB Premium) em 2010. www.cdb.com.br
Press Página

terça-feira, 3 de março de 2015

CHEGA AO BRASIL O PRIMEIRO EQUIPAMENTO DE RADIOTERAPIA INTRAOPERATÓRIA

Aparelho proporciona resultado clínico equivalente à radioterapia convencional, porém oferece tratamento para o câncer de mama e outras regiões em uma única sessão

O INTRABEAM® chega ao Brasil para revolucionar o tratamento no combate ao câncer de mama e de outros tipos da doença, como coluna, pele e abdômen. A grande novidade é que diferentemente do procedimento convencional de seis semanas, a radioterapia intraoperatória é feita logo após a remoção do tumor, ainda durante a cirurgia. O procedimento é realizado em uma única sessão por meio de um acelerador linear miniaturizado com um feixe de fótons de baixa energia, e tem duração média de 20 a 30 minutos.

Durante o procedimento, o cirurgião posiciona um aplicador esférico no leito cirúrgico, assegurando uma posição exata do aplicador ao tecido-alvo. Dessa maneira, garante a eficácia do tratamento, onde estudos comprovam que é nessa região em que há mais chances de recorrência do tumor.
O Dr. Ézio Novais, médico responsável pelo  serviço de mastologia do Hospital São Rafael, em Salvador – onde o primeiro aparelho foi instalado pela multinacional ZEISS, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia – explica mais detalhadamente o processo. “Durante o procedimento, a posição do tumor é calculada e, assim, ele é removido. Feito isso, o INTRABEAM® é colocado na cavidade para o tratamento. Em seguida, o aplicador é removido e a incisão fechada”.

O INTRABEAM® é destinado a pacientes em estágio inicial da doença. Hoje, a radioterapia intraoperatória ajuda a evitar exposição desnecessária à radiação e limita o tratamento à porção da mama onde o tumor primário estava localizado. No caso de outros tipos de câncer, o equipamento disponibiliza outros tipos de aplicadores.

Vale ressaltar que o sistema INTRABEAM® usa raios-x de baixa energia e por ser feito no mesmo local da cirurgia, pode gerar menores danos ao tecido saudável, eliminar ou reduzir os possíveis efeitos colaterais associados ao método convencional como vermelhidão, sensibilidade ou alteração na cor da pele, fadiga, fibrose do tecido da mama ou atraso na cicatrização de feridas; melhorar o resultado estético e ainda permitir a substituição do tempo da radioterapia usual ajudando as pacientes a voltarem à rotina com mais rapidez. Esse método de aplicação localizada de radiação é chamado de Irradiação Parcial Acelerada da Mama (APBI).

O INTRABEAM® é uma oportunidade de tratamento radioterápico eficiente e no momento da cirurgia, sem grandes alterações no processo cirúrgico tradicional, diminuindo o tempo de tratamento radioterápico das mulheres e ainda contribuindo para o atendimento dos pacientes que aguardam nas listas de espera para tratamento. É sabido, que o número de equipamentos de radioterapia convencional, não é suficiente para atender todos os casos de câncer detectados em nosso país, criando longas filas de espera para o tratamento.

Fonte: Grupo Máquina

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Mais de 40% de usuários de planos de saúde ainda pagam por medicamentos oncológicos cobertos pelas operadoras

Com um ano em vigor, resolução da ANS obriga operadoras a pagar por esses remédios que chegam a custar até R$ 15 mil



 Embora esteja em vigor a pouco mais de um ano, a resolução 338 da Agência Nacional de Saúde (ANS), que prevê a cobertura dos planos de saúde em medicamentos oncológicos via oral, muitos pacientes ainda pagam pelos remédios por desconhecer o benefício.
Segundo levantamento da Drogaria Nova Esperança, um dos principais varejistas de e-commerce farmacêutico, mais de 40% dos detentores de planos de saúde desconhecem a RN 338 e ainda desembolsam para adquirir os medicamentos.
“Procuramos informar nossos clientes sobre todas as regulamentações e resoluções dos órgãos de governo que tragam benefícios, já que se trata de uma obrigação de qualquer varejista do setor”, comenta Marcos Dávida, diretor da Nova Esperança. O valor desses medicamentos pode chegar a até R$ 15 mil.
O executivo revela ainda que a empresa se preparou para atender o aumento da demanda por medicamentos oncológicos depois da publicação da RN 338. “Tivemos um aumento de faturamento nos oncológicos de 119% no último ano e conseguimos atender todos os pedidos, sobretudo das gestoras de benefícios de saúde que atendem os setores corporativos”, revela Davida.
Fonte:  Conversion

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Novos tratamentos contra o câncer de mama proporcionam mais tempo de vida

Novas tecnologias para o tratamento de alguns tipos de tumores, como os que comprometem a mama, permitem que as pacientes em fase metastática vivam mais e melhor com boa qualidade de vida.

No caso do câncer de mama metastático HER2 positivo, por exemplo, a nova linha de tratamento permite que as pacientes consigam mais anos de sobrevida, com qualidade, para desfrutar da família e de amigos, realizar sonhos e alçar conquistas.

As novas drogas funcionam como terapia-alvo, isto é, foram desenvolvidos para atacar, exclusivamente, as células cancerosas. Por isso, são eficazes e causam menos efeitos adversos. É o caso de medicamentos como o pertuzumabe, cujos estudos comprovaram que, quando em combinação com o trastuzumabe e docetaxel, permite que aproximadamente metade das pacientes viva em torno de 5 anos, o que representa um ganho de tempo considerável em termos de oncologia.
“Estas novas drogas alcançaram os melhores índices no controle de metástases e estão revolucionando o tratamento do câncer de mama HER2 positivo, permitindo as pacientes mais tempo de vida”, garante o mastologista  e o chefe da pesquisa com o pertuzumabe, Roberto Hegg.

O câncer de mama metastático HER2 positivo, um dos tipos mais agressivos da doença, representa aproximadamente 20% dos casos de câncer de mama, cerca de 11 mil mulheres no Brasil.

Fonte: FSB Comunicações

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Confira a história de Rasmie Sleiman, um exemplo de superação e fé.


"Sou Rasmie Sleiman Ghazzaoui, tenho 39 anos. Tudo começou quando acordei e notei uma bola ao lado da mama esquerda, próxima à axila. Como não temos casos de câncer de mama na família, fiquei despreocupada e nem dei muita importância. Mas, no dia 01/09/2013 realizei a biopsia e na consulta com Dr Isaak Ferman, mastologista, recebi a notícia de Carcinoma invasor de ductos mamários, o tumor estava com 2,5cm e muito próximo da axila, foi um susto tremendo não esperava por esta, foi um choque, e aí começou a saga.

Dia 26/09/2013 realizei a cirurgia, foi retirado um quadrante da mama e o gânglio sentinela. Escutei a opinião de três oncologistas, fiz a escolha do Dr Fernando Maluf, o único que antes de falar do tratamento falou da cura, o que só nos fortaleceu, pois minha família estava muito assustada. Ele me garantiu que seria curada e que faria de tudo. Ele  cumpriu com a sua palavra e Deus com seu propósito.

Dia 11/11/2013 realizei minha primeira quimioterapia. Os ciclos eram a cada 21 dias, eis que se iniciava minha luta pela sobrevivência. No começa era uma obrigação se manter viva, por duas vezes a morte bateu na minha porta, mas sempre mantive a minha fé e isso me fortalecia! Era uma luta diária, ao longo do tempo meus cabelos caíram inúmeras vezes, fora as internações, depressão, lágrimas desesperança e sonhos engavetados.

Foram 18 sessões de quimio e 30 sessões de radio, a última sessão de quimio 03/11/2014 e o cabelo já estava dando sinal de vida, a esperança voltando a florescer, os sonhos que estavam engavetados começam a querer ser concluídos..

O tratamento é longo, são 10 anos tomando o tamoxifeno, acredito que um dia minha cura vai ultrapassar os 100%, e não precisarei esperar 10 anos para receber alta, tenho esperança que irei concluir antes disso.

Hoje sinto minha vida de volta e tudo mudou: o olhar, a tolerância, a religiosidade. A fé me deu forças e moveu os céus, a família ficou mais unida mais amorosa.

Aqui estou eu cheia de sonhos e esperança!"

*Depoimento de Rasmie para a fanpage De Peito Aberto.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

No Dia Mundia do Câncer – 04 de fevereiro – ação nacional reforça importância do acesso igualitário ao tratamento do câncer de mama avançado

São Paulo, fevereiro de 2015 - No Dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro), o IDVH – Instituto de Desenvolvimento e Valorização Humana que promove o Projeto “De Peito Aberto – a autoestima da mulher com câncer de mama, uma abordagem humanista” alia-se à FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, instituição a que o IDVH é filiado, em uma ação de mobilização nacional em várias regiões do país encaminhando ofício para secretários estaduais e municipais de saúde de todo país com o objetivo de sensibilizar e aumentar o engajamento por parte do poder público para as principais questões que envolvem a criação de políticas com foco no acesso igualitário ao tratamento de câncer de mama avançado.

Na Cidade de São Paulo o ofício elaborado pela FEMAMA será entregue pelos autores do autores do Projeto “De Peito Aberto – a autoestima da mulher com câncer de mama, uma abordagem humanista”, Vera Golik e Hugo Lenzi, e pelos representantes do IDVH – Instituto de Desenvolvimento e Valorização Humana, em nome da FEMAMA, para o senhor Secretário de Saúde do Município Dr. José de Filippi Júnior, em audiência às 17h do dia 04/02, na sede da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo. O documento, além de relatar as condições de tratamento e as dificuldades que as pacientes com câncer de mama avançado enfrentam, pedirá mais atenção à causa, pedindo que o poder público se mobilize para que as pacientes possam receber os medicamentos e o tratamento adequados e que sejam tratadas com o máximo de dignidade.

O documento, além de relatar as condições de tratamento e as dificuldades que as pacientes com câncer de mama avançado enfrentam, requer mais atenção à causa, pedindo que o poder público se mobilize para que as pacientes possam receber os medicamentos e o tratamento adequados e que sejam tratadas com o máximo de dignidade.

O Dia Mundial do Câncer, promovido pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC), traz este ano entre seus pilares para melhorar a luta global contra a doença a necessidade de promover o tratamento para todos e ampliar a qualidade de vida dos pacientes, assim como coloca em evidência a importância da adoção de um estilo de vida saudável e da valorização das práticas de diagnóstico precoce.

Alertas para prevenir e detectar precocemente o câncer
A Dra Fabiana Baroni Alves Makdissi, Médica Mastologista do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio Libanês, Mestre e Doutora em oncologia pela FMUSP e Sócia-fundadora do IDVH (Instituto de Desenvolvimento e Valorização Humana) oferece mais informações que nos ajudam a entender o câncer e em especial o câncer de mama: O câncer de mama é que mais mata a nós mulheres, e nossa arma mais eficaz é saber reconhecê-lo e agir sem medo. Nesta data tão importante, temos como objetivo destacar os tipos de câncer mais frequentes nas mulheres e dar algumas dicas de formas de prevenção e de identificação precoce.

Câncer de mama
Se você é mulher e tem mais de 40 anos, cheque se já fez mamografia este ano, olhe a data do exame, pois o ano corre depressa, e pode ser que esteja enganada quanto à data de sua última realização.
Procure seu médico para um exame físico detalhado. Conheça seu próprio corpo, se olhe no espelho e toque suas mamas para reconhecer possíveis mudanças. Está acima do peso? Converse com seu médico e veja uma forma de adequar seu peso à sua estatura, pois a obesidade pode estar aumentando seu risco de ter câncer de mama e outros problemas de saúde. Saia da cadeira! Pratique alguma atividade física, pelo menos 3 vezes na semana. Se toma hormônios (reposição hormonal, principalmente) converse com seu médico e pergunte se ainda precisa fazer usos deles. A reposição hormonal pode aumentar o risco de câncer de mama. O ideal é que este tratamento não dure mais do que 5 anos. Não tome bebidas alcoólicas, ou tome apenas em eventos especiais. Não faça da bebida uma rotina!

Câncer de intestino
Se você tem mais de 50 anos, deve realizar um exame de colonoscopia a cada 10 anos. Mas se existem casos de câncer de intestino na sua família, talvez você precise realizar o exame mais precocemente. Realize o teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes uma vez ao ano.
Não coma carnes vermelhas, embutidos ou gorduras em excesso e tente, na medida do possível, diversificar sua alimentação com frutas, verduras e legumes. Pratique atividade física regular. Caso seu ciclo intestinal se altere de repente, procure o médico para informá-lo e ver quais exames deve realizar.

Câncer de pulmão
Não fume.
Pare de fumar.
Caso tenha sido fumante ou conviva com um fumante, consulte um médico e faça os exames necessários.
Procure ajuda para deixar o vício.

Câncer de colo de útero

Realize exame de Papanicolaou com a frequência sugerida pelo seu ginecologista para tratar as lesões que geralmente antecedem o câncer de colo de útero.
Use preservativos nas relações sexuais.
Evite grande número de parceiros.
Converse com seu ginecologista sobre a vacina contra o câncer de colo de útero; talvez você tenha mais indicação de usá-la, e lembre-se de levar suas filhas com você. No caso delas, a vacina será ainda mais importante (mesmo que sejam crianças!).

Câncer de pele
Use filtro solar sempre! Atualmente, as mulheres têm o benefício de a maioria das maquiagens já possuírem algum fator de proteção. Abuse do filtro solar, com fator de proteção de no mínimo 15.
Proteja-se do sol nos horários de pico solar.
Procure um dermatologista para uma avaliação rigorosa das pintas que você possui no corpo. Se alguma delas está mais escura ou está aumentando, dê mais urgência a esta avaliação.

Cenário do câncer de mama no Brasil

O câncer de mama ainda é um grave problema de saúde pública. É o tipo de tumor mais comum entre as brasileiras, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, responsável por mais de 57 mil novos casos por ano, conforme dados do Ministério da Saúde para 2015. Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), cerca de metade das usuárias do SUS diagnosticadas no país em 2010 já estavam em estágio avançado. O câncer de mama avançado compreende dois estágios: ele pode ser localmente avançado, ou seja, ainda situado na região da mama; ou metastático, quando as células cancerígenas se espalham para outros órgãos, como os pulmões, os ossos ou o fígado. A cura do câncer de mama depende do estágio em que a doença for diagnosticada. No caso de metástase, as chances são menores. Por isso, essa fase da doença é responsável por 90% dos óbitos. O tratamento para câncer metastático é realizado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover o controle de sintomas por toda a vida da paciente.

Sobre o Dia Mundial do Câncer

O Dia Mundial do Câncer acontece todos os anos no dia 4 de fevereiro, ocasião em que o mundo todo se une para destacar a luta em curso contra o câncer. Essa data foi criada pelo UICC - União Internacional de Controle do Câncer e é muito importante para trazer informações ao público em geral sobre a doença e pressionar os governos a tomar medidas eficazes. O tema da mobilização este ano, Ao Nosso Alcance, estimula a reflexão sobre as soluções para ampliar a eficácia do combate à doença já existirem mas em muitos casos não estarem ao nosso alcance, sendo necessário colocar agora todo esse conhecimento em prática. A campanha do Dia Mundial do Câncer enfatiza 4 pilares na luta contra o câncer no mundo: a adoção de vida saudável, a prática do diagnóstico precoce, a necessidade de acesso ao tratamento para todos e a promoção da qualidade de vida do paciente oncológico.





Câncer de mama será debatido em seminário internacional

Evento que acontece dia 03/02 nos Estados Unidos, terá transmissão online, ao vivo, em três idiomas e contará com a participação da Dra. Maira Caleffi, presidente da FEMAMA

Para celebrar o Dia Mundial do Câncer, que acontece em 4 de fevereiro, a PAHO - Organização Pan Americana de Saúde, promoverá o Seminário Rastreamento e Diagnóstico Precoce do Câncer de Mama. O evento será em Washington DC, nos Estados Unidos (EUA), na terça-feira, dia 3 de fevereiro, a partir das 12h30 (horário de Brasília).

Durante o seminário serão apresentadas novas informações e evidências sobre o rastreamento de câncer de mama; argumentos econômicos para se investir em programas de triagem; a experiência de regiões que contam com estes programas e o papel da mobilização social em torno do assunto. A atividade é apoiada pela GBCA - Aliança Global de Câncer da Mama.

A presidente voluntária da FEMAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, Dra. Maira Caleffi, participará do Seminário com um painel sobre a mobilização da sociedade civil para elevar a conscientização para o câncer de mama, a ser realizado às 14h10 (horário de Brasília).

“É preciso fornecer aos pacientes ferramentas e conhecimento para que eles também tenham um papel ativo na luta por seus direitos. Neste painel vamos mostrar os caminhos disponíveis para isso”, comenta Dra. Maira.

O evento integra as atividades da Femama articuladas para o Dia Mundial do Câncer e será transmitido ao vivo, pela internet, em três idiomas: português, inglês e espanhol. Para acompanhar, é necessário registrar-se previamente no site (link) e escolher o idioma desejado.

Seminário Rastreamento e Diagnóstico Precoce do Câncer de Mama
Terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Washington, DC
12h30 às 15h45 (horário de Brasília)

Programação:
· 12h30 - Registro
· 13h - Abertura: Dr. Anselm Hennis, Diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental
· 13h10 - Revisão da Evidência: Evidência Científica sobre o Rastreamento de Câncer de Mama - Dr. Ben Anderson, Aliança Mundial Contra o Câncer de Mama e Centro de Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson
· 13h30 - Redução das Desigualdades para Câncer de Mama: A justificativa para Investir no Rastreio do Câncer de Mama - Dra. Felicia Knaul, Universidade de Harvard e Tomatelo al Pecho
· 13h50 - Experiência programática: Como as Bahamas adotaram o rastreamento de câncer de mama - Dr. Larry Carroll, Iniciativa sobre Câncer de Mama das Bahamas
· 14h10 - Mobilização comunitária: A sensibilização sobre câncer de mama pela perspectiva da sociedade civil - Dra. Maira Caleffi, médica mastologista e presidente voluntária da FEMAMA
· 14h30 – Debate
· 15h45 - Encerramento

Sobre o Dia Mundial do Câncer
O Dia Mundial do Câncer acontece todos os anos no dia 4 de fevereiro, ocasião em que o mundo todo se une para destacar a luta em curso contra o câncer. Essa data foi criada pelo UICC - União Internacional de Controle do Câncer e é muito importante para trazer informações ao público em geral sobre a doença e pressionar os governos a tomar medidas eficazes. O tema da mobilização este ano (Ao Nosso Alcance) estimula a reflexão sobre as soluções para ampliar a eficácia do combate à doença já existirem e estarem ao nosso alcance, sendo necessário colocar agora todo esse conhecimento em prática.

Fonte: Perspectiva a Comunicação

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A importância da hidratação para pacientes oncológicos no verão

Dr. Robson Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral e da Sociedade Brasileira de Cancerologia dá dicas de alimentos que hidratam e ao mesmo tempo são fontes de proteínas e carboidratos para os pacientes oncológicos na estação mais quente do ano.

A chegada do verão e das altas temperaturas exigem uma atenção redobrada em relação à hidratação. No caso do paciente oncológico, os cuidados com a reposição de líquido e uma dieta equilibrada são ainda maiores. Deve-se priorizar a ingestão de alimentos ricos em fibras, carboidratos e principalmente frutas, sucos e verduras.

De acordo com Robson Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral e da Sociedade Brasileira de Cancerologia, algumas medidas simples garantem uma alimentação e uma vida saudável para pacientes com câncer. "Ingerir dois tipos de frutas diferentes por dia, de preferência melancia, laranja, uva, melão, pera, abacaxi e consumir pelo menos dois litros de água por dia e também iogurtes, que são ótimos reguladores intestinais e importante fonte de cálcio", afirma.

“O consumo de legumes deve ser cozido no vapor para conservar suas propriedades nutricionais. A ingestão de doces precisa ser moderada e substituída por mel e geleia que são ricos em ferro, para evitar a anemia - bastante frequente em pacientes oncológicos, já que toda a sua absorção e digestão está comprometida pelo uso de quimioterápicos. Sucos industrializados devem ser substituídos por sucos naturais e feitos na hora”, explica Dr. Moura.

Segundo o cancerologista e nutrólogo, nesta época do ano deve-se aumentar a ingestão de água de coco, pois além de ser um isotônico natural, oferece ao organismo do paciente com câncer um equilíbrio eletrolítico de sódio e potássio, além de hidratar o organismo. Os suplementos alimentares também devem ser utilizados para enriquecer a dieta do paciente com câncer, porém não deve ser diluído em água quente para que sejam conservadas as suas propriedades nutricionais.

Alimentação no verão para pacientes oncológicos - O organismo do paciente com câncer já está agredido pela própria doença e pelos tratamentos a que foi ou está sendo submetido. Portanto alguns órgãos como o fígado e estômago devem ser preservados, evitando alguns alimentos de difícil digestão.
Para Dr. Moura deve-se evitar a ingestão de gorduras e frituras, enlatados, embutidos (linguiça e salsicha), produtos industrializados por conterem corantes, acidulantes e conservantes. Além disso, as gorduras das carnes expostas ao calor e ao oxigênio formam substâncias tóxicas que agridem até mesmo o DNA da célula.
Bebidas alcoólicas e sucos artificiais devem ser evitados, pois o álcool é uma substância tóxica e os sucos e bebidas artificiais contêm uma combinação de corantes químicos em sua composição e excesso de açúcar. “Refrigerantes do tipo cola contêm formaldeído e corantes tóxicos, e os dietéticos geralmente contêm sacarina, tóxica para o fígado”, finaliza Dr. Moura.

Para hidratar os pacientes oncológicos no verão, o presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral dá algumas dicas:

Melancia: consumir frutas sempre é uma ótima pedida na estação mais quente do ano. Elas refrescam e ainda nos oferecem nutrientes que não engordam. A melancia possui 94% de água só em 100 gramas. É uma ótima fonte de hidratação;

Suco de limão e outras frutas: o suco de limão é muito bom porque durante o verão acabamos perdendo muito líquido. Um copo de suco de limão com uma pitada de sal é o ideal para recuperar todo sódio perdido. Já outros sucos de frutas são também boas opções para que o paciente oncológico não enjoe do sabor;

Açaí: o açaí é uma das marcas registradas no verão, porém deve ser consumido com cuidado porque é bastante calórico. Se consumido com moderação, e de maneira correta, as gorduras presentes no açaí ajudam na redução e no controle do colesterol e ainda previne doenças do coração;

Sanduíche: prepare um sanduíche leve com um patê, cenoura e fatias de frango e adicione verduras. Um sanduíche ideal para essa época do ano deve ter carboidrato, verdura e uma proteína;

Água e água de coco: consumir água no calor parece um pouco óbvio, mas muita gente só toma água quando sente sede, o que não é correto. Não temos que esperar sentir sede para tomarmos água. Uma boa opção é a água de coco. Além de ser um poderoso hidratante, ela possui muitos nutrientes e poucas calorias.

Fonte: Assessoria de Imprensa da SBNPE - Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Hormonioterapia

A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais. Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.

Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
 A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).

A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais. Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.

A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática. Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.

A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.

Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.

Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.

A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).

Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.

Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.

Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.

Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.

Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.

Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.

Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as pacientes a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.

Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.

Fonte: Câncer de Mama
A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
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A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
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A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
- See more at: http://www.cancerdamama.com/tratamentos/hormonioterapia/#sthash.mSwUTyJB.dpuf
A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
- See more at: http://www.cancerdamama.com/tratamentos/hormonioterapia/#sthash.mSwUTyJB.dpuf
A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
- See more at: http://www.cancerdamama.com/tratamentos/hormonioterapia/#sthash.mSwUTyJB.dpuf
A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
- See more at: http://www.cancerdamama.com/tratamentos/hormonioterapia/#sthash.mSwUTyJB.dpuf
A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
- See more at: http://www.cancerdamama.com/tratamentos/hormonioterapia/#sthash.mSwUTyJB.dpuf
A hormonioterapia é a classe de medicações mais efetiva de que dispomos para o tratamento de pacientes cujos tumores tenham expressão dos chamados receptores hormonais.
Estes receptores são o receptor de estrógeno (RE) e de progesterona (RP), e sua presença qualitativa e quantitativa é determinada pela avaliação do tumor através da técnica denominada de Imunohistoquímica.
Assim, absolutamente todo tumor de mama deve ser avaliado quanto à presença ou ausência destes receptores, e preferencialmente esta avaliação deve ser feita por um bom laboratório, com controles de qualidade adequados.
A presença destes receptores (ou de apenas um deles) indica um benefício da utilização da hormonioterapia como parte do tratamento em qualquer fase da doença (seja na adjuvância ao tratamento cirúrgico no caso de doença localizada, seja no caso de doença metastática).
A hormonioterapia é tanto mais eficaz quanto maior a expressão destes receptores pelas células tumorais.
Assim, se as células tumorais tiverem ambos, RE e RP em 100% das células, e os receptores estiverem presentes com coloração intensa nas células, a paciente terá um benefício extraordinário com a hormonioterapia.
A hormonioterapia, semelhante à quimioterapia, pode estar indicada na neoadjuvância (tratamento pré-operatório com intuito de diminuir o tamanho do tumor e de permitir uma cirurgia menor), na adjuvância (tratamento pós-operatório com intuito de eliminar células que porventura estejam circulando ou tenham escapado à ressecção cirúrgica, para evitar que a doença recidive) ou na doença metastática.
Além disso, em algumas mulheres, a hormonioterapia está indicada na prevenção do câncer de mama, no que chamamos de prevenção primária.
A hormonioterapia utilizada atualmente consiste em uma de duas classes: os moduladores do receptor de estrógeno (dos quais o Tamoxifeno e o Fulvestranto são as medicações que se utiliza em câncer), e os inibidores de aromatase (dos quais o Letrozol, o Anastrazol e o Exemestano são os exemplos mais utilizados). Além das medicações, uma segunda estratégia que pode ser utilizada como parte da manipulação hormonal é a chamada ablação ovariana (interromper a função dos ovários), em mulheres na pré menopausa, em casos de doença metastática.
Vale aqui explicar que, os inibidores de aromatase, por interferirem em uma enzima que é responsável pela maior produção de estrógeno nas mulheres após a menopausa (na pré-menopausa, o maior produtor de estrógeno são os ovários), somente pode ser utilizado em mulheres na menopausa. Nas mulheres que ainda não entraram na menopausa, a medicação de escolha entre os hormonioterápicos é o Tamoxifeno.
Para que uma mulher na pré-menopausa possa usar inibidores de aromatase, ela deverá ser “colocada” na menopausa, seja cirurgicamente (pela retirada dos ovários), seja quimicamente, pela utilização de injeções que bloqueiem a produção hormonal dos ovários.
A medicação que coloca a mulher no estado da menopausa é denominada de análogo do hormônio da secreção de LH (aLHRH).
Na paciente que recebe hormonioterapia adjuvante, se ela ainda não estiver na menopausa, o tratamento consiste em Tamoxifeno. Se ela já tiver entrado na menopausa, o tratamento pode ser tanto com Tamoxifeno quanto com um Inibidor de aromatase.
Há dados de que nas mulheres na pós-menopausa, os inibidores de aromatase podem ser um pouco mais eficazes para reduzir o risco de recidiva do câncer que o Tamoxifeno, porém esta pequena (realmente pequena) vantagem tem de ser discutida no contexto do perfil de toxicidade das medicações, e do risco real de recidiva da doença de uma determinada paciente.
Na adjuvância da paciente na pós-menopausa, existem 4 estratégias possíveis: Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 2-3 anos, seguido de Inibidor de Aromatase por 5 anos, Tamoxifeno por 5 anos seguido de 5 anos de Inibidor de Aromatase ou ainda (com base em dados recentes) 10 anos de Tamoxifeno. Além disso, em casos de risco de recidiva relativamente pequeno, é razoável dar apenas 5 anos de Tamoxifeno. A opção por uma destas estratégias leva em conta diversos fatores, e deve ser discutida pela paciente com seu oncologista.
Na doença metastática, nos casos de pacientes na pré-menopausa, podemos utilizar Tamoxifeno (ou Fulvestranto) apenas, ou Tamoxifeno associado à indução da menopausa (que é mais eficaz que o Tamoxifeno sozinho). Quando a doença progride em vigência do Tamoxifeno, resta colocar a mulher na menopausa para permitir a utilização de Inibidor de Aromatase.
Na doença metastática na mulher na pós-menopausa, temos as opções de utilizar sequencialmente Tamoxifeno, Fulvestranto, e Inibidores de Aromatase, não necessariamente nesta ordem.
Nos últimos anos uma nova classe de medicações, chamados de inibidores de mTOR, vem sendo acrescentada à hormonioterapia. Uma das medicações desta classe, o Everolimus, pode fazer com que um câncer que não mais respondia à hormonioterapia volte a ficar novamente sensível a este tratamento. Assim, para uma mulher com doença metastática, e que esteja tendo progressão desta doença apesar de diversas hormonioterapias, ao invés de iniciar quimioterapia, seria possível associar à hormonioterapia o Everolimus, e esta paciente poderá conseguir um controle da doença por vários meses adicionais. Esta estratégia se tornou uma opção importante em locais onde há disponibilidade do Everolimus.
Em relação aos efeitos colaterais, o Tamoxifeno pode aumentar o risco de trombose (coágulos de sangue), de modo que está contraindicado em mulheres que já tenham tido trombose ou que tenham algum outro fator predisponente para trombose. Além disso o Tamoxifeno piora os sintomas da menopausa, pode causar certa retenção de líquido, pode raramente causar toxicidade ocular (daí a necessidade de seguimento anual com oftalmologista), e pode ter seu efeito reduzido pela utilização concomitante de determinados antidepressivos.
Já os inibidores de aromatase causam frequentemente dores articulares (às vezes limitantes), podem causar perda de massa óssea (levando à osteopenia ou até à osteoporose), além de causar piora dos sintomas da menopausa. A lista potencial dos efeitos colaterais é certamente mais longa, e estimulamos todas as paciente a discutirem estes efeitos colaterais possíveis com seu médico.
Everolimus tem como efeitos mais comuns a fadiga, queda nos parâmetros sanguíneos, inflamação nas mucosas e ele, podendo ter efeitos colaterais mais graves. Esta medicação não deve ser prescrita por profissionais não familiarizados com os possíveis efeitos colaterais.
Recomendamos que cada paciente discuta abertamente com seu oncologista os prós e contras de cada opção de quimioterapia.
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