quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Dieta, exercícios e café 'reduzem riscos' de câncer de útero

Uma pesquisa conduzida por cientistas britânicos indica que seguir uma dieta saudável, praticar exercícios diários e possivelmente tomar café podem reduzir os riscos de câncer de colo do útero.

Os pesquisadores, do Imperial College, de Londres, observaram que, apesar de terem encontrado indícios de que o café pode ajudar a proteger mulheres contra o tumor, não há evidências suficientes para estimular consumo da bebida como forma de prevenção da doença.

Na primeira análise global de pesquisas sobre câncer de colo do útero desde 2007, os pesquisadores examinaram as ligações entre a doença e a prática de exercícios, dieta e peso corporal.

Eles concluíram que cerca de 3,7 mil casos de câncer de colo do útero poderiam ter sido evitados se as mulheres tivessem se exercitado ao menos 38 minutos diários cinco dias por semana e mantido um peso saudável.

A autora do estudo, Teresa Norat, afirmou que se as mulheres se exercitarem regularmente e mantiverem uma boa dieta 'podem reduzir os riscos de câncer de útero e melhorar a saúde em geral'.

Karen Sadler, diretora-executiva do World Cancer Research Fund, afirmou que as evidências sobre o café 'são muito interessantes', mas que novas pesquisas devem ser feitas sobre os efeitos da bebida na prevenção do câncer.

'Temos de considerar os possíveis efeitos colaterais do café em outros tipos de câncer e na saúde em geral', afirmou Sadler.



Fonte: G1

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Teste do pezinho pode identificar futuro câncer

A possibilidade de mapear, na primeira infância, mutações hereditárias que podem desencadear cânceres pode estar perto de ser uma realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a intenção de um grupo de pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), que desenvolveu um kit para a detecção de mutação genética ligada à doença. A nova tecnologia poderá ser integrada ao teste do pezinho e ajudar os oncologistas a detectar as doenças ligadas à síndrome de Li-Fraumeni — caracterizada pela ocorrência de vários tumores em um mesmo paciente — antes mesmo de elas se manifestarem.

O projeto foi desenvolvido no Centro Infantil Boldrini, hospital filantrópico especializado em oncologia e hematologia pediátrica. A tecnologia possibilita a rápida identificação da mutação R337H do gene TP53 e em grande escala. A alteração está ligada à síndrome de Li-Fraumeni, condição hereditária rara caracterizada pelo aparecimento de vários tumores em uma única pessoa. “Pelo menos 70% dos casos de câncer são de origem esporádica e aparecem quando a pessoa está mais velha, aos 60 ou 70 anos. Mas, quando a mutação está presente também nas células sexuais dos pais, o bebê pode nascer com todas as células do corpo portadoras da mutação”, explica Antônio Abílio Pereira da Santa Rosa, oncogeneticista do Hospital Federal de Bonsucesso e da Oncoclínica, no Rio de Janeiro.

Leucemia e câncer de mama estão entre os problemas desencadeados pela síndrome. “O tumor de córtex adrenal, que é a glândula localizada em cima dos rins, é um tipo maligno. Em crianças, em geral, a manifestação mais comum é a presença de massa na barriga. Ele tem alguns sinais, como pressão alta, hipertensão arterial, dor e perda de peso”, complementa Luis Sakamoto, oncologista pediátrico do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).

Segundo Sakamoto, o câncer de córtex adrenal tem frequência elevada em pacientes com Li-Fraumene e geralmente é descoberto quando já atingiu a metástase. “O prognóstico não é bom, a não ser que seja diagnosticado precocemente. A massa deve ser retirada, mas, se houver metástase, fica complicado. No mais, crianças tendem a se recuperar com mais facilidade dessas doenças.” Outro tumor comum é o carcinoma de plexo coroide, que ataca o cérebro. Ele é causado por anomalias no líquido que banha o sistema nervoso e pode ser tratado com quimioterapia.

Isabel Pereira Caminha, aluna de genética e biologia molecular do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, desenvolveu o kit durante o doutoramento. “Ele é composto pelos reagentes necessários para a execução da detecção da mutação R337H, além de reagentes para a extração do DNA de amostras de sangue seco em papel filtro”, explica a pesquisadora. Embora já existam outras técnicas para detectar a mutação, para se chegar a um resultado, são necessárias várias etapas, que demandam muito tempo e um alto gasto de reagentes.

Essas técnicas utilizam o PCR (polymerase chain reaction) convencional, mas o novo método utiliza o PCR em tempo real (RQ-PCR). “Ele não necessita de reações posteriores, o que agiliza bastante o processo. Além disso, é bastante sensível, sendo suficiente uma gota de sangue para a realização do teste. Enquanto as técnicas mais utilizadas levam mais de um dia para chegar a um resultado, a que utilizamos leva entre duas e quatro horas”, explica Isabel. Segundo ela, também é possível analisar várias amostras de sangue simultaneamente. Além disso, as outras técnicas são artesanais e dependem da análise visual, enquanto o novo método, que está em processo de patenteamento, é automatizado.

Ação precoceA intenção é de que o método integre o teste do pezinho, pois a detecção da mutação nos primeiros dias de vida poderia auxiliar no diagnóstico precoce de doenças. Um estudo paranaense comprova esse benefício. Nele, as crianças com resultados positivos para a mutação foram acompanhadas clinicamente durante anos. Todas as que desenvolveram câncer tiveram um bom prognóstico. “O tumor foi detectado ainda pequeno, o que resultou em ótimas chances de cura. Entre as crianças cujos pais não permitiram a participação (no estudo), no entanto, os tumores foram detectados apenas quando já estavam mais avançados, o que às vezes exige quimioterapia além da cirurgia de retirada do tumor. Houve inclusive uma que morreu, pois a doença já estava muito avançada”, conta Caminha.

Embora a mutação seja apenas um indício de que a doença pode se desenvolver durante a vida. Nesse estudo do Paraná, por exemplo, apenas 2,39% das crianças com a alteração desenvolveram o tumor de córtex adrenal. Isabel defende que, com o acompanhamento clínico nos primeiros anos de vida, as chances de cura aumentam. Além disso, como a mutação é dominante, ela sempre será repassada aos descendentes do portador.

“Estudos indicam que a família que carrega a mutação tem três vezes mais casos de câncer do que a família não portadora. Considero, devido a isso, imprescindível o aconselhamento genético para essas famílias. Ultrassonografia e exames de sangue periódicos auxiliariam na detecção precoce do tumor”, diz a pesquisadora. Um levantamento de preços feito no estudo verificou que o valor aproximado para testar cada paciente seria de R$ 3. “Se os reagentes forem comprados em grande quantidade pelo governo, o valor deverá diminuir consideravelmente”, ressalta Caminha.

Análise regionalAlém da descoberta de uma nova maneira de análise genética, a pesquisadora planeja analisar um aspecto geográfico da síndrome de Li-Fraumeni. Caminha pretende descobrir por que os casos de tumor de córtex adrenal ligados à mutação R337H são 15 vezes maior nas regiões Sul e Sudeste do que no resto do mundo.

“Existe uma teoria de que um imigrante de Portugal trouxe a mutação para o Brasil. Ele seria tropeiro e teria disseminado a mutação ao longo de sua rota. Devido a isso, os casos de tumor de córtex adrenal seriam mais frequentes na região. Entretanto, ainda são teorias. Estamos nos reunindo com profissionais que conhecem o desenvolvimento da região para confirmar ou refutar esta hipótese”, explica.

Proteína prejudicadaNa mutação R337H, a alteração se dá nos aminoácidos arginina, identificado por R, e histidina, identificado por H. Nessa região do DNA do gene TP53, acontece uma troca entre os dois aminoácidos, o que gera um mau funcionamento da proteína P53, conhecida com guardiã do genoma. “Se uma célula começa a acumular mutações, é normal que o P53 provoque uma autodestruição dela ou uma reparação. A proteína protege o genoma do mau funcionamento, mas, se ela não funciona direito, as células se comportam descontroladamente e acabam gerando tumores”, explica oncogeneticista Antônio Abílio Pereira da Santa Rosa.



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Fonte: Saúde Plena

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vera Golik autografa livro no Salão Nacional do Jornalista Escritor

Idealizado pelo jornalista e escritor Audálio Dantas, eleito Intelectual do Ano pela UBE – União Brasileira de Escritores, pelo qual receberá ainda em 2013 o Troféu Juca Pato, o Salão Nacional do Jornalista Escritor abriu suas portas em 2007, no Auditório Simon Bolivar do Memorial da América Latina, atraindo a este espaço cultural da cidade de São Paulo cerca de 13 mil pessoas, em sua maioria jovens universitários, interessados em conhecer de perto autores consagrados e suas obras. Cinco anos depois, ele volta, em sua segunda edição, propositadamente no mesmo Auditório Simon Bolívar, reunindo quase 70 jornalistas escritores nas inúmeras atividades programadas.

A autora do livro DE PEITO ABERTO, Vera Golik, fará uma sessão de autógrafos no Espaço do Escritor às 15h no sábado. 


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Novo software ajuda a detectar câncer de pulmão

Um novo programa de computador pode ajudar os médicos a eliminar erros no momento de avaliar se uma mancha detectada em uma tomografia de pulmão de um fumante é cancerosa ou não, afirmaram cientistas esta quarta-feira.

O método de avaliação de risco clínico, descrito no New England Journal of Medicine, ajudou a decidir corretamente se 9 de 10 manchas eram benignas ou malignas.

Exames de tomografia computadorizada podem salvar vidas, mas são imperfeitos e também podem levar a cirurgias desnecessárias em 25% das vezes, demonstrou o estudo.

"Agora, temos evidências de que nosso modelo e calculadora de risco podem prever com precisão quais anormalidades que aparecem em uma primeira tomografia requerem um acompanhamento, como uma nova tomografia, uma biópsia ou uma cirurgia, e quais não", explicou o principal co-autor do estudo, Stephen Lam.

"São ótimas notícias para todos, de pessoas com alto risco de desenvolver câncer de pulmão a radiologistas, médicos e cirurgiões torácicos, que detectam e tratam a doença", disse Lam, professor de Medicina da Universidade da Columbia Britânica.

O modelo de previsão inclui uma calculadora de risco, que avalia idade, sexo, histórico familiar, enfisema, localização do nódulo e outras características.

"Reduzir o número de exames desnecessários e aumentar os trabalhos de diagnóstico rápido e intensivo em indivíduos com nódulos de alto risco são os principais alvos do modelo", disse Martin Tammemagi, epidemiologista da Universidade Brock que o desenvolveu.

Os resultados deste estudo, que se apoia na tomodensitometria, uma técnica de geração de imagens médicas tridimensionais auxiliada por computador, deve permitir melhorar o mau diagnóstico do câncer de pulmão e seu tratamento.

"O programa terá um impacto clínico imediato", avaliou o doutor Stephen Lam, professor de medicina da universidade canadense, principal autor deste trabalho publicado na edição desta quinta-feira do New England Journal of Medicine.

Os cientistas testaram a ferramenta em uma população de quase 3.000 pessoas, entre elas ex e atuais fumantes de 50 a 75 anos já submetidos a exames de tomografia de dose baixa.

Os cientistas descobriram que os nódulos maiores não significavam sempre câncer e que estes estavam com frequência na parte alta do pulmão, mais do que nos lóbulos inferiores.

O modelo de análise de risco ajudou a determinar corretamente em 94% dos casos se o nódulo era ou não canceroso, o que os cientistas descreveram como uma "excelente exatidão de previsão".

Além disso, ajudou a diagnosticar pequenos nódulos enganosos com no máximo 10 milímetros em 90% dos casos.

"Os modelos de previsão anteriores para nódulos de pulmão se baseavam no hospital ou na clínica e mostravam uma grande prevalência de câncer de pulmão, de 23% a 75%, em comparação com 5,5% no nosso estudo", destacou o artigo.

Os cientistas acompanharam duas séries de dados para desenvolver este programa, provenientes de 12.029 lesões pulmonares em 2.961 fumantes ou ex-fumantes com idades entre 50 e 75 anos que já tinham se submetido a exames de tomografia.

médicos

Fonte: Info

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Hospital realiza campanha de doação de medula óssea

O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos une forças à causa da Associação da Medula Óssea e realiza no próximo dia 19 de setembro, das 11h às 15h evento que irá receber voluntários para doação de medula óssea. Devido ao alto grau de miscigenação da população brasileira, a grande diversidade genética dificulta a identificação de um doador compatível, mesmo entre parentes. Os interessados em se tornar um doador devem realizar um pré-cadastro pelo número: (11) 5080-4392 ou pelo e-mail: lnunes@hpev.com.br até o dia 06 de setembro. O número de inscrições é limitado. 

A medula óssea é a matriz do sangue e se localiza na parte interna dos ossos. Nela estão as células-mãe que dão origem aos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Quando o paciente tem um problema que compromete a produção de sangue pela medula, como leucemia e aplasia de medula óssea, ou tem alguma doença genética, é recomendado que seja feito o transplante. 

"Por ser uma patologia com raras chances de se encontrar um doador, é importante que cada vez mais pessoas e instituições abracem a causa. Somente a partir dessas iniciativas será possível aumentar as chances das pessoas que estão na fila de espera por um transplante", esclarece dr. Antoninho Sanfins Arnoni, diretor clínico do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. 

Sete Passos para se tornar um doador: 

1) Você precisa ter entre 18 e 54 anos e estar em bom estado de saúde. 

2) Colher um simples exame de sangue para tipagem. 

3) Seu sangue será tipado com um teste de laboratório para identificar sua compatibilidade. 

4) Sua tipagem será cadastrada no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. 

5) Quando aparecer um paciente com uma medula compatível com a sua, você será chamado. 

6) Novos testes sanguíneos serão necessários para a confirmação da compatibilidade. 

7) Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir sobre a doação. 

Serviço 

"Campanha doação de medula óssea" 

Dia 19 de Setembro, às 11h00 às 15h00. 

No espaço de treinamento do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos 

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, São Paulo/SP 

Os interessados em se tornar um doador devem realizar um pré-cadastro pelo número: (11) 5080-4392 ou pelo e-mail  lnunes@hpev.com.br até o dia 06 de setembro. O número de inscrições é limitado. 

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos 

Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 780 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 205 mil consultas ambulatoriais, 140 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,3 milhão de exames. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 - Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Prêmio 100 Melhores Empresas para Trabalhar Brasil, conquistado pelo terceiro ano consecutivo. 

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, zona sul de São Paulo 

Tel. (11) 5080-4000



Fonte: Maxpress