terça-feira, 20 de agosto de 2013

Câncer infanto juvenil tem alto índice de cura se tratado rapidamente

Há três anos o João quase matou a gente de susto por causa de um mal-estar que nunca passava. Fomos ao médico com a certeza de que era mais uma das viroses típicas e nem saímos do hospital por conta do diagnóstico: cirurgia de urgência. Foi uma apendicite, tudo correu bem e hoje a cicatriz na barriga dele é tão minúscula, que a gente nem lembra da história. Mas precisei do susto pra me lembrar de acordar todo dia eagradecer, sinceramente, por ter filhos sadios.

 É muito importante, muito importante mesmo se lembrar disso, tendo consciência que gestar um ser humano perfeito é um milagre! Se a gente parar pra pensar na ordem da genética, na mistura de cromossomos, tem tanta, tanta possibilidade de alguma coisa sair errado... que é uma benção que tudo dê certo.

E por ser abençoada, eu e você, precisamos lembrar diariamente também do nosso compromisso com a vida. E cuidar dos nossos. E tentar cuidar dos que precisam de cuidados. Como as crianças com câncer. Você sabia que todo ano 9 mil casos de câncer infantil são detectados no país? O que me assusta mais do que o índice do INCA (Instituto Nacional do Câncer) é saber que o diagnóstico precoce e a quimioterapia, juntos, permitem cura em 80% dos casos! Mas, se o índice é ótimo, por que eu digo que me assusto?

Porque ótimo, seria se a informação sobre o assunto estivesse amplamente divulgada, principalmente entre a população com menos recurso econômico e sem acesso à educação. O câncer em crianças tem muita chance de cura, mas precisa ser detectado rápido e tratado rápido. Só recentemente o Ministério da Saúde determinou como lei (12.732/12) que os pacientes com câncer tenham tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário. E uma criança, às vezes, não tem 60 dias pra esperar...

Políticas públicas adequadas à doença infantil e iniciativas da sociedade civil serão discutidas e apresentadas no 2º. Forum de Oncologia Pediátrica, a ser realizado no Rio de Janeiro neste mês de agosto. De iniciativas como essa nasceu o programa Unidos pela Cura, do Instituto Desiderata, que mobiliza profissionais e gestores da saúde pública do Rio de Janeiro para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil e viabilização do acesso ao tratamento. Graças a eles, por exemplo, os atendentes de postos de saúde estão sendo treinados para detectar sinais facilmente confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como infecções. Alguns exemplos são o aparecimento de manchas roxas na pele e anemia, por um período superior a duas semanas. Conhecer essas informações pode ser sinal de vida ou morte pra algumas crianças. Segundo a onco-hematologista e diretora técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, “o câncer em crianças é diferente da doença diagnosticada em adultos. Nas crianças, as células malignas são geralmente mais agressivas e crescem de forma rápida. Os tumores dificilmente são localizados e o tratamento não pode ser feito com cirurgia”, conforme declarado pela especialista à Agência Brasil.

Fonte: MSN

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