terça-feira, 15 de abril de 2014

Biópsia: entenda o que é e para que serve

A biópsia é um procedimento para a coleta de fragmentos de um determinado órgão ou tecido para análise por um médico patologista. Este procedimento, quando necessário, é parte do processo de investigação de uma doença, possibilitando um diagnóstico, além de fornecer informações que contribuem com a escolha do tratamento adequado e com o prognóstico de cada caso. Para ajudar a entender um pouco mais sobre o exame, a patologista da Sociedade Brasileira de Patologia, Luciana Salomé, respondeu as questões abaixo:

Fazer uma biópsia significa possibilidade de câncer? Não necessariamente. Muitas outras doenças também podem ser diagnosticadas através de biópsias. Este procedimento é indicado sempre que há necessidade de esclarecimento (confirmação ou descarte de uma suspeita diagnóstica).

A biópsia só é realizada com anestesia geral? Anestesia geral só é necessária quando a coleta de material é feita através de uma cirurgia. Na maioria dos casos, a retirada de material para biopsia é simples, feita através de procedimentos ambulatoriais, ou seja, dentro do consultório médico.

A biópsia é um exame dolorido? É relativo. Depende do órgão a ser biopsiado. Em alguns casos pode ser necessária anestesia local, e em outros nem isso.

A biópsia de medula óssea é perigosa? Não, pois é um procedimento simples. O procedimento para obtenção de material da medula óssea é simples, porém requer cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar. No entanto, não há riscos à saúde do paciente.

Somente a biópsia pode diagnosticar o tipo e dar prognóstico do câncer? Não, é necessário um conjunto de exames para o diagnóstico preciso. O exame histológico de uma amostra de tecido é parte da investigação clínica de uma doença. Esta investigação inclui o exame clínico, além de exames de sangue, exames de imagem e biópsias, sempre que houver necessidade para o esclarecimento diagnóstico. As informações obtidas ao longo da investigação permitem a elaboração de um diagnóstico e a escolha do tratamento adequado, bem como do prognóstico de cada caso. Portanto o acompanhamento de um paciente é feita por médicos de várias especialidades e a integração entre eles é fundamental.

Ainda no que se refere à atuação dos patologistas, a Sociedade Brasileira de Patologia publica há oito anos o Manual de padronização de laudos histopatológicos, que visa uniformizar a redação dos laudos para que eles contenham todas as informações necessárias de forma clara e objetiva. Este manual acaba de ter sua última edição lançada.

Fonte: Thais Pacheco

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