quarta-feira, 6 de junho de 2012

Entrevista com a Rose, participante do projeto De Peito Aberto


Hoje iremos mostrar a história de Rose Amaral, que é paciente da Dra. Fabiana Makdissi e participa do livro e do projeto De Peito Aberto. Ela nos conta como foi passar pela doença e participar de um projeto tão importante quanto esse, além de todo o apoio que recebeu da família. Amanhã mostraremos um depoimento de sua mãe, Leika.



Rose tem 46 anos e cuida de eventos. Conheceu o projeto através da Dra. Fabiana Makdissi, quando foi convidada para uma matéria na revista Cláudia sobre o câncer de mama com foco na autoestima da mulher. Com isso, agendou uma entrevista com a Vera para primeiro conhecer a matéria, e a partir de então conheceu o projeto.   Mesmo com o câncer, sempre continuou positiva, produtiva e trabalhando, não deixando a doença lhe desanimar e sempre com o pensamento ‘’Sempre somos maiores que a doença’’.  

Descobriu o câncer em 2009, fez oito meses de quimioterapia, em maio de 2010 passou pela masectomia, mais 28 sessões de radioterapia e um ano de imunoterapia. Em janeiro fez a reconstrução da mama, e no final do ano vai para a segunda fase da reconstrução. Já se sente mais tranquila em relação à fase final.

O projeto sempre a ajudou para melhorar sua autoestima, pois com ele Rose se sentia mais responsável diante da doença. Ela sempre foi muito grata de poder ter um ótimo tratamento e ótimos médicos, e agradece tudo isso com pequenas ações, pois se sente na obrigação de fazer com que os outros tenham tudo que ela teve também.  Não imaginava que durante a exposição no metrô as pessoas parariam para ver, pois no metrô todo mundo está sempre correndo, sempre com pressa ou atrasado, mas percebeu que as pessoas paravam e viam que era ela na foto. Com isso, Rose conseguia atingir o público para um alerta maior.


Participou das novas edições da campanha De Peito Aberto, e graças ao olhar de Vera e Hugo, sempre com muito amor, se comovia a cada passo do projeto, pois como ela mesma diz ‘’o projeto não é uma coisa montada e nunca vai para o lado triste, ele mostra que o câncer pode ser passado de um jeito leve, que você pode estar também na galeria dos vitoriosos assim como as pessoas da exposição, despertando o pensamento positivo nas pessoas. ’’ Por mais que chegasse o desânimo, a canseira, Rose sempre pensava que o hoje é o que importa, vivendo cada momento como se fosse o único, e foi assim que conseguiu combater o câncer.

Além disso, participou também da segunda palestra da exposição, primeiro achando que iria como plateia, mas quando chegou Vera lhe avisou que iria dar um depoimento. Sentia-se muito próxima do público, e o que mais lhe perguntavam era sobre a relação da família com a doença.  Uma moça lhe contou que a mãe tinha câncer e que se sentia mal por não ter dado a devida atenção a ela, então Rose lhe contou que sua mãe era meio ‘’perdidinha’’, porém sempre quando via que Rose estava bem ela ficava tranquila, e encarava o dia-a-dia, os hospitais, a quimioterapia e agora sabe que pode enfrentar qualquer coisa, inclusive as doenças.

Outra coisa com que as pessoas se surpreendem é a relação de médico e paciente, pois eles sempre são como amigos, fazendo com que o médico conheça o paciente além da doença. Até a Dra. Fabiana Makdissi, que lhe acompanhou muito durante o tratamento, sempre foi a amiga e não a médica. Um dia Rose teve que fazer a cirurgia para retirada da mama, e como qualquer pessoa deveria estar nervosa quanto a isso, porém a Dra. Fabiana lhe passou tanta segurança que saiu até brincando quando foi para a sala de cirurgia. Agora, quando foi fazer outra cirurgia e estava com um doutor que não lhe passou tal confiança, se sentiu tão nervosa que chegou a ter um quadro de estresse pós-traumático.

Seu trabalho sempre lhe ajudou para manter a doença longe da sua cabeça, e como trabalhava com festas sempre se montava, passava maquiagem e etc. Mesmo cansada sempre trabalhava nos eventos, até em final de semana. Não se deixava deprimir e seu exemplo fez com que outras pessoas melhorassem como foi o caso da Luz, que é com quem ela tem a foto na exposição.

Beijos e até amanhã!

Um comentário:

  1. Realmente a Dra. Fabiana é mais que médica. É amiga das pacientes e o apoio que dá é incomparável. Foi ela quem me operou as duas mamas e o seu carinho me fez superar melhor tudo pelo que passei.
    Hoje o tratamento prossegue com outro mastologista que também é atento e bom profissional, mas não tem esse dom especial da Dra. Fabiana.
    obrigada por seu carinho e amizade. Beijos
    Bia Cannabrava

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